terça-feira, 31 de outubro de 2023

HALLOWEEN



Enquanto convalescia no Alvorada, Lula se expressava pelas redes sociais; ao retomar o expediente, voltou a falar abertamente. Ao desmentir Haddad sobre o déficit público, derrubou o Ibovespa e ensejou mais uma alta do dólar, e ao classificar de "insanidade de Netanyahu" a contraofensiva dos judeus, deixou clara a necessidade de ser lembrado de que "em boca fechada não entra mosca". 
Bolsonaro, por sua vez, voltou a criticar o resultado das urnas: "Quis Deus me dar segunda vida e quatro anos de presidente da República. Houve um desastre no ano passado. Ninguém entende o que aconteceu, mas vamos considerar página virada. Vamos continuar lutando pelo nosso Brasil. Temos um legado.
A declaração é pecaminosa por invocar o nome do Senhor em vão, ofensiva porque todos sabem que o "desastre" aconteceu durante sua execrável gestão, equivocada por supor que ninguém compreende o que realmente sucedeu, e alucinada porque 2022 deixou de ser "página virada" no instante em que esse filho do Tinhoso passou a conspirar contra a vontade popular. O livro ainda está sendo escrito, mas, na realidade paralela em que vive o "mito", a história continua sendo a mesma lenda, só que muito mais mentirosa.
Tanto um quanto o outro não passam de populistas toscos, mas agem como feiticeiros que, com seu "abracadabra", dividem os brasileiros em dois grupos de fanáticos revolucionários. 

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Não se sabe ao certo qual a origem do Hallowe'en — abreviação de All Hallows' Eve pela junção das palavras hallow (santo) e eve (véspera) —, mas acredita-se que tudo começou com o "Samhain" dos antigos celtas, que festejavam a passagem do ano em 31 de outubro. Visando atenuar o cheiro pagão que emanava da festa, o papa Gregório III mudou de 13 de maio para 1º de novembro a comemoração do "Dia de Todos os Santos", e Gregório IV estendeu sua participação a todos os católicos, visando enfraquecer o All Saints Day e o All Souls Day, que eram comemorados na ilhas britânicas nos dias 1 e 2 de novembro. 

 

Por influência dos ingleses, os EUA incorporaram o Hallowe'en ao calendário. Todo 31 de outubro, casas e ruas são decoradas com temas "assustadores", e crianças fantasiadas de bruxas, múmias, vampiros, fantasmas e caveiras ameaçam pregar peças em quem lhes negar guloseimas.

 

O pedido de doces remonta à antiga tradição celta de oferecer comida para apaziguar os maus espíritos, e a vela dentro da abóbora, ao folclore irlandês. Quanto ao indefectível "Jack-o'-lantern, reza a lenda que Jack era um beberrão que enganou o diabo e conseguiu escapar do inferno, mas foi aceito no céu, de modo que passou a vagar pelas noites, carregando uma lanterna improvisada não com uma abóbora, mas com um nabo iluminado por uma brasa de carvão.

 

Hallowe'en é o segundo feriado mais comercial entre os americanos, que gastam milhões de dólares em doces, festas e fantasias, inclusive para animais de estimação. No Brasil, a data se popularizou a partir de filmes e, mais recentemente, da Internet. As festas temáticas se tornaram comuns em escolas de idiomas e eventos culturais — para a alegria do comerciantes, que engordam o caixa vendendo doces, fantasias e decorações. 


Vale destacar que o Dia do Saci foi instituído no Brasil como forma de valorizar nosso folclore e a figura do Saci-Pererê, mas a iniciativa foi tão bem-sucedida quanto a campanha de Bolsonaro à reeleição.