quinta-feira, 13 de outubro de 2022

A VERDADE ESTÁ LÁ FORA (NONA PARTE)

NUNCA DISCUTA COM PESSOAS BURRAS; ELAS VÃO GANHAR DE VOCÊ POR TEREM MAIS EXPERIÊNCIA EM SER IGNORANTES.

A polarização na política evidencia que argumentar com negacionistas é mau negócio, pois pode torná-los ainda mais convictos de suas crenças abiloladas. Esse fenômeno — conhecido como efeito Backfire ("tiro pela culatra", em tradução livre)  foi verificado pela primeira em 2010, por cientistas políticos das universidades de Michigan e da Georgia (EUA). 


Os pesquisadores criaram artigos fictícios de jornal que reproduziam informações falsas, mas amplamente difundidas à época, como a ideia de que teriam sido encontradas armas de destruição em massa no Iraque. Mesmo depois de serem confrontados com as informações verdadeiras, os voluntários mais conservadores e favoráveis à guerra disseram que tinham ainda mais certeza de que as tais armas de destruição em massa realmente existiram. 
 
Para algumas pessoas, ter suas crenças atacadas é como ficar cara a cara com um animal selvagem, quando as opções se resumem a lutar ou fugir. Assim, ou elas partem para cima do "oponente" ou fazem cara de paisagem e deixam a nova informação entrar por um ouvido e sair pelo outro. Como disse Bertrand Russell, “Nenhuma opinião deve ser defendida com fervor. […] O fervor apenas se faz necessário quando se trata de manter uma opinião que é duvidosa ou demonstravelmente falsa.” 
 
Esse comportamento não denota necessariamente ignorância ou teimosia. Ele é causado por um desdobramento do raciocínio motivado que leva as pessoas a crer somente em evidências que fortaleçam suas próprias opiniões. No auge da pandemia de Covid, quando o Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, o presidente desta mixórdia, pressionado por apoiadores descerebrados, mandou rasgar o compromisso e disse que seu governo não compraria a "vachina do Doria". Na sequência, inúmeras fake news sobre o imunizante produzido pelo Instituto Butantã, em parceria com a empresa Sinovac Biotech, inundaram as redes sociais bolsonaristas.
 
Boçalidades sanitárias à parte, teóricos da conspiração alegam que, se o telescópio espacial Hubble "pode ver até os limites do Universo", ele também deveria poder tirar fotos dos locais de pousos lunares, esquecendo-se de um pequeno detalhe: a resolução angular. Para resolver um objeto de 1 metro em um único pixel, o dispositivo teria de ser muito maior que o Hubble; para resolver um objeto com detalhes suficientes para torná-lo reconhecível, a resolução teria de ser 100 vezes melhor 
 como a de um hipotético telescópico com abertura de 25km de diâmetro

ObservaçãoO telescópio chinês “Olho do Céu” — o maior e mais sensível radiotelescópio do mundo, que é capaz de detectar ondas de rádio fracas de pulsares e materiais em galáxias distantes — pode ter captado sinais de seres alienígenas. De acordo com o jornal oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, pesquisadores que vêm trabalhando desde 2020 na busca por vestígios de vida alienígena encontraram vários casos de possíveis traços tecnológicos e civilizações extraterrestres — mas a possibilidade de ser algum tipo de interferência de rádio ainda não foi descartada.
 
As missões Apollo coletaram um total de 382Kg de rochas lunares, cuja procedência a comunidade científica mundial reconheceu 
— as amostras diferem de meteoritos e rochas terrestres devido a características geoquímicas únicas, e a maioria delas é muito mais antiga que as rochas terrestres mais antigas (bem além de 600.000.000 de anos). 

Os cientistas admitem que rochas tenham sido ejetadas tanto da superfície marciana quanto da lunar durante eventos de impacto, e que algumas delas podem ter caído na terra sob a forma de meteoritos, mas o primeiro meteorito lunar antártico foi coletado em 1979 (quando as missões tripuladas à Lua nem eram mais realizadas), e sua origem lunar não foi reconhecida antes de 1982. 

Meteoritos lunares são tão raros que dificilmente poderiam responder pelos quase 400 quilos de rochas lunares que a NASA obteve entre 1969 e 1972. Até hoje, foram descobertos cerca de 30 quilos de meteoritos lunares, a despeito de colecionadores particulares e agências governamentais do mundo inteiro procurarem por eles por mais de 20 anos. 
 
Continua...