No primeiro ano do governo Bolsonaro, o Posto Ipiranga indicou Marco Troyjo para a secretaria especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. No ano seguinte, alçou-o à presidência Banco do Brics. Como comentarista da Jovem Pan e colunista da Folha, Troyjo se referiu a Lula como "presidiário" em diversas oportunidades, de modo que sua permanência no cargo até 2025 seria mesmo insustentável. A questão é que o petista vai indicar Dilma para o posto.
Caso esse descalabro se concretize, a ex-gerentona de araque será a primeira mulher brasileira a dirigir um banco multilateral. Segundo a coluna de Lauro Jardim, a indicação tem o aval de parceiros e o governo espera que Troyjo renuncie ainda este mês. Detalhe: O salário de Dilma será de R$ 290 mil por mês.
O deputado tucano Aécio Neves — que foi derrotado pela petista na disputa pelo Planalto em 2014 — disse à Folha que era sabido que o PT e Lula não queriam a Dilma por perto, nem na campanha, nem no governo, mas "enviá-la para Xangai com tantas boquinhas mais próximas chega a ser cruel".
Observação: Numa análise sobre um golpe de Estado recém-ocorrido na França no século XIX, Karl Marx citou outro importante filósofo alemão: “Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. Mas esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.
Continua...
