É MELHOR ESTAR SÓ DO QUE INFELIZ COM ALGUÉM.
A prisão de um deputado federal, um conselheiro de tribunal de contas e um delegado ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro — os supostos os mentores do assassinato de Marielle Franco — é uma síntese, embora incompleta, da infiltração do crime organizado nas instituições públicas, mas a coisa vai além.
A despeito do muito bem-vindo desfecho do caso, não há falar em triunfo do Estado. Este segue desorganizado frente à crescente estruturação da criminalidade no país, sendo o Rio o exemplo mais visível, já que ali atuam várias famílias que mandam e desmandam na política, algumas com ligações criminosas.
Os irmãos Francisco e Domingos Brazão, respectivamente deputado e conselheiro do TCE-RJ, foram pegos, mas outros tantos seguem atuantes no controle de votos que resultam na dominação de territórios, e agirão de maneira incisiva nas eleições municipais de outubro, a fim de ampliar a teia da contaminação.
Todas as instâncias de governo sabem disso porque nada é feito às escondidas — como ficou demonstrado na obstrução das investigações dos assassinatos da vereadora e de seu motorista, o poder local não dá conta da situação. A insegurança que apavora o Brasil requer a compreensão de que estamos diante de um problema de segurança nacional e institucional tão ameaçador à saúde democrática quanto aquele em que foi debelada a tentativa de golpe de Estado urdida pelo dejeto mais abjeto da escória tupiniquim.
Urge que as autoridades e a sociedade afeita aos valores da legalidade exibam diante o tema que ocupa o topo das preocupações da população o mesmo empenho que exibiram quando a democracia foi posta xeque. O embate ideológico distrai, mas na realidade do cotidiano as pessoas querem mesmo é saber o que as forças municipais, estaduais e federais se dispõem a fazer para assegurar um mínimo aceitável de segurança, sejam quais forem as atribuições constitucionais de cada um.
A despeito do muito bem-vindo desfecho do caso, não há falar em triunfo do Estado. Este segue desorganizado frente à crescente estruturação da criminalidade no país, sendo o Rio o exemplo mais visível, já que ali atuam várias famílias que mandam e desmandam na política, algumas com ligações criminosas.
Os irmãos Francisco e Domingos Brazão, respectivamente deputado e conselheiro do TCE-RJ, foram pegos, mas outros tantos seguem atuantes no controle de votos que resultam na dominação de territórios, e agirão de maneira incisiva nas eleições municipais de outubro, a fim de ampliar a teia da contaminação.
Todas as instâncias de governo sabem disso porque nada é feito às escondidas — como ficou demonstrado na obstrução das investigações dos assassinatos da vereadora e de seu motorista, o poder local não dá conta da situação. A insegurança que apavora o Brasil requer a compreensão de que estamos diante de um problema de segurança nacional e institucional tão ameaçador à saúde democrática quanto aquele em que foi debelada a tentativa de golpe de Estado urdida pelo dejeto mais abjeto da escória tupiniquim.
Urge que as autoridades e a sociedade afeita aos valores da legalidade exibam diante o tema que ocupa o topo das preocupações da população o mesmo empenho que exibiram quando a democracia foi posta xeque. O embate ideológico distrai, mas na realidade do cotidiano as pessoas querem mesmo é saber o que as forças municipais, estaduais e federais se dispõem a fazer para assegurar um mínimo aceitável de segurança, sejam quais forem as atribuições constitucionais de cada um.
Provérbios são "pérolas da sabedoria popular" que expressa uma espécie de "verdade universal". Um dos mais conhecidos é "Dize-me com quem andas e te direi quem és". Ele aparece frequentemente adulterado para "Diga-me com quem andas e te direi quem és", mas não consta dos livros de Salmos e Provérbios nem foi proferido por Jesus, embora possa ter se originado de algum versículo com o mesmo significado e sirva.
Observação: Vários "ensinamentos" atribuídos ao Messias — como "Quem não vem pelo amor, vem pela dor"; "Ajuda-te que eu te ajudarei"; "Não cai uma folha da árvore se Deus não deixar", entre outros — não são encontrados escritos exatamente assim na Bíblia.
A mistura de pessoas gramaticais (sobretudo a oscilação tu/você) tem presença garantida na fala brasileira, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul. Chama a atenção, nesse caso específico, o emprego do imperativo da terceira pessoa na primeira forma verbal (diga) com as demais formas e o pronome átono (te) na segunda do singular (andas, és).
Em São Paulo é comum os verbos no modo imperativo aparecerem na segunda pessoa do singular — como em olha isso!, sai daí!, fica quieto!, vem cá! etc., a despeito de olha, sai, fica e vem serem as formas de segunda pessoa do singular e portanto compatíveis com o tratamento pela forma tu, e não pela forma você, que é usada pela maioria dos falantes. Nos estados do Nordeste, os falantes diriam olhe isso!, saia daí!, fique quieto!, venha cá! etc., já que lá se costuma usar o imperativo também na terceira pessoa, de acordo com a norma-padrão da língua.
Voltando ao dito popular em questão, o que pode explicar sua adulteração é a falta de familiaridade com a forma verbal dize, imperativo da segunda do singular. Vale lembrar que diz seria uma variante possível de dize (Diz-me com quem andas e te direi quem és), também correta à luz da norma-padrão gramatical. Já as forma do imperativo da segunda pessoa (vem cá, fica quieto, etc.) são idênticas às formas de presente do indicativo da terceira pessoa do singular (ele vem, ele fica, etc.). Talvez esteja aí a explicação do uso delas também no imperativo de terceira pessoa (você).
Nos primeiros anos escolares, somos ensinados a memorizar o imperativo de tu e vós conjugando o verbo no presente do indicativo e suprimindo o "s" final das formas de segunda pessoa. Se no presente do indicativo temos eu digo, tu dizes, ele diz, nós dizemos, vós dizeis, eles dizem, no imperativo teremos dize (tu) e dizei (vós). Como essas formas são pouco usadas no dia a dia, o que se vê com frequência é o pronome "tu" com as formas de terceira pessoa (tu vai, tu fica), embora isso contrarie a norma culta da língua.
Observação: Em trechos extraídos da Bíblia ou de orações cristãs, a forma "vós"ainda aparece: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei", "O Senhor é convosco", "Bendita sois vós" etc. Embora cada um possa se expressar como bem entender, recomenda-se atentar para situações em que se espera o uso formal da língua, nas quais não misturar pessoas gramaticais.
Com o verbo no infinitivo, o pronome "se" sobra. Assim: fácil de fazer, fácil de copiar, fácil de ler, fácil de memorizar. Note que a rejeição ao monossílabo não constitui exclusividade do adjetivo "fácil". Veja: difícil de escrever, bom de morar, chato de acompanhar, feio de doer.
Deve-se dizer "é fácil fazer 'x'", "fazer 'x' é fácil", "é difícil explicar 'x'", "explicar' x' é difícil", sem a preposição e com "x" à direita do verbo infinitivo, mas "'x' é fácil de fazer", "'x' é difícil de explicar", com a preposição e com "x" à esquerda da forma verbal finita.
Também é errado é empregar o pronome "se" com verbos no infinitivo precedidos de "é de", "era de", "foi de", "seria de", etc. O certo é "isso é de admirar" (e não "isso é de SE admirar"), "era de esperar" (e não "de SE esperar"), "seria de entender" (e e não "de SE entender"), "foi de espantar" (e não "de SE espantar"), e assim por diante.
Com Thaís Nicoleti