segunda-feira, 20 de maio de 2024

CADÊ TODO MUNDO?

ALGUMAS PESSOAS SÃO COMO NUVENS. QUANDO ELAS SOMEM, O DIA FICA LINDO.

O governador Eduardo Leite e seus antecessores têm culpa na tragédia gaúcha  num estado que já sofreu tantas intempéries ao longo de sua história, a falta de obras de contenção e prevenção é inconcebível, e o mesmo se aplica aos prefeitos dos municípios alagados , mas o grande culpado é o governo federal, que ignorou a gravidade da situação e não se preocupou em coordenar trabalhos nas regiões mais sujeitas às intempéries. Pressionado pela queda de popularidade, Lula determinou a adoção de diversas medidas visando socorrer as vítimas do dilúvio. Agir de forma correta e republicana é o mínimo que se espera de um presidente da República, mas o diabo é que, no Brasil pós-Bolsonaro, o cumprimento do dever constitucional tornou-se algo digno de nota. O discernimento da sociedade seria útil em qualquer outro momento, mas torna-se um gênero de primeira necessidade num ano de eleições municipais.

A possibilidade de existir vida extraterrestre é objeto de especulações desde priscas eras. A ciência ainda não sabe ao certo como a vida surgiu na Terra, mas não faltam teorias de cunho religioso — como a do Gênesis — e hipóteses envolvendo extraterrestres — como as que Erich von Däniken explora em Eram os Deuses Astronautas? 

Segundo a "Teoria dos Antigos Astronautas", alienígenas teriam visitado nosso planeta há milhares de anos, acelerado a evolução dos primatas e disponibilizado tecnologias que deram azo a obras extraordinárias, como  Stonehenge e as Pirâmides de Gizé. 

Os céticos tacham de "pseudociência" as teorias de Däniken e cia., mas não são capazes de explicar como os antigos sumérios faziam cálculos extremamente precisos do ciclo lunar — com resultados de quinze casas, quando os gregos, no auge de sua civilização, consideravam "infinita" qualquer grandeza além de 10 casas —, os antigos "deuses" foram associados a estrelas orbitadas por planetas de diversos tamanhos numa época em que ninguém cogitava da existência de sistemas solares, nem por que os desenhos feitos milhares de anos antes da nossa era retratavam seres usando estrelas na cabeça e cavalgando bolas com asas.
 
Os homens das cavernas já anotavam suas observações astronômicas. 
Os chineses conheciam (e aplicavam) a eletrólise no início da Era Cristã. Trechos do épico indiano Mahabharata aludem a uma "arma poderosa", cuja descrição se assemelha à da bomba atômica. Também na Índia, foram encontrados vestígios de radioatividade 50 vezes superiores à do ambiente em um esqueleto humano com 4 mil anos de idade, e textos cuneiformes dos antigos assírios registram que "deuses vindos das estrelas viajavam de barco pelos céus" e, após o dilúvio, "a realeza tornou a descer mais uma vez do céu". 
 
Pesquisadores russos afirmam que os tardígrados — também conhecidos ursos-d'água — são capazes de sobreviver em condições extremas do espaço, como vácuo, radiação e altas temperaturas. A datação por radiocarbono revelou que de dois nematóides encontrados no permafrost siberiano estavam em criptobiose desde a era pleistocênica (que se encerrou 46 mil anos atrás). A atmosfera de Marte possui grande concentração de metano, que pode ser decorrente tanto de fatores abióticos quanto bióticos — aliás, em 2014 foram encontradas estruturas semelhantes a células de micróbios em um meteorito proveniente daquele planeta. 

ObservaçãoA presença de metano na atmosfera marciana foi confirmada por várias missões da NASA, e a variação sazonal nos níveis desse gás sugere uma fonte ativa, possivelmente biológica. Compostos orgânicos complexos em rochas antigas sugerem que o planeta já foi habitável em algum momento. O radar do Mars Express detectou um lago de água salgada sob a calota polar sul, e características geológicas sugerem a presença de rios e lagos antigos, indicando que o clima por lá já foi mais quente e úmido. A descoberta de minerais que se formam na presença de água, como argilas e sulfatos, sugere que água líquida esteve presente na superfície marciana por longos períodos, e esses ambientes aquosos poderiam ter sustentado formas de vida microbianas. Alguns meteoritos originários do planeta vermelho contêm estruturas microscópicas e compostos químicos que os cientistas interpretam como possíveis fósseis de vida microbiana antiga o mais famoso é o ALH84001, cujas estruturas parecem ser microfósseis.
 
Se comprovada, a existência de vida microbiana em outros planetas, luas e asteróides for comprovada reforçará a tese de que não estamos sós no Universo. A tecnologia de que dispomos está a anos-luz de permitir viagens interestelares, mas o Big Bang deu origem ao cosmos há 13,8 bilhões de anos, e nesse entretempo alguma civilização poderia ter desenvolvido tecnologias capazes de atravessar galáxias.  Especula-se que
 essas civilizações descobriram a tecnologia nuclear e foram dizimadas por seu potencial destrutivo, mas, se isso aconteceu há milhões de anos, por que nenhum "sinal" disso chegou até nós? E mais: será que isso ocorreu com todas as civilizações? Não teria sobrado nenhuma? 

São muitas perguntas possíveis e poucas as respostas plausíveis. O físico Frank Drake desenvolveu a "Equação de Drake", que é usada até hoje para estimar a quantidade de civilizações no Universo com base em fatores como a taxa de formação de estrelas em nossa galáxia, quantas destas estrelas têm planetas, quantos destes planetas poderiam suportar vida, em quantos uma civilização poderia surgir e a fração destas civilizações que sobrevive até produzir tecnologia capaz de enviar sinais detectáveis no espaço. Quando a equação foi criada, a própria existência de exoplanetas era desconhecida; hoje, milhares deles já foram confirmados e muitos se encontram dentro da assim chamada zona habitável, o que lhes confere potencial para o surgimento da vida.

Segundo Carl Sagan, o número de civilizações como a nossa na Via Láctea poderia ir de dez a centenas de milhões. Pesquisadores de Oxford estimam as chances de estarmos sozinhos na Via Láctea em 53% — e de 40% quando se leva em consideração todo o Universo visível. Seja como for, isso traz de volta a pergunta inicial: Cadê todo mundo? 

A resposta virá quando (e se) surgirem evidências conclusivas da existência de civilizações avançadas em outros planetas, sistemas e galáxias. Perguntado sobre o motivo de investigar a existência de vida inteligente em outra parte do cosmos, o astrônomo Abraham (Avi) Loebidealizador do Projeto Galileo, que reúne mais de 100 cientistas internacionais trabalhando em conjunto para desenvolver um algoritmo capaz de identificar viajantes interestelares, satélites não construídos por humanos e outros fenômenos aéreos não identificados e autor do livro "Extraterrestre: O Primeiro Sinal de Vida inteligente Fora da Terra", respondeu: "Procuro vida inteligente no espaço porque é difícil encontra-la na Terra". 
 
Continua...