quarta-feira, 13 de setembro de 2023

MAIS SOBRE AS "SUTILEZAS" DO UNIVERSO

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Milionésimos de segundo depois do Big Bang, o Universo era um plasma turbulento e superquente de partículas elementares que se aglomeraram em inúmeras combinações antes de formarem os nêutrons e prótons, e a colisão de quarks e glúons originou as "partículas X" — assim chamadas devido a suas estruturas desconhecidas, mas previsíveis pela teoria.

 

Observação: Tudo que existe é formado por átomos, cujos núcleos são compostos por prótons, que têm carga elétrica positiva, e nêutrons, cuja carga é nula. Essas partículas permanecem unidos graças à força nuclear forte gerada pelos glúons (partículas "virtuais" que surgem e desaparecem de forma aleatória) e têm massas semelhantes, mas não são elementares — ou seja, elas são formadas por três outras partículas — essas, sim, elementares —, que são conhecidas como quarks.

 

Alguns cientistas propuseram um modelo que inicia o Big Bang gerando uma infinidade de universos, cada qual com uma massa diferente para o bóson de Higgs. Após calcular como esses universos evoluiriam ao longo do tempo, eles concluíram que os universos que tinham bósons de Higgs mais pesados colapsaram numa fração de segundo, e os que tinham partículas de Higgs mais leves (como o nosso) sobreviveram. Á luz dessa teoria, nosso cosmos pode ter sido o único sobrevivente do multiverso criado originalmente pelo Big Bang.

 

Até 2021, astrofísicos e cosmólogos estimavam a idade do Universo em 13,787 bilhões de anos, mas o físico indiano Rajendra Gupta acredita que o Big Bang teria ocorrido há 26,7 bilhões de anos. Ele e outros pesquisadores ficaram intrigados com a existência de estrelas como Matusalém, cuja idade é de 14,27 ± 0,8 bilhões de anos (o valor 0,8 bilhão de anos remete ao desvio padrão, que mostra um intervalo de confiança para a medida) e com a descoberta de galáxias primitivas em um estado avançado de evolução.


Criada em 1929, a teoria da luz cansada propõe que o desvio para o vermelho da luz de galáxias distantes — base de cálculo para a idade do cosmos — se deve à perda gradual de energia por fótons em vastas distâncias cósmicas. Gupta descobriu que, ao permitir que essa teoria coexista com o universo em expansão, pode-se reinterpretar o desvio em questão como um fenômeno híbrido, e não puramente decorrente da expansão. 


Segundo ele, as "constantes de acoplamento" (constantes físicas fundamentais que governam as interações entre as partículas) variam ao longo do tempo, razão pela qual o prazo para a formação das primeiras galáxias observadas pelo telescópio Webb pode ser estendido de algumas centenas de milhões de anos para vários bilhões de anos — o que fornece uma explicação mais viável para o nível avançado de desenvolvimento e massa observados nessas antigas galáxias.