Os dois finalistas da disputa presidencial caíram numa época qualquer de um passado remoto, um tempo em que massas de eleitores desinformados submetiam-se às vontades de coronéis da política. Ambos colecionam apoios no pressuposto de que o eleitor fará o que seus apoiadores mandarem, ou seja, fazem política como se o eleitorado fosse gado confinado num curral hipertrofiado e o voto pudesse ser definido num conchavo.
Bolsonaro tirou da cartola um Auxilio Brasil de R$ 600 e assistiu ao eleitor premiar Lula com 6 milhões de votos de dianteira no primeiro turno. Lula cobiçou os eleitores alheios e viu o voto útil se encaminhar para o cesto de Bolsonaro, empurrando a disputa para o segundo turno. O eleitor oferece evidências de que não é bobo, diz Josias de Souza.
Eu tenho cá minhas dúvidas, já que a récua de muares fez o esperado, mantendo-se dividida entra a continuação da tragédia que aí está e a volta da desgraça que jamais terminou. Mas que sou eu para discordar do mestre?
Josias diz também que não esta não é a primeira vez que campanha eleitoral vira disputa travada num pátio de milagres — o segundo turno mal começou e já estão de volta as manifestações de fervor e fé dos protagonistas. Lula e Bolsonaro se esforçam para demonstrar à sociedade que Deus está presente em suas respectivas campanhas, mas a parceria do candidato à reeleição com pastores que exploram politicamente logomarcas evangélicas potencializou a mistura do divino com o profano universo eleitoral.
Levada para as redes sociais, a disputa diabólica passa a impressão sombria de que a humanidade caminhou milhões de anos para voltar ao ponto de partida no Brasil, onde tudo começou com os desenhos rupestres nas paredes das cavernas e termina com os brasileiros magnetizados diante de memes e vídeos exibidos nas paredes das redes sociais. O diabo é que o dedo de Deus não pressionará as teclas das urnas no próximo o dia 30.
O país não está nas mãos do sobrenatural. Seria melhor se os candidatos esclarecessem seus planos, para que o eleitor pudesse tomar a decisão "menos pior".
Com Josias de Souza
Bolsonaro tirou da cartola um Auxilio Brasil de R$ 600 e assistiu ao eleitor premiar Lula com 6 milhões de votos de dianteira no primeiro turno. Lula cobiçou os eleitores alheios e viu o voto útil se encaminhar para o cesto de Bolsonaro, empurrando a disputa para o segundo turno. O eleitor oferece evidências de que não é bobo, diz Josias de Souza.
Eu tenho cá minhas dúvidas, já que a récua de muares fez o esperado, mantendo-se dividida entra a continuação da tragédia que aí está e a volta da desgraça que jamais terminou. Mas que sou eu para discordar do mestre?
Josias diz também que não esta não é a primeira vez que campanha eleitoral vira disputa travada num pátio de milagres — o segundo turno mal começou e já estão de volta as manifestações de fervor e fé dos protagonistas. Lula e Bolsonaro se esforçam para demonstrar à sociedade que Deus está presente em suas respectivas campanhas, mas a parceria do candidato à reeleição com pastores que exploram politicamente logomarcas evangélicas potencializou a mistura do divino com o profano universo eleitoral.
Levada para as redes sociais, a disputa diabólica passa a impressão sombria de que a humanidade caminhou milhões de anos para voltar ao ponto de partida no Brasil, onde tudo começou com os desenhos rupestres nas paredes das cavernas e termina com os brasileiros magnetizados diante de memes e vídeos exibidos nas paredes das redes sociais. O diabo é que o dedo de Deus não pressionará as teclas das urnas no próximo o dia 30.
O país não está nas mãos do sobrenatural. Seria melhor se os candidatos esclarecessem seus planos, para que o eleitor pudesse tomar a decisão "menos pior".
Com Josias de Souza