segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

COMPARATIVO DE NAVEGADORES — CHROME X BRAVE

QUANTO MAIS AS COISAS MUDAM, MAIS ELAS FICAM IGUAIS.

 

A título de contextualização, relembro que os principais navegadores de Internet disponíveis para computadores, smartphones e tablets se equivalem em recursos e funções. Por outro lado, isso não significa que eles sejam cópias-carbono uns dos outros — cada qual sempre oferece alguma coisa que os concorrentes não têm e fica devendo alguma coisa que os concorrentes oferecem.

 

No final do século passado, o MS Internet Explorer derrotou o Netscape Navigator na "primeira guerra dos browsers" e reinou absoluto até meados de 2012, quando foi derrotado pelo Google Chrome na "segunda guerra dos browsers" (para mais detalhes sobre a evolução dos navegadores, leia a sequência iniciada por este post). A empresa de Redmond reagiu com o MS Edge, mas, por uma série de fatores que não vêm ao caso neste momento, seus esforços foram inglórios (o Edge Chromium mudou esse cenário, mas se e quando ele vai desbancar o rival de Mountain View é outra conversa).

 

O Chrome vem se mantendo em primeiro lugar em número de usuários ao longo dos últimos dez anos, mas ter um segundo navegador (ou terceiro, ou quarto...) é recomendável — como diz o ditado, "quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum". O Mozilla Firefox é a alternativa número um para boa parte dos internautas (lembrando que o excelente Safari, da Apple, não roda no Windows), mas há outras opções tão boas quanto — ou até melhores, conforme o gosto e o perfil de cada usuário. 

 

Para além do Edge Chromium (que fica melhor a cada versão), sugiro instalar o Brave Browser e/ou o Opera, que têm versões para Windows, macOS, Android e iOS. O principal diferencial do Opera é a VPN nativa (detalhes nesta postagem), mas o mote desta postagem é o Brave, que se destaca por ter um bloqueador de propagandas bem desenvolvido, fornecer relatórios de privacidade (com o número de anúncios e rastreadores bloqueados) e contar com a função "HTTPS Every" (que criptografa dados em sites protegidos apenas com protocolo HTTP), além de reduzir o tempo de carregamento das páginas, melhorando o desempenho do aplicativo e contribuindo para a economia de dados móveis.

 

Esse bloqueador de anúncios e pop-ups integrado suspende todo tipo de anúncio das páginas, enquanto o mesmo recurso no Chrome bloqueia apenas as propagandas consideradas invasivas. Por outro lado, o browser do Google conta com o Google Tradutor e o Google Lens, que permitem, respectivamente, traduzir textos em apenas um toque e fazer pesquisas por meio de imagens. 

 

O Brave também se destaca por incluir um sistema de recompensas que, uma vez ativado, gratifica os usuários que visualizam propagandas (o navegador passa a exibir os anúncios ocultados em forma de notificação; quando o usuário toca no aviso para exibir a propaganda, o app liberar os "tokens" — uma espécie de moeda virtual , que podem ser usados para apoiar sites ou na compra de conteúdos digitais. 


O Brave promete ser até oito vezes mais rápido que o Chrome — mas o PT prometia não roubar nem deixar roubar e Bolsonaro, ser implacável com a corrupção na política e acabar com a reeleição. Enfim, testes feitos por um site especializado comprovaram que a versão desktop do Brave se mostrou mais eficiente que a versão equivalente do Chrome para computadores. 

 

No quesito interface, Brave e Chrome proporcionam uma navegação intuitiva e sem complicações. Quanto ao layout, as configurações do browser do Google são acessadas a partir do topo da tela, ao passo que no concorrente o acesso a histórico, download e favoritos fica na parte de baixo. Da mesma forma, o ícone que permite abrir novas guias no Chrome fica localizado no topo da tela, e no Brave, na parte de baixo. Outra diferença diz respeito à barra de pesquisa, que no Brave acompanha os ícones de leão e triângulo e dão acesso rápido ao número de anúncios bloqueados e à ferramenta para verificar as "recompensas" acumuladas.


Resumo da ópera: Brave e Chrome têm bom desempenho e funções bem desenvolvidas. Como dito no início, a escolha via depender das preferência pessoais do usuário. O Brave promete maior segurança, na medida em que permite bloquear anúncios e rastreadores de todos os sites e exibe relatórios de privacidade. Demais disso, por não carregar propagandas, ele tende a consumir menos dados móveis.