TENDEMOS A MUDAR OS FATOS PARA ADAPTÁ-LOS ÀS TEORIAS, QUANDO DEVERÍAMOS FORMULAR TEORIAS QUE SE AJUSTASSEM AOS FATOS.
De acordo com um texto que circula na Web, alguém chamado Andrew Carlssin foi preso em 2003 por suposta fraude na bolsa de valores de Nova York — em duas semanas, ele teria multiplicado mais de 430 mil vezes seu investimento inicial (de US$ 800) através de 126 transações de alto risco, e acabou com US$ 350 milhões. Como não poderia deixar de ser, esse prodígio chamou a atenção da Comissão de Títulos e Câmbios dos EUA, que o acusou de ter acesso a informações privilegiadas. E ele tinha mesmo. Mas elas vinham do futuro.
Interrogado pelo FBI, O mago das finanças alegou ter vindo do ano 2256, e por isso sabia de antemão as oscilações que afetariam o mercado. Para provar o que dizia, ele se propôs a revelar eventos futuros — como a cura da aids e o paradeiro do terrorista Osama Bin Laden — em troca de poder voltar ao século XXIII em sua “nave temporal” — que escondera para evitar que a tecnologia caísse em mãos erradas.
Segundo os sites que relatam o caso, o depoimento foi colhido numa cela fechada e durou quatro horas. Os agentes não encontraram qualquer registro sobre alguém chamado Andrew Carlssin antes de dezembro de 2002, quando foi feita a denúncia.
Em fevereiro de 2003, a história virou manchete nos principais sites de notícias e entretenimento dos EUA, desencadeando uma onda de especulações sobre o assunto, e até hoje causa alvoroço entre especialistas em teorias da conspiração
Rastreando-se as menções até sua origem, descobriu-se que quem deu o “furo” foi o tabloide sensacionalista Weekly World News — que adverte, na segunda página, que "a maioria dos casos relatados são ficções". Algumas versões recentes dessa notícia vêm ilustradas com um flagrante da prisão, mas a suposta foto de Carlssin é de outro golpista — um ex-gerente de fundos do banco Bear Stearns.
Ainda que economia norte-americana estivesse fortemente afetada pela Guerra do Iraque em 2003, alguém que investisse US$ 800 e lograsse êxito em 126 transações dificilmente obteria US$ 350 milhões em 14 dias. Ademais, se Carlssin revelou o paradeiro de Bin Laden, por que o fundador da Al-Qaeda só foi encontrado oito anos depois? E por que a cura da aids é incerta até hoje?
De acordo com o físico britânico Stephen Hawking, um viajante do tempo que viesse do futuro violaria a lei fundamental da causalidade (ou seja, de que a causa deve existir antes do efeito). À luz da Teoria Geral da Relatividade, a possibilidade de viajar no tempo existe, mas somente rumo ao futuro — por meio da dilatação do espaço-tempo, conforme vimos em outros capítulos desta sequência.
Acredite se quiser...
Rastreando-se as menções até sua origem, descobriu-se que quem deu o “furo” foi o tabloide sensacionalista Weekly World News — que adverte, na segunda página, que "a maioria dos casos relatados são ficções". Algumas versões recentes dessa notícia vêm ilustradas com um flagrante da prisão, mas a suposta foto de Carlssin é de outro golpista — um ex-gerente de fundos do banco Bear Stearns.
Ainda que economia norte-americana estivesse fortemente afetada pela Guerra do Iraque em 2003, alguém que investisse US$ 800 e lograsse êxito em 126 transações dificilmente obteria US$ 350 milhões em 14 dias. Ademais, se Carlssin revelou o paradeiro de Bin Laden, por que o fundador da Al-Qaeda só foi encontrado oito anos depois? E por que a cura da aids é incerta até hoje?
De acordo com o físico britânico Stephen Hawking, um viajante do tempo que viesse do futuro violaria a lei fundamental da causalidade (ou seja, de que a causa deve existir antes do efeito). À luz da Teoria Geral da Relatividade, a possibilidade de viajar no tempo existe, mas somente rumo ao futuro — por meio da dilatação do espaço-tempo, conforme vimos em outros capítulos desta sequência.
Acredite se quiser...