TUDO É UMA QUESTÃO DE EQUILÍBRIO. METADE DE MIM É "NAMASTÊ" E A OUTRA É "VAISIFUDÊ".
Muita gente acredita em astrologia, mas desdenha dos horóscopos publicados em jornais e revistas. Para essas pessoas, a astrologia “séria”, é baseada em consultas individuais com astrólogos e em mapas astrais. Mas, se testes científicos envolvendo mapas astrais tendem a produzir resultados decepcionantes, por que tanta gente insiste que o troço funciona?
Entre as muitas razões possíveis está o fato de que a astrologia não precisa ser verdade para funcionar. Um pouco de psicologia ajuda a desfazer esse aparente paradoxo. No caso da visita ao astrólogo, os princípios em ação são os mesmos de uma visita à cartomante: um pouco de simpatia, uma dose de empatia e algumas generalidades, bom senso e leitura fria.
Observação: “Leitura fria” é uma técnica — que certas pessoas exercitam e outras aplicam de modo inconsciente e intuitivo — que envolve, entre outras coisas, fazer o consulente fornecer informações vitais sem notar. Por exemplo: “Vejo aqui que você está preocupado com uma mulher...”, diz o astrólogo. “Sim! Com a minha mãe! Como você sabia que ela está doente?”, pergunta o cliente. O vidente não sabia: foi o próprio consulente que lhe deu essa informação.
A maioria de nós superestima o que reforça nossas opiniões e relativiza o que as contradiz. Assim, cada acerto do astrólogo é magnífico, mas seus erros são rapidamente esquecidos. Dada a ambiguidade intrínseca ao mapa astral, com sua riqueza de símbolos e interpretações, a coisa funciona como uma tela de projeção, na qual astrólogo vê o que ele quer, e consulente, o que ele deseja ver.
Correlacionar mapas a biografias ou conseguir que dois astrólogos, atuando de modo independente, concordem na interpretação de um mesmo mapa é tão difícil quanto encontrar coerência nas pesquisas de intenção de voto (poupo o leitor dos detalhes sórdidos). No entanto, ainda que os astros não tenham a influência alegada pelos esotéricos, a astrologia pode proporcionar conforto emocional e, de quebra, fornecer pitacos para inspirar uma autoavaliação da vida.
A maioria de nós superestima o que reforça nossas opiniões e relativiza o que as contradiz. Assim, cada acerto do astrólogo é magnífico, mas seus erros são rapidamente esquecidos. Dada a ambiguidade intrínseca ao mapa astral, com sua riqueza de símbolos e interpretações, a coisa funciona como uma tela de projeção, na qual astrólogo vê o que ele quer, e consulente, o que ele deseja ver.
Correlacionar mapas a biografias ou conseguir que dois astrólogos, atuando de modo independente, concordem na interpretação de um mesmo mapa é tão difícil quanto encontrar coerência nas pesquisas de intenção de voto (poupo o leitor dos detalhes sórdidos). No entanto, ainda que os astros não tenham a influência alegada pelos esotéricos, a astrologia pode proporcionar conforto emocional e, de quebra, fornecer pitacos para inspirar uma autoavaliação da vida.
