O noticiário e as análises políticas versam sobre o suposto direito divino do presidente da República de fazer maioria no Parlamento e acomodar o Centrão para conquistar, mesmo que de modo pouco decente, tal maioria. E aí começa a festa de especular sobre indicações de ministros e de titulares para outros cargos no governo.
Na imprensa, quase ninguém pergunta o que os novos indicados vão fazer, quais os seus planos para as pastas que assumirão. Tampouco se pergunta para que um governo tão carente de propostas tanto quer essa maioria. E a explicação é simples: há um governo dentro do governo.
O governo que conta de verdade (o governo estratégico) é o do PT e seus aliados mais próximos de esquerda (como o camarada Dino). Para que esse governo interno possa realizar seus projetos — muitos dos quais também não anunciados (talvez por serem estratégicos) —. o governo externo (tático) está sendo formado à base de cargos, emendas, verbas e outras vantagens. E aí tanto faz quem entra ou quem sai, desde que entregue votos no Parlamento e não atrapalhe o arranjo para viabilizar o funcionamento (em parte visível, em parte oculto) do governo estratégico.
A indicação do presidente do IBGE denota o grau do desprezo com que Lula e o PT tratam o governo externo. O problema maior da nomeação de Marcio Pochmann nem tem a ver com ele (um doidivanas da esquerda marxista da Guerra Fria), e sim com a prática hegemonista do PT de aparelhar o Estado, impor sua vontade e desrespeitar seus aliados.
Observação: Enquanto avança de forma desenfreada sobre o bolso de quem trabalha e produz neste triste pedaço de chão esquecido por Deus e bonito por natureza, Lula anuncia a criação de mais um ministério. Sim, já não lhe bastam os 30 ministérios, 3 secretarias e 4 órgãos equivalentes, totalizando 37 ralos de dinheiro público onde ineficiência, desperdício e corrupção dragam o sangue, suor e lágrima dos, como é mesmo? contribuintes. A mais nova sanha arrecadatória vem sob a forma de tributação dos “super ricos” e das empresas “offshore”. Para o governo petista, quem ganha muito dinheiro – já inúmeras vezes tributado – deve ser penalizado e pagar ainda mais. Mais uma vez, a solução para o déficit público (causado pelos incompetentes e corruptos que se aboletam há décadas em Brasília e não largam o osso) não está na reforma administrativa. A lógica da casta dos três poderes nas três esferas é manter – quando não raro, ampliar – o “status quo”. O judiciário, por exemplo, suga mais de 110 bilhões de reais da sociedade todos os anos. E o que devolve, além da baixíssima eficiência? O Congresso Nacional custa estúpidos 40 milhões de reais por dia. É ultrajante! A falácia de que “rico paga pouco imposto no Brasil” não suporta uma conta de padeiro. Uma coisa é “proporcionalmente” pagar menos impostos, outra, muito diferente, é dizer que paga pouco. Mas a questão central é: para quê? Se fosse de fato para distribuir renda e melhorar a vida dos mais pobres, certamente ninguém se oporia. Mas sabemos muito bem onde vão parar nossos tostões, e Lula, o PT e a nata do funcionalismo público, também.
Aliados do PT são sempre mortos ao final. O partido faz alianças não porque isso seja correto e normal na prática democrática — por ter consciência de que uma força política sozinha não pode dar conta de captar, nem expressar, a diversidade política da sociedade —, mas para ficar mais forte e, alcançados seus objetivos particulares, matar seus aliados ao final. Uma dessas aliadas, já com a morte prenunciada, é a senadora e ex-candidata à Presidência Simone Tebet, que só é mantida como enfeite da inexistente frente ampla (mantida, esclareça-se, enquanto continuar se subordinando).
O PT segue a máxima autocrática: os inimigos (em geral construídos) o fortalecem, os aliados o enfraquecem. Aqui se revela por que o foco do PT não é extirpar os bolsonaristas. Isso é só no discurso de Lula. Uma minoria bolsonarista sectária é providencial para manter viva a polarização "nós contra eles". O foco é tirar o oxigênio dos democratas liberais, para que eles virem aliados subordinados do partido. Uma legião de Simones.
Parece evidente que Lula não vai pacificar o país, como falsamente prometeu, e sim investir cada vez mais na guerra do "nós contra eles", fomentando o bolsonarismo como pretexto para inculpar qualquer oposição, mesmo democrática, por tentativas de golpe de Estado, acusando todos que a ele não se subordinam de fascistas ou neofascistas. No dia em que Simone deixar de se subordinar — se é que isso vai acontecer —, ela virará automaticamente fascista.
Tudo isso decorre de uma farsa que está sendo construída. Lula e seu partido são populistas e, como tais, acham que nada deve ficar no seu caminho. O petista perdeu as eleições em quatro das cinco regiões do país, venceu por menos de 2% dos votos, mas se comporta como se tivesse sido consagrado pelo povo do Brasil inteiro com mais de 80% dos votos.
A farsa de Lula e do PT é jogar com a força que não têm. Por isso querem exterminar aqueles (como os democratas liberais) que, não se conformando em ser subordinados, são capazes de denunciar a farsa. E tudo para quê? Ora, para que o governo interno (francamente minoritário) possa continuar a implementar sua estratégia (contra a vontade política coletiva). Vejamos alguns exemplos:
Lula e o PT não vão recuar de suas propostas insanas de aliar o país ao eixo das grandes autocracias do planeta contra a coalizão das democracias liberais, de apoiar as ditaduras de esquerda e os governos parasitados por forças neopopulistas amigas. Lula e o PT não vão desistir de querer mandar em tudo, mantendo uma luta sem quartel e sem sentido contra a autonomia do Banco Central, das agências reguladoras e de outros órgãos de Estado. Lula e o PT vão continuar usando o BNDES, a Petrobras e outras estatais para fazer (a sua) política, atropelando as boas práticas empresariais e de mercado.
Lula e o PT não vão cortar gastos e aumentar a eficiência da máquina estatal; ao contrário, vão gastar mais para forçar um voo de galinha do PIB que garanta a Lula mais uma reeleição. Lula e o PT não vão sossegar enquanto não transformarem a imprensa em uma espécie de assessoria de imprensa, incorporando-a como peça do seu esquema de governabilidade. Para tanto, seu movimento principal é extirpar dos grandes e pequenos meios de comunicação (tradicionais e sociais) os democratas liberais e todos que ousarem expressar posições críticas ao governo. Percebem-se sinais de que isso já está ocorrendo.
Aliados do PT são sempre mortos ao final. O partido faz alianças não porque isso seja correto e normal na prática democrática — por ter consciência de que uma força política sozinha não pode dar conta de captar, nem expressar, a diversidade política da sociedade —, mas para ficar mais forte e, alcançados seus objetivos particulares, matar seus aliados ao final. Uma dessas aliadas, já com a morte prenunciada, é a senadora e ex-candidata à Presidência Simone Tebet, que só é mantida como enfeite da inexistente frente ampla (mantida, esclareça-se, enquanto continuar se subordinando).
O PT segue a máxima autocrática: os inimigos (em geral construídos) o fortalecem, os aliados o enfraquecem. Aqui se revela por que o foco do PT não é extirpar os bolsonaristas. Isso é só no discurso de Lula. Uma minoria bolsonarista sectária é providencial para manter viva a polarização "nós contra eles". O foco é tirar o oxigênio dos democratas liberais, para que eles virem aliados subordinados do partido. Uma legião de Simones.
Parece evidente que Lula não vai pacificar o país, como falsamente prometeu, e sim investir cada vez mais na guerra do "nós contra eles", fomentando o bolsonarismo como pretexto para inculpar qualquer oposição, mesmo democrática, por tentativas de golpe de Estado, acusando todos que a ele não se subordinam de fascistas ou neofascistas. No dia em que Simone deixar de se subordinar — se é que isso vai acontecer —, ela virará automaticamente fascista.
Tudo isso decorre de uma farsa que está sendo construída. Lula e seu partido são populistas e, como tais, acham que nada deve ficar no seu caminho. O petista perdeu as eleições em quatro das cinco regiões do país, venceu por menos de 2% dos votos, mas se comporta como se tivesse sido consagrado pelo povo do Brasil inteiro com mais de 80% dos votos.
A farsa de Lula e do PT é jogar com a força que não têm. Por isso querem exterminar aqueles (como os democratas liberais) que, não se conformando em ser subordinados, são capazes de denunciar a farsa. E tudo para quê? Ora, para que o governo interno (francamente minoritário) possa continuar a implementar sua estratégia (contra a vontade política coletiva). Vejamos alguns exemplos:
Lula e o PT não vão recuar de suas propostas insanas de aliar o país ao eixo das grandes autocracias do planeta contra a coalizão das democracias liberais, de apoiar as ditaduras de esquerda e os governos parasitados por forças neopopulistas amigas. Lula e o PT não vão desistir de querer mandar em tudo, mantendo uma luta sem quartel e sem sentido contra a autonomia do Banco Central, das agências reguladoras e de outros órgãos de Estado. Lula e o PT vão continuar usando o BNDES, a Petrobras e outras estatais para fazer (a sua) política, atropelando as boas práticas empresariais e de mercado.
Lula e o PT não vão cortar gastos e aumentar a eficiência da máquina estatal; ao contrário, vão gastar mais para forçar um voo de galinha do PIB que garanta a Lula mais uma reeleição. Lula e o PT não vão sossegar enquanto não transformarem a imprensa em uma espécie de assessoria de imprensa, incorporando-a como peça do seu esquema de governabilidade. Para tanto, seu movimento principal é extirpar dos grandes e pequenos meios de comunicação (tradicionais e sociais) os democratas liberais e todos que ousarem expressar posições críticas ao governo. Percebem-se sinais de que isso já está ocorrendo.
Observação: Um presidente da República é as escolhas que ele faz. E não são os erros que arruinam uma Presidência, mas o modo como o presidente age depois de cometê-los. Lula premiou o Centrão com novos cofres na Esplanada sem afastar das arcas da pasta das Comunicações um ministro sob investigação da PF e com bens bloqueados pelo Supremo. Em suma, sua alteza subverteu o provérbio mostrando que é errando que se aprende... a errar. No poder desde a chegada das caravelas, o Centrão não tem piedade de nenhum governo. Mas Lula deveria ter compaixão pelo contribuinte brasileiro. As investigações fizeram de Juscelino Filho um inocente muito parecido com as virgens de Sodoma e Gomorra. Mas Lula deu de ombros para os achados da polícia e entregou o Ministério dos Esportes a André Fufuca e a pasta dos Portos e Aeroportos a Silvio Costa Filho. O PP de Lira estrelou o escândalo do petrolão. Foi um dos principais sócios do petismo no saque à Petrobras. Ao ignorar o próprio passado, Lula 3 tropeça no óbvio e passa adiante, fingindo não notar que o óbvio é o óbvio. Com tanto desprezo pelo óbvio, ele como que sinaliza que, para obter o apoio do centrão bolsonarista, está disposto a renovar o pacto com o Tinhoso. Ironicamente, o centrão colocou um pé no governo sem retirar o outro da oposição. Braço partidário da igreja bolsonarista do bispo Edir Macedo, o Republicamos, legenda de Silvio Costa Filho, apressou-se em soltar nota para informar que "não fará parte da base do governo e seguirá atuando de forma independente". Embora convidado, Lira preencheu com sua ausência uma lacuna reservada à presidência da Câmara no palanque de autoridades do 7 de Setembro. Foi como se recordasse a Lula que a conta não foi fechada. O condestável do Centrão aguarda pela entrega da Caixa Econômica Federal. Seu correligionário Ciro Nogueira, ex-chefe da Casa Civil de Bolsonaro e presidente do PP, fez troça nas redes sociais. Numa postagem escrachada, Nogueira anotou que Lula "desfilou para ninguém" no Dia da Pátria. Escreveu: "7 de Setembro sem Bolsonaro é como GP de F1 sem Ayrton Senna". Ou seja: Lula pagou no atacado e à vista por um apoio legislativo que terá que renegociar no varejo a cada nova votação de interesse do seu governo. O Centrão sinaliza que, a despeito da meia-sola ministerial, o Planalto mastigará no Congresso o pão que Asmodeu amassou.
Com Augusto de Franco
Com Augusto de Franco