terça-feira, 10 de maio de 2022

DE VOLTA AO SMARTPHONE E À AUTONOMIA DAS BATERIAS

O PROBLEMA NÃO É O PROBLEMA, MAS SIM A ATITUDE EM RELAÇÃO AO PROBLEMA.

Quem acompanha nosso Blog regularmente sabe que as baterias dos smartphones não estão mais sujeitas ao “efeito memória” — para quem não se lembra, as antigas baterias de níquel-cádmio tinham sua autonomia prejudicada se fossem recarregadas sem serem totalmente esgotadas —, mas muita gente não sabe que mesmo as baterias de íon-lítio têm a capacidade de armazenagem reduzida depois de um ano de uso.

Dito de outra maneira, a bateria não está viciada porque não apresenta o mesmo desempenho de quando era nova, porque demora mais para carregar ou porque descarrega mais rápido. Isso é uma característica do produto, que vai perdendo gradualmente sua capacidade com o passar do tempo e o uso normal do aparelho. 

Deixar o celular plugado na tomada a noite toda não aumenta a autonomia e ainda pode causar danos, sobretudo se o carregador for daqueles vendidos nos melhores camelódromos do ramo. Por outro lado, a maioria dos modelos fabricados nos últimos anos e respectivos acessórios são projetados para interromper o processo de recarga quando o nível da bateria atinge os 100%.

Ainda que voltagem e a amperagem dos carregadores originais sejam específicas para cada modelo de smartphone, você não terá problemas se usar um carregador emprestado quando sua bateria zera fora de casa. Aliás, o uso de um carregador rápido — que opera de forma não linear, ou seja, com a potência máxima no início do processo, visando restaurar a autonomia do aparelho no menor tempo possível, e reduzida mais adiante, dos 80% até a carga total — só provoca danos se houver alguma falha técnica na bateria ou nos componentes do carregador.  

Carregar a bateria com o celular desligado ou no modo avião agiliza a recarga — ainda que não estejam em uso, os aplicativos rodam em segundo plano e continuam consumindo energia. Você pode usar o aparelho enquanto ele está carregando, mas desde que carregador e bateria sejam originais ou homologados pelo fabricante. Mesmo assim, a recarga levará mais tempo para ser concluída, e aparelho aquecerá mais — e altas temperaturas são inimigas figadais dos smartphones.

Ao lançar o iPhone, em 2007, Steve Jobs transformou o que um telefone móvel de longo alcance em computador pessoal ultraportátil. A partir de então, a profusão de aplicativos desenvolvidos para ampliar ainda mais os recursos e funções do smartphone tornaram o aparelho mais “eclético”. A questão é que as baterias evoluíram (e continuam evoluindo) bem mais devagar. Uma bateria de 5000 mAh ou superior pode aumentar o espaço entre as recargas para dois ou três dias (a depender do perfil do usuário) e o carregamento rápido, reduzir o tempo de recarga para menos de uma hora.

Com o carregamento de 240W da Oppo, uma bateria de 4500 mAh leva três minutos e meio para carregar 50% de sua capacidade e nove minutos para atingir 100% de carga. Mas essa tecnologia ainda está na fase de testes e deve levar algum tempo para ser disponibilizada comercialmente.