segunda-feira, 28 de novembro de 2022

A VERDADE ESTÁ LÁ FORA (VIGÉSIMA QUARTA PARTE)

A PRUDÊNCIA DIMINUI À MEDIDA QUE O AMOR AUMENTA.

Em 1967, embora já flertasse com o Candomblé, Vinicius de Moraes incluiu no "Samba da Bênção" os seguintes versos: "A vida é pra valer. E não se engane não, tem uma só. Duas mesmo que é bom, ninguém vai me dizer que tem sem provar muito bem provado, com certidão passada em cartório do céu, assinada embaixo: Deus!, e com firma reconhecida." 
 
Muita gente crê na "vida eterna", na "vida após a morte" ou na "reencarnação" — a maioria por influência de um padre, pastor, rabino, pajé, etc. Há quem diga que quem descobriu empiricamente o que rola depois que o pano desce e a luz se apaga não voltou para contar, mas não é bem assim: inúmeros relatos de pacientes que passaram pela morte clínica e foram trazidos de volta mencionam a indefectível luz branca no final de um túnel, a sensação de estar fora do corpo e o reencontro com parentes falecidos. 
 
Os médicos atribuam essas "alucinações visuais e sensoriais" à falta de oxigenação no cérebro, mas não explicam como os "moribundos" tiveram conhecimento de episódios que aconteceram em outras salas do hospital enquanto eles estavam "mortos". As religiões tecem teorias tão fantasiosas quanto a do surgimento do mundo descrito no Gênesis, que só convence os convertidos.  
 
Para o Catolicismo, o comportamento de cada vivente determina seu destino post-mortem — ou seja, se seu espírito vai para o inferno ou para o paraíso (com ou sem uma escala no purgatório). Os católicos não descartam a reencarnação, mas afirma que, no juízo final, suas almas poderão se purificar e ressuscitar para a vida eterna. 
 
Segundo o Espiritismo, a alma é o espírito encarnado e o espírito, a alma desencarnada — que permanece viva após a morte do corpo físico e passa para um novo plano astral ou reencarna em um novo corpo. 

O Judaísmo segue nessa mesma linha, mas não esclarece o que acontece após a morte nem se existem outras vidas para além desta. De acordo com a Cabala, os semitas são fadados a enfrentar provações que contribuem para seu aperfeiçoamento pessoal e, quando desencarnam, ficam sabendo se cumpriram esses compromissos.
 
Os Evangélicos — que vêm se reproduzindo feito coelhos e podem ultrapassar os católicos daqui a uma década — afirmam que, no Dia da Ressurreição dos Justos (quando Jesus voltar à Terra) os condenados fiéis terão uma nova chance de ressurreição — e os que morreram sem Cristo passarão a eternidade no lago de enxofre e fogo.
E por aí vai.
 
A Cientologia teoriza que, quando morremos, nosso thetan (espírito) acorda, sai em busca de um novo corpo e fica à espera de uma oportunidade para retornar à vida. Seus seguidores acreditam que, há 75 milhões de anos, havia dezenas de planetas que eram governados como uma confederação por um líder maligno que enviou bilhões de espíritos para a Terra. Assim, cada um de nós seria uma reencarnação desses extraterrestres, que são imortais e continuam reencarnando ad aeternum. 
 
Da feita que este preâmbulo se estendeu bem mais do que eu pretendia, deixo o resto para o próximo capítulo, mas não sem mencionar que há na Bíblia indícios de que Jesus chegou à Terra num disco voador, tomou a forma humana e espalhou conhecimento alienígena no Oriente Médio, e que em 2003 o bispo D. Fernando Pugliese, da Igreja Católica Apostólica Brasileira, causou frisson entre os fiéis ao declarar que acreditava na origem extraterrena do filho de Deus.
 
Continua..
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