O supercontinente Pangeia começou a se dividir no final do período Triássico, dando origem à Laurasia, no Hemisfério Norte, e à Gondwana, no Hemisfério Sul. Até meados dos anos 1970, ensinava-se na escola que os continentes eram cinco, mas eles passaram a ser sete com a "independência" da América do Norte e da Austrália.
Em 1912, nas pegadas da Deriva Continental, o meteorologista alemão Alfred Wegener propôs a Teoria da Tectônica de Placas, mas ela só foi aceita pela comunidade científica na década de 1960. Mais recentemente, descobriu-se que esse fenômeno é cíclico: as aglutinações duram de 80 a 200 milhões de anos e são alternadas por períodos deriva que se estendem por cerca de 500 milhões de anos.
Um estudo publicado na Nature Geoscience apontou que os continentes voltarão a se fundir numa "nova pangeia" daqui a 250 milhões de anos, com direito a erupções vulcânicas e outros fenômenos que tornarão o planeta inóspito por milênios, e recomendou encontrar exoplanetas habitáveis e desenvolver uma tecnologia que permita viajar até eles. Mas é mais fácil dizer do que fazer. O exoplaneta mais próximo descoberto até agora está a cerca de 11 anos-luz da Terra (104,5 trilhões de quilômetros).
Observação: Alpha Centauri fica a "apenas" 4 anos-luz, mas as sondas Voyager levariam 80 mil anos para chegar até lá. Assim, a menos que a tecnologia avance a passos gigantescos e que se descubra um buraco de minhoca atravessável a uma distância que uma nave possa percorrer antes que os astronautas morram de velhice, a viagem até o exoplaneta mais próximo demoraria centenas de milhares de anos.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
O semideus togado, decano supremo do Supremo e verdadeira herança maldita de FHC minimizou o gasto de R$ 1,3 milhão com passagens, hospedagem e outros mimos para autoridades brasileiras que foram a Lisboa participar do Gilmarpalooza. Só em diárias, o valor chegou a R$ 1,2 milhão (conforme dados atualizados até 26 de junho). O pagamento foi feito (com o suado dinheiro dos contribuintes) a pelo menos 78 pessoas, entre servidores, políticos, seguranças, ministros de Estado e membros do Poder Judiciário. Segundo o eminente magistrado, uma viagem de Brasília a São Paulo (R$ 2,6 mil) custa mais do que uma viagem de Brasília a Lisboa (R$ 9 mil). O Estadão mostrou que sócios, diretores e presidentes de 12 empresas com ações no STF participam como palestrantes da edição deste ano do Fórum, e que o happy hour na quinta-feira, 27, foi organizado pelo banco BTG Pactual, que responde a ações na Corte, e reuniu ministros e parlamentares.
A família dos Hominídeos (que inclui os humanos e os grandes símios) divergiu das demais há 20 milhões de anos. O gênero Homo surgiu 2,5 milhões de anos atrás, e o Homo sapiens evoluiu do Homo erectus há cerca de 300 mil anos. Após descer das árvores, se agrupar e dominar o fogo, nosso antepassado mais remoto desenvolveu a linguagem de comunicação e passou a cozinhar alimentos (o que ensejou o encurtamento do trato intestinal e levou ao crescimento do cérebro, mas isso é outra conversa).
Paleontólogos acreditam que os primeiros hominídeos parecidos com o Homo sapiens — com pernas mais longas que o tronco, face achatada e crânio maior e mais arredondado — surgiram há 180 mil anos e passaram a habitar uma pequena área do noroeste da África. Restos de esqueletos encontrados indicam que uma leva deles migrou para o Oriente Médio, outra se espalhou pelo sul da Ásia e alcançou a Austrália, e um terceiro grupo chegou à Europa, onde encontrou o Homo Neanderthalensis — espécie de hominídeo adaptada ao clima frio e considerada a mais próxima do Homo sapiens.
Apesar do suposto intelecto de ameba, os neandertais produziam armas e ferramentas de uso doméstico, confeccionavam roupas com peles de animais e caçavam mamutes para saciar seu apetite pantagruélico por carne — inclusive da própria espécie; em 2016 foram encontradas provas inequívocas de canibalismo no norte da Europa. Por alguma razão ainda desconhecida, eles desapareceram pouco depois da chegada do Homo sapiens.
O homem moderno ocupou todos os continentes e povoou as regiões mais inóspitas do planeta, mas não se sabe o que aconteceu no período em que os registros fósseis e arqueológicos são insuficientes para explicar em detalhes como o Homo Sapiens sobreviveu aos demais hominídeos. A análise de características genéticas vem oferecendo pistas que poderão esclarecer se nossa espécie simplesmente eliminou os neandertais ou se conviveu e procriou com eles.
Mas isso é conversa para uma próxima postagem.
