Reza a sabedoria popular que "o coração tem razões que a razão desconhece" e que "o amor é uma flor roxa que nasce no coração de um trouxa". E lidar com as sutilezas do amor e da paixão está cada vez mais arriscado.
Ainda que os jogos de sedução da era do pré-Tinder tivessem desafios, a incerteza sobre a identidade do parceiro ou parceira de conversação virtual e a possibilidade de perseguição digital são muito maiores nos dias atuais.
Segundo uma pesquisa recente, 34% dos entrevistados disseram acreditar que fazer uma busca no Google ou escarafunchar as contas das mídias sociais das pessoas é uma forma de se proteger, e 23% relataram ter passado por alguma forma de perseguição on-line por um novo pretendente. Além disso — e não menos alarmante —, cerca de 90% reconheceram que compartilham ou consideram o compartilhamento de senhas e concedem acesso a sua localização. A prática pode parecer inofensiva, mas a possibilidade da vigilância por stalkerware — software silencioso que é capaz de rastrear em tempo real o paradeiro das pessoas e espionar suas mensagens — é real.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Lula vez vários gols na entrevista que concedeu ao UOL, todos contra. Duas semanas após Haddad ter prometido expor um cardápio de medidas que resultaria numa "revisão ampla, geral e irrestrita" das despesas do governo, o presidente disse coisas definitivas sem definir muito bem as coisas. "O problema é saber se precisa efetivamente cortar ou se precisa aumentar a arrecadação", disse ele. Em seguida, insinuou que prefere cobrar tributos de quem não paga a podar benefícios sociais, deu ombros para a evidência de que a necessária e difícil eliminação de parte dos R$ 646 bilhões que escorrem pelo ralo da renúncia fiscal e tributária não elimina a necessidade imperiosa de esquadrinhar os gastos do governo.
Soluções simples e rápidas nunca deram certo no enfrentamento a situações complicadas e duradouras na economia brasileira. Foram várias tentativas frustradas na primeira década de redemocratização, justamente pela preferência de governantes por medidas de impacto imediato. Daqueles erros emergiu o aprendizado de economistas liderados por um político de visão avesso a imediatismos que resultou no acerto do Real, um plano de 30 anos bem vividos e êxito incontestável. Lula e o PT à época contestaram. Apesar de terem sido obrigados a aderir sob pena de não governar quando assumiram o comando, hoje discordam das balizas fundadoras da estabilidade econômica, como se evidencia diante das críticas do partido a qualquer investida na direção do equilíbrio fiscal e da exigência do presidente para que a Fazenda e o Planejamento encontrem soluções simples e rápidas para o aprumo das contas públicas.
À demanda inexequível Lula aliou a renovação dos ataques ao presidente e à autonomia do Banco Central, desta vez com o aumento da temperatura de agressividade, acusando Roberto Campos Neto de prejudicar o país em decorrência de alinhamentos políticos adversários. Qual a razão dessas atitudes do presidente? Duas hipóteses que se complementam: uma, consolidar a escolha de Campos Neto como o bode expiatório preferencial para tudo o que de porventura der errado na economia. Outra é sinalizar que o próximo presidente do BC, nomeado por ele, se for autônomo como manda a lei, seguirá sob ataque e aí sob a égide da contradição. Teremos, assim, a materialização de um tiro no pé, porque a realidade o condenará.
Soluções simples e rápidas nunca deram certo no enfrentamento a situações complicadas e duradouras na economia brasileira. Foram várias tentativas frustradas na primeira década de redemocratização, justamente pela preferência de governantes por medidas de impacto imediato. Daqueles erros emergiu o aprendizado de economistas liderados por um político de visão avesso a imediatismos que resultou no acerto do Real, um plano de 30 anos bem vividos e êxito incontestável. Lula e o PT à época contestaram. Apesar de terem sido obrigados a aderir sob pena de não governar quando assumiram o comando, hoje discordam das balizas fundadoras da estabilidade econômica, como se evidencia diante das críticas do partido a qualquer investida na direção do equilíbrio fiscal e da exigência do presidente para que a Fazenda e o Planejamento encontrem soluções simples e rápidas para o aprumo das contas públicas.
À demanda inexequível Lula aliou a renovação dos ataques ao presidente e à autonomia do Banco Central, desta vez com o aumento da temperatura de agressividade, acusando Roberto Campos Neto de prejudicar o país em decorrência de alinhamentos políticos adversários. Qual a razão dessas atitudes do presidente? Duas hipóteses que se complementam: uma, consolidar a escolha de Campos Neto como o bode expiatório preferencial para tudo o que de porventura der errado na economia. Outra é sinalizar que o próximo presidente do BC, nomeado por ele, se for autônomo como manda a lei, seguirá sob ataque e aí sob a égide da contradição. Teremos, assim, a materialização de um tiro no pé, porque a realidade o condenará.
Segurança absoluta é cantilena para dormitar bovinos, mas é possível navegar de forma menos insegura nas águas turvas da Web seguindo algumas dicas da empresa russa de cibersegurança Kaspersky. Confira:
1 — Enquanto as senhas alfanuméricas não forem extintas (e ainda vai levar um tempo até que isso aconteça), crie passwords complexas, jamais as compartilhe nem tampouco utilize uma mesma palavra-chave em diferentes sites e aplicativos. Use a dupla autenticação para acrescentar uma segunda camada de segurança e altere suas senhas imediatamente caso as tenha compartilhado com outras pessoas.
2 — Para contornar a dificuldade de memorizar dúzias de senhas, recorra a um gerenciador de senhas — o próprio Google disponibiliza um gerenciador que sugere senhas fortes, salva-as (juntamente com as senhas criadas pelos próprios usuários) num local seguro e as preenche automaticamente quando necessário. Para usá-lo, bastar abrir o Chrome, clicar (ou tocar) nos três pontinhos e, em Gerenciador de senha, ativar a opção Oferecer para salvar senhas.
3 — Faça uma pesquisa de imagem reversa do perfil da pessoa com quem você iniciou um flerte virtual e verifique se ele aparece em muitas páginas com nomes diferentes — se isso acontecer, trata-se provavelmente de um catfisher. Procure inconsistências nas histórias e nos detalhes do perfil pretendente e desconfie de expressões repentinas e intensas de amor ou pedidos de dinheiro. E somente se encontre pessoalmente com a pessoa em questão depois de verificar sua identidade através de um videochamada.
4 — Revise as configurações de privacidade em suas contas de mídia social para verificar o que é visível publicamente e personalize os parâmetros de privacidade para ter maior controle sobre quem pode ou não ver suas publicações e informações pessoais.
5 — Evite publicar conteúdo emocionalmente intenso ou íntimo, bem como detalhes que revelem sua localização, local de trabalho, rotinas ou detalhes que você prefere manter em sigilo. Defina limites sobre as informações pessoais compartilhadas no início de um relacionamento — revele detalhes pessoais gradualmente, conforme a confiança aumentar — e lembre-se: o que tem pele de jacaré, rabo de jacaré e boca de jacaré provavelmente não é um coelhinho branco.
6 — No primeiro encontro, escolha locais públicos e bem iluminados, evite compartilhar ou exibir itens pessoais que revelem seu endereço ou informações confidenciais, providencie seu próprio meio de transporte para ir e voltar do local escolhido e combine com um amigo ou familiar as providências a serem tomadas caso não receba notícias a cada duas horas, por exemplo.
Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.
