quinta-feira, 20 de outubro de 2022

SEGURO PERO NO MUCHO

EM TERRA DE CEGO, QUE TEM UM OLHO É REI, MAS NEM POR ISSO DEIXA DE SER CAOLHO.

O malware não nasceu com a Internet, embora tenha se tornado um problema muito mais sério depois que usuários domésticos de PC passaram a acessar a rede mundial de computadores


Da feita que já publiquei informações detalhadas sobre a evolução dos vírus e antivírus, relembro apenas que os primeiros vírus eletrônicos “pulavam” de uma máquina para outra através de disquetes contaminados, mas se limitavam a pregar sustos nos usuários. 


Como a criatividade humana não tem limites, sobretudo para o mal, logo surgiram variações programadas para causar danos nos sistemas-alvo — cuja reversão quase sempre exigia a reinstalação do Windows. Na sequência, vieram os trojans (ou cavalos de Troia), os worms, os spywares, os botnets (não necessariamente nessa ordem) e mais uma infinidade de ameaças que, de carona na agilidade da Internet, passaram a se multiplicar exponencialmente. 


O malware (termo criado a partir de MALicious softWARE para designar os códigos maliciosos em geral) é um software como outro qualquer, mas programado para executar ações maliciosas e/ou potencialmente destrutivas. Em princípio, qualquer programa de computador age segundo as instruções do seu criador, que tanto pode escrevê-lo para interagir com o usuário através de uma interface quanto para realizar, automática e sub-repticiamente, diversas ações nocivas.

 

Há inúmeras maneiras de ser infectado e diversas formas de minimizar os riscos (mais detalhes na sequência de postagens iniciada por esta aqui), mas vale lembrar que a bandidagem está sempre um passo adiante — como dizia Kevin Mitnick, tido como “o papa dos hackers“ nos anos 1980, “computador seguro é computador desligado, e mesmo assim um hacker competente encontrará um jeito de levar o usuário ligá-lo. 

 

Diferentemente do que reza a lenda, existem, sim, vírus para macOS e iOS, como também existem soluções de segurança desenvolvidas especificamente para eles. Os sistemas da Maçã são menos inseguros que o Windows e o Android, mas estão longe de ser inexpugnáveis. 


A rigor, todas as plataformas são vulneráveis; o macOS e o iOS são menos visados que os concorrentes porque suas bases de usuários são menores, porém isso não significa que sejam imunes a incidentes de segurança ou que seus usuários estejam desobrigados de se proteger (para mais detalhes, clique aqui). 


Ainda que assim não fosse, as ameaças digitais não se restringem ao malware. O phishing, por exemplo, é um risco para todas as plataformas (até porque o usuário, o elo mais fraco da corrente). Os cibervigaristas sabem como engabelar as vítimas, e não raro o fazem escondendo links em fotos ou mascarando-os, de modo que parecem levar a uma página confiável. Esse tipo de golpe é largamente utilizado para roubar dados bancários, contas de mídias sociais, e-mails, serviços de jogos, e assim por diante.

 

Logo que comecei a usar o macOS, instalei o Kaspersky Internet Security para Mac. Além do módulo que protege o sistema contra malwares, a suíte blinda pagamentos online com o Safe Money e verifica se a navegação está sendo direcionada para um site legítimo ou página de phishing. Para quem tem filhos pequenos, o Controle Parental é sopa no mel, pois não só permite limitar o tempo que as crianças passam online como também controla por quais sites e páginas elas navegam.

 

Como diz o ditado, "cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém".