quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

A VERDADE ESTÁ LÁ FORA (TRIGÉSIMA PARTE)

ALGUMAS PESSOAS JAMAIS DIZEM UMA MENTIRA QUANDO A VERDADE PODE MAGOAR MAIS.

 

Em resposta a uma solicitação apresentada pelo site The Black Vault, a Marinha dos EUA admitiu ter muitos vídeos de OVNIs cujo conteúdo não irá revelar por questões de segurança nacional. De acordo com uma matéria publicada pelo Science Alert, a declaração evidencia a existência de possíveis encontros inexplicáveis com objetos voadores não identificados e demonstra o quanto o governo americano leva a sério a proteção desses dados e a potencial ameaça que representam.  

 

A solicitação dos vídeos e das informações surgiu após o vazamento de três gravações que suscitaram uma discussão intensa na mídia sobre o que seria de domínio público ou não. A Marinha considerou possível liberar oficialmente apenas as imagens "sem maiores danos à segurança nacional".

 

Vale lembrar que em maio o Departamento de Defesa dos Estados Unidos realizou a primeira audiência pública sobre UFOs desde os anos 1960, e revelou que pilotos da Marinha dos EUA haviam relatado oficialmente ao menos 144 avistamentos desde 2004. Na avaliação de Madhu Thangavelu, especialista em design de projetos espaciais da Escola de Arquitetura da Universidade do Sul da Califórnia, o relatório foi "decepcionante". "Esses objetos não são alucinações de nossos pilotos profissionais, que são treinados para observar."

 

Ainda segundo Thangavelu, à medida que os telescópios se tornam mais sensíveis e elaborados, mais "sinais de coisas vivas" serão identificados na observação espacial. Ele cita a previsão de cientistas da NASA, de que nos próximos anos ou décadas teremos conseguido encontrar vida em outras partes do Universo, e sugere que os Estados Unidos colaborem com outros países, inclusive rivais como Rússia e China, formando "comunidades globais" de estudo.

 

Embora seja difícil saber se os objetos são, de fato, extraterrestres, chama a atenção dos cientistas o comportamento que contraria as leis da física, já que os OVNIs mostram dinâmicas de voo impossíveis à luz de nossas tecnologias, como é o caso dos corpos esféricos, de comprimento igual nas três dimensões (ou corpos rombudos) voando em alta velocidade e fazendo manobras rápidas.

 

A investigação do Pentágono foi exigida pelo Congresso dos EUA depois que militares relataram vários avistamentos de OVNIs se movendo de forma errática pelo céu, mas também houve pressão do público em geral para que tais fenômenos fossem investigados. O relatório preliminar deu conta de que 133 dos 144 casos relatados foram considerados "fenômenos aéreos não identificados".

 

Embora não haja uma "explicação extraterrestre" para os fenômenos, a possibilidade não é desconsiderada. Alguns avistamentos podem ser atribuídos ao desenvolvimento secreto de projetos de instituições governamentais americanas ou de outros países, ou ainda a fenômenos atmosféricos naturais, como cristais de gelo que os sistemas de radar detectaram. O único caso para o qual foi encontrada uma explicação confiável foi de "um grande balão vazio".

 

Em 2015, a então cientista-chefe da NASA estimou que "teremos fortes indicativos de vida além da Terra em uma década, e evidências definitivas dentro de 20 ou 30 anos". Recentemente, a agência informou que dará início a um intenso estudo científico sobre esses fenômenos, visando identificar e caracterizar os dados disponíveis, expor as melhores maneiras de coletar observações no futuro e determinar como usar esses dados para avançar na compreensão dessas ocorrências.

 

Em uma audiência na prefeitura de Nova Iorque, foi anunciado que as investigações serão lideradas pelo astrofísico David Spergel, presidente da Fundação Simons — organização privada criada no final do século passado para apoiar pesquisas científicas dos EUA. O painel de estudo será composto por cientistas, profissionais de dados, profissionais de Inteligência Artificial, especialistas em segurança aeroespacial, todos com uma carga específica. 


A equipe já foi selecionada, mas aprovação dos nomes cabe ao administrador da NASABill Nelson, que não esteve presente na audiência.