terça-feira, 2 de julho de 2024

AINDA SOBRE A ORIGEM DA VIDA

ÀS VEZES É MELHOR DEIXAR PARA FAZER AMANHÃ O QUE ONTEM SE DEIXOU PARA FAZER HOJE.

Após a descoberta de galáxias primitivas e estrelas supostamente mais antigas que o próprio Universo — como Matusalém —, o físico indiano Rajendra Gupta teorizou que o Big Bang aconteceu há 26,7 bilhões de anos. Da feita que essa premissa conflita com o modelo Lambda-CDM e a própria Teoria do Big Bang, outros pesquisadores, usando um software que confere maior precisão ao processo, concluíram que a estrela em questão tem 12,01 ± 0,05 bilhões de anos (menos, portanto, que o Universo, que tem 13,787 bilhões de anos). 
 
Observação: Falamos em milhões, bilhões e trilhões com a naturalidade de quem não tem a menor ideia do que essas grandezas significam. Contar em voz alta de zero a um milhão demoraria 23 dias, mas seriam necessários 230 anos para contar até 1 bilhão (isso pela escala adotada no Brasil, na qual 1 bilhão equivale a 1.000 milhões; em Portugal e outros países lusófonos, 1 bilhão equivale a 1 milhão de milhões). Um bilhão de segundos correspondam a 31 anos e 8 meses, mas demoramos mais pronunciar os números conforme eles aumentam (levamos um segundo para dizer "2" e cinco para dizer "1.987.789"). Além disso, as pessoas precisam dormir, comer e satisfazer outras necessidades fisiológicas, de modo que a contagem ficaria limitada a 16 horas por dia.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

O debate entre os macróbios Joe Biden (81) e Donald Trump (78) produziu duas conclusões irrefutáveis: 1) Foi um confronto medíocre; 2) Cavalgando mentiras, Trump atropelou um Biden rouco e tatibitate. A questão é: Quem vence um debate ordinário é melhor ou pior do que quem perde? 
Forçado a escolher o "menos pior", o eleitor americano deve reeleger um caduco que desperdiçou sua melhor oportunidade para espantar a maledicência da senilidade e reativar a percepção de que o rival é uma ameaça democrática, ou ressuscitar um mentiroso golpista que, pelas contas do Times, pronunciou pelo menos 15 declarações falsas, já descontadas as afirmações enganosas, exageradas ou descontextualizadas? Eventual retorno de Trump à Casa Branca — hipótese cada vez menos negligenciável — daria contornos de realidade à especulação segundo a qual os EUA conspiram a favor de sua própria decadência. 
Num cenário polarizado, a decisão entre a reeleição de Biden ou a volta de Trump está nas mãos dos indecisos (20%). Resta torcer para que eles percebam que a diferença entre a aversão de Trump à democracia e a senilidade de Biden é que o golpismo não pode ser medicado.

Já vimos que Terra surgiu há 4,5 bilhões de anos, que mais 500 milhões de anos se passaram até que ela resfriasse o bastante para permitir que alguma forma de vida se desenvolvesse, e que, a partir de indícios encontrados em formações rochosas semelhantes às que existem em Marte, a vida pode ter sido trazida por rochas que se desprenderam do planeta vermelho há 3 bilhões de anos. Vimos também que as religiões abraâmicas, Deus criou Adão e Eva por volta de 4000 a.C., a despeito da miríade de evidências de que os primatas surgiram há 65 milhões de anos e os primeiros hominídeos, há 20 milhões de anos.

Observação: A separação dos ramos que levaram aos humanos e aos chimpanzés ocorreu entre 6 e 8 milhões de anos atrás. Assim, o homem não descende do macaco, ainda que humanos e chimpanzés tenham um ancestral em comum.
 
gênero Homo surgiu há 2,5 milhões de anos. O Homo Habilis sucedeu ao Australopithecus, e o Homo Sapiens evoluiu do Homo Erectus há 300 mil anos. Considerando que os dinossauros foram extintos há 66 milhões de anos,
 o desenho-animado Os Flintstones 
— criado na década de 1960 pelo estúdio Hanna-Barbera e ambientado numa "idade da pedra fictícia" onde pessoas convivam com dinossauros, era mera fantasia , mas a série Os Jetsons — criada logo depois e ambientada no ano de 2062  era profecia em estado bruto. 
 
Nos anos 1960, a tecnologia futurista exibida em Os Jetsons era pura ficção científica, mas os telefones móveis, tablets, relógios inteligentes, videochamadas e televisores de telas finíssimas, que faziam parte do quotidiano dos protagonistas da série, tornaram-se realidade. Carros voadores (ainda) não se popularizaram, esteiras rolantes não substituíram as calçadas e o teletransporte ainda engatinha. 

Já temos robôs-aspiradores e assistentes virtuais, mas ainda não surgiu nada parecido com Rosinha, a empregada-robô que cuidava das tarefas domésticas da família JetsonNo desenho, bastava apertar um botão para ter uma refeição completa e personalizada. As impressoras 3D de alimentos que foram criadas nos últimos anos são caríssimas, e o sabor da comida deixa muito a desejar. Férias em outros planetas também eram comuns na série, mas Neil Armstrong só pisou na Lua em 1969, e o turismo espacial ainda é um privilégio para poucos. 
 
Continua...