terça-feira, 13 de dezembro de 2022

O EXPERIMENTO FILADÉLFIA — O NAVIO QUE DESAPARECEU

O MISTÉRIO GERA CURIOSIDADE E A CURIOSIDADE É A BASE DO DESEJO HUMANO DE COMPREENDER.
 
Popularmente conhecido como Experiment Philadelphia, o Project Rainbow começou a ser desenvolvido em 1943 no Estaleiro Naval da Filadélfia (PA). Com base na Teoria de Campo Unificado de Einstein, que versa sobre radiação eletromagnética e gravidade, a marinha norte-americana teria conseguido curvar a luz em volta do contratorpedeiro de escolta da Classe Cannon USS Eldridge, deixando-o invisível. Para surpresa de ninguém, o governo negou que experimentos como esse tenham acontecido, e diversas hipóteses sobre o caso foram formuladas. 
 
No verão de 1943, o USS Eldridge — navio de quase 100 metros de comprimento — recebeu, entre outros complexos dispositivos eletrônicos, dois potentes geradores de ondas eletromagnéticas, e centenas de metros de cabo elétrico foram enrolados em torno de seu casco. Os geradores ativaram um campo que teria feito a embarcação desparecer durante alguns minutos, em meio a um nevoeiro de cor esverdeada. Alguns marinheiros teriam se queixado das fortes náuseas. 

O segundo teste foi realizado no final de outubro, depois que o equipamento foi reajustado. Dessa vez o barco desapareceu completamente, surgiu na base da marinha em Norfolk — a 600 quilômetros de distância e 15 minutos no passado —, tornou a desaparecer em meio a um relâmpago azul e ressurgiu na Filadélfia.
 
De acordo com os teóricos da conspiração, as consequências do experimento teriam sido tão devastadoras que a Marinha decidiu cancelar o projeto. A maior parte dos marinheiros desenvolveu esquizofrenia, alguns perderam completamente o juízo, outros foram feridos gravemente no momento da “materialização” ou acabaram se fundindo horrivelmente com o casco do barco. 

Consta que os tripulantes teriam avançado até 1983, e que dois marinheiros não teriam retornado com o navio, donde se supõe que ficaram quatro décadas no futuro. Segundo outros teóricos da conspiração, os sobreviventes foram enviados a centros psiquiátricos militares, onde sofreram lavagem cerebral para esquecer tudo, e declarados como “perdidos em missão”
 
Há quem diga que o Experimento Filadélfia foi fruto da imaginação do marinheiro mercante Carl Meredith Allen, que estava a bordo do navio SS Andrew Furuseth quando testemunhou o desaparecimento do USS Eldridge, segundo ele próprio detalhou em correspondência mantida com o escritor e ufólogo Morris Jessup. Allen disse ainda que foi a única testemunha porque o fenômeno durou poucos instantes. 

Jessup passou a investigar a história e, em 19 de abril de 1959, marcou um encontro com Dr. Manson Valentine, a quem prometera revelar uma importante descoberta, mas foi encontrado em seu carro no dia seguinte, morto por inalação de monóxido de carbono. 
 
De acordo com os registros oficiais, o USS Eldridge foi lançado em 25 de julho de 1943, dois dias depois do suposto primeiro experimento. O navio e seu gêmeo, o USS Engstrom, foram dotados de um sistema que rodeava todo o casco com cabos elétricos, numa técnica chamada Degaussing, visando evitar que fossem atingidos pelo torpedos magnéticos lançados por submarinos nazistas. Consta ainda que o USS Eldridge foi transferido para a Grécia em janeiro de 1951 e sucateado em 1999.
 
Einstein realmente trabalhava para a Marinha dos EUA. Em uma carta de junho de 1943, ele informou ao tenente Stephen Bruneauer que tinha a ideia de um aparato eletromagnético para o propósito em questão; em outra correspondência, disse que o experimento lhe parecia ser o único modo de confirmação. 
 
Em 1969, Allen apareceu no Escritório de Pesquisa de Fenômenos Aéreos, no Arizona, e confessou que sua história tinha sido inventada. Dez anos depois, voltou atrás e colaborou com os autores Moore & Berlitz em The Philadelphia Experiment: Project Invisibility, o livro que cristalizou essa teoria da conspiração e inspirou o filme Projeto Filadélfia (1984). Segundo registros da Previdência Social, ele morreu em 1994, no Colorado.
 
Alfred Bielek, suposto responsável pelo setor eletrônico do USS Eldridge, alegou ter sido submetido a uma lavagem cerebral e só relembrou o que havia acontecido ao assistir ao longa. Segundo ele, a experiência teria acontecido em 12 de agosto, e não em outubro, e ele viajou no tempo até 1983 (assim como foi descrito no filme). Além disso, a fenda temporal criada pelo campo magnético atraiu OVNIs para a Terra, e um deles foi capturado pela Marinha dos EUA. 

Acredite... se quiser.