quinta-feira, 29 de agosto de 2024

A SAGA DO CORREIO DE VOZ

O RISO É ATEMPORAL, A IMAGINAÇÃO NÃO TEM IDADE E OS SONHOS SÃO ETERNOS.


"Secretárias eletrônicas" e "bipes" foram muito populares nos anos 1980/90, mas perderam o protagonismo depois que as TELES passaram a oferecer serviços de correio de voz e BINA (acrônimo de "B Identifica o Número de A"). 

De um tempo a esta parte, o preço mais acessível dos "pacotes de serviços" oferecidos pelas operadoras de telefonia celular vem desestimulando as pessoas a manter um telefone fixo em casa, e quem ainda tem raramente se dá ao trabalho de ouvir os recados que algum desavisado ainda se dá ao trabalho de gravar. Já os celulares exibem desde sempre o número de quem está ligando e listam as ligações pedidas. Caso o ID de chamada esteja bloqueado, o aparelho que recebe a ligação exibe algo como número privado, não identificado ou restrito

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Ao avalizar a fraudulenta reeleição de Maduro, o TSJ da Venezuela impôs a Lula o impudor de, por assim dizer, ficar com o derrière exposto na janela. Intimados pelas circunstâncias a se reposicionar, os mandatários do Brasil e da Colômbia conversam por telefone, mas hesitam em reconhecer o óbvio. A colóquio incluía o presidente mexicano, que, acometido pela síndrome do que estava por vir, retirou-se da negociação, livrando-se preventivamente do constrangimento de admitir em público a obviedade de que a Venezuela se tornou uma ditadura clássica.
O constrangimento é maior para Lula, que, agrilhoado a vícios ideológicos do passado, demora a se dar conta de que, em se aplicando seus conceitos à conjuntura brasileira, Bolsonaro, admirador confesso da ditadura militar, não seria senão um personagem ligeiramente antidemocrático, e 8 de janeiro e o golpe falhado, meras contingências aceitáveis.
No calor da fraude da autoproclamação de sua reeleição, Maduro prometera ao assessor internacional de Lula que divulgaria as atas com os resultados individualizados das seções eleitorais da Venezuela em "dois ou três dias", mas, para surpresa de ninguém, voltou atrás, sabedor de que a Corte Suprema da Venezuela, outra instância submetida a suas conveniências, avalizaria, como de fato avalizou, seu autogolpe ao proibir a divulgação das atas eleitorais — pavimentando o caminho que pode levar à prisão do rival oposicionista Edmundo González e de sua madrinha política Maria Corina.
Emparedada, a diplomacia brasileira evolui rapidamente do constrangimento para o vexame. Lula sempre contemporizou com o depravação do chavismo, o que o torna corresponsável pela encrenca venezuelana. Em 2013, o petista gravou um vídeo para uma campanha de Maduro no qual dizia que o governo do tiranete de merda representava "a Venezuela que Chávez sonhou".
No ano, recém-aboletado no trono, o reizinho desenrolou o tapete vermelho para o autocrata sanguinário. Na sequência, defendeu a reinserção da Venezuela no Mercosul, afirmou ditadura é um "conceito relativo" e que, sob Maduro, a ditadura venezuelana é pura "narrativa ficcional". Deu no que está dando: a execução de manifestantes, a prisão indiscriminada de patrícios sublevados, a potencialização da diáspora venezuelana e a. abjeta leniência do Planalto.
Em teoria, o Itamaraty mantém o compromisso de não reconhecer a vitória de Maduro enquanto não vierem à luz as atas da eleição de 28 de julho (que, como já se sabe oficialmente, não virão e ponto final). Na prática, submetida à contingência de que o rompimento de relações com a Venezuela não convém a esta banânia, a diplomacia bananeira reconhece tacitamente a reeleição fraudulenta do ditador sacripanta, condenando-se a conviver com ele num instante em que metade dos brasileiros respira aliviada por ter se livrado do projeto ditatorial de Bolsonaro (pela margem mixuruca de 1,8% dos votos).
Pior do que a nudez inesperada é o nu que não causa espanto. Lula converte a derrocada do "cumpanhêro" venezuelano num processo de erosão da sua popularidade, como se disputasse com o refugo da escoria do golpismo o posto de líder da oposição.
 
Você pode configurar sue aparelho para não exibir o ID abrindo o app Telefone, tocando nos três pontinhos e fazendo o ajuste em Configurações > Serviços complementares > Exibir ID de chamada, mas não deixe de confirmar se, feita essa configuração, o aparelho ainda é capaz de fazer ligações  se não for, restabeleça o "status quo ante" e solicite o bloqueio ligando do próprio aparelho para *144 (TIM), 1052 (Claro) ou *8486 (VIVO).

Observação: Números desconhecidos costumam ser associadas a trotes, golpes ou coisa ainda pior (como celulares roubados, que não raro acabam nas mãos de presidiários). Mas ocultar o ID resguarda nossa privacidade, evitando, entre outras coisas, que nosso número seja repassado para empresas de telemarketing. A boa notícia é que é podemos ocultar nosso número de forma "seletiva", ou seja, apenas em determinadas ligações (para saber como proceder, clique aqui). No entanto, quem realmente se preocupa com sua privacidade deve ligar de um orelhão (e aproveitar enquanto eles ainda existem). 

A utilidade do serviço de caixa postal minguou com a popularização dos aplicativos de mensagens, mas saber quem está ligando antes de atender a ligação permite recusar chamadas inconvenientes, e o identificador continua sendo um artigo de primeira necessidade. 

Nosso país tem 213 milhões de habitantes, mais de 250 milhões de celulares ativos, dos quais 169 milhões usam o WhatsApp. Nos EUA, o mensageiro da Meta perde longe para o Facebook Messenger e, pasmem!, para o vetusto SMS, que, entre nós, é usado quase que exclusivamente por empresas (para enviar confirmações de compras online, pagamentos de boletos e confirmação de login, por exemplo) e por serviços de emergência (para enviar alertas de tempestades ou desastres naturais, também por exemplo).
 
Empresas de telemarketing contratam serviços de bots para mapear números ativos — daí as ligações "caírem" quando a gente atende —, e sempre tem quem só encerra a ligação quando ouve a mensagem de caixa postal, gerando notificações que ficam "penduradas" no display até a gente ligar para o número do serviço de correio de voz e ouvir recado (ou vários segundos de silêncio, em muitos casos).
 
Podemos nos livrar dessa encheção de saco enviando um SMS com a palavra SAIR para 555, no caso do Claro Recado, ou para 5550, no caso do Vivo Recado. Clientes da TIM devem ligar para *144 e pedir o cancelamento ao atendente (isso também pode ser feito na Claro e na Vivo pelos número 1052 e 1058, respectivamente). 

Também é possível unir o inútil ao desagradável tocando em Configurações > Aplicativos > Telefone > Notificações > Categorias de Notificações e desligando a chavinha ao lado de Correio de Voz (no iPhone, toque em Ajustes > Telefone > Notificações > Avisos e desative a opção respectiva). Isso não desabilita a caixa postal, apenas evita que o ícone de mensagem recebida seja exibido no canto superior direito da tela, ao lado do relógio do sistema. 

Observação: Cadastrar o número do telefone (fixo ou celular) no Procon e/ou no Não Me Perturbe diminui a aporrinhação das ligações-fantasmas, mas não bloqueia pedidos de doações nem ligações de empresas de pesquisa ou cobrança. 
 
Se você não quer ser importunado por notificações inoportunas, toque em Configurações > Aplicativos > Gerenciar Permissões > Notificações e defina quais aplicativos podem lhe enviar alertas. Outra opção é usar o Modo Foco, que bloqueia os aplicativos e pausa as notificações por um período determinado (apenas funções como Telefone e Relógio ficam acessíveis). 

Para ativar o Modo Foco e estipular o tempo durante o qual ele permanecerá ativo, toque em Configurações > Modos e rotinas > Trabalho, siga as instruções e aproveite o embalo para conhecer outros "modos", como Sono, Cinema, Direção, Exercício, etc.

Continua...