sexta-feira, 3 de março de 2023

UTILIDADE PÚBLICA

As vacinas contra a Covid criadas desde 2021 eram monovalentes, mas as mais recentes podem tanto substituir a terceira ou quarta dose para quem está atrasado como servir como dose de reforço para quem está com o esquema vacinal em dia. O intervalo para a aplicação é de quatro meses contados a partir da última dose. 

De acordo com o cronograma de entregas da Pfizer, 38 milhões de doses da vacina já foram enviadas ao Brasil, e mais 10 milhões devem chegar até junho. A vacinação será escalonada em etapas, de acordo com o envio das doses aos estados e com o recebimento das novas levas. 

O ministério divulgou no último final de semana um informe técnico com previsão de datas para as cinco etapas, mas estados e cidades podem implementar seus próprios calendários, de modo que é importante checar os dias exatos e os grupos divulgados pelas secretarias estaduais e municipais. 

Segundo a estimativa do ministério:
  • Fase 1 (27/02): Pessoas acima de 70 anos; pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
  • Fase 2 (06/03): Pessoas de 60 a 69 anos;
  • Fase 3 (20/03): Gestantes e puérperas;
  • Fase 4 (17/04): Trabalhadores da saúde;
  • Fase 5 (17/04): Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
Em alguns países, a bivalente é indicada à população geral, mas não há planos para que pessoas de fora dos grupos de risco recebam indicação para a nova dose no Brasil. No entanto, a população em geral também é alvo da nova campanha devido às baixas coberturas com a terceira e a quarta doses (são cerca de 60 milhões de brasileiros sem o primeiro reforço).
 
O ministério adverte que as pessoas que não vão receber a bivalente — como crianças, jovens e a maior parte dos adultos — precisam estar com os reforços previstos para cada faixa etária atualizados. Hoje, mais de 90% das vítimas fatais da Covid são pessoas que não estão adequadamente vacinadas com todas as doses indicadas do imunizante original. 

Ainda não foi decidido se as pessoas que não receberão a bivalente serão convocadas para uma eventual quinta dose do imunizante monovalente, bem como se a vacinação será anual, como a da gripe, já que isso depende da evolução do vírus.