Se Deus criou o mundo em 3761 a.C., como afirmam as religiões abraâmicas, ou às 9h do dia 23 de outubro de 4004 a.C., como escreveu o arcebispo irlandês James Ussher em The Annals of the World (1658), como explicar os fragmentos de ossos de Australopithecus anamensis de 2 milhões de anos e os pedaços de crânios de Homo sapiens de 230 mil anos encontrados por paleontólogos na Etiópia e no Quênia?
Ou alguém errou feio nas contas, ou o tempo é apenas uma invenção humana destinada a explicar o amanhecer, o anoitecer, as estações do ano e outros eventos vinculadas ao relógio e ao calendário. Em sendo assim, pouco importa se o dia mundial da pizza é comemorado em 17 de janeiro na Itália, em 9 de fevereiro nos EUA e em 10 de julho no Brasil, e eu prestar minha homenagem à redonda no primeiro domingo de agosto.
Há indícios de que a pizza surgiu no Egito entre 5000 e 3200 a.C.), inicialmente como uma fina camada de massa à base de farinha de trigo, arroz ou grão de bico (algo bem parecido com os "pães sírios" de hoje em dia) que os fenícios resolveram cobrir com carne e cebola e os italianos incrementaram com molho de tomate. Mas essa delícia só se tornou popular em meados do século XIX d.C, quando um padeiro napolitano de nome Raffaele Sposito, que servia o casal real Umberto I e D. Marguerita, achou de cobrir o disco de massa com muçarela, tomate e manjericão, dando-lhe as cores da bandeira italiana, e de batizar sua criação como o nome da rainha.
Há indícios de que a pizza surgiu no Egito entre 5000 e 3200 a.C.), inicialmente como uma fina camada de massa à base de farinha de trigo, arroz ou grão de bico (algo bem parecido com os "pães sírios" de hoje em dia) que os fenícios resolveram cobrir com carne e cebola e os italianos incrementaram com molho de tomate. Mas essa delícia só se tornou popular em meados do século XIX d.C, quando um padeiro napolitano de nome Raffaele Sposito, que servia o casal real Umberto I e D. Marguerita, achou de cobrir o disco de massa com muçarela, tomate e manjericão, dando-lhe as cores da bandeira italiana, e de batizar sua criação como o nome da rainha.
Foi também em Nápoles que surgiu a primeira pizzaria (Port'Alba), que se tornou ponto de encontro de artistas da época — entre os quais o romancista Alexandre Dumas (pai), que citou diversos tipos de pizzas em seus livros. Mas pouco importa se é janeiro, fevereiro ou julho, noite de sábado pede pizza. E existam cerca de 100 mil pizzarias no Brasil (são mais de 26 mil só no estado de São Paulo e cerca de 4,5 mil na capital), muitas das quais (talvez a maioria) oferece serviço de delivery.
Mas uma redonda feita em casa também vai muito bem, obrigado. Embora você possa ganhar tempo comprando o disco de massa no supermercado, não custa saber como fazê-lo "artesanalmente". Para 4 discos de tamanho médio, os ingredientes são:
- 2 colheres (sopa) de fermento biológico seco;
- 2 colheres (chá) de açúcar;
- 2 1⁄2 xícaras de água morna;
- 6 xícaras de farinha de trigo;
- 2 colheres (chá) de sal;
- 1/4 de xícara de azeite;
- Farinha de trigo para polvilhar a bancada;
- Azeite extravirgem.
- 6 xícaras de farinha de trigo;
- 2 colheres (chá) de sal;
- 1/4 de xícara de azeite;
- Farinha de trigo para polvilhar a bancada;
- Azeite extravirgem.
O preparo é relativamente simples:
Misture o fermento e o açúcar numa tigela, junte a água morna e mexa até dissolver. Reserve e deixe descansar em temperatura ambiente por 5 minutos (ou até a mistura começar a espumar).
Enquanto espera, misture em outra tigela a farinha e o sal, faça uma concavidade no centro da massa e despeje a mistura que você reservou, adicione o azeite e misture com a ajuda de uma espátula (apenas o suficiente para incorporar os ingredientes).
Use uma batedeira com gancho para sovar a massa em velocidade baixa por cerca de 5 minutos. Ao final, aumente a velocidade aos poucos e deixe bater até a massa começar a descolar da lateral da tigela e formar uma bola no gancho.
Amasse a massa com os dedos, coloque-a numa tigela grande, junte duas colheres de azeite, cubra com plástico filme e deixe descansar por uma hora (ou até a massa dobrar de tamanho).
Polvilhe farinha de trigo numa superfície lisa e seca (como a mesa da cozinha ou o tampo da pia), abra a massa com um rolo apropriado (na falta dele, use uma garrafa de vinho) e divida-a em quatro porções.
Disponha a cobertura de sua preferência sobre os discos que você vai assar e guarde os restantes na geladeira, para usar numa próxima oportunidade.
Sugestão de cobertura para pizza marguerita (ajuste os ingredientes à quantidade de discos que você for assar):
- Cebola picada;
- Dentes de alho picados;
- Azeite de oliva extravirgem a gosto;
- tomates pelados (os italianos são os melhores);
- Sal e pimenta-do-reino a gosto;
- Queijo tipo muçarela em fatias finas (ou ralado);
- Tomates vermelhos cortados em rodelas;
- Folhas de manjericão e orégano a gosto.
Esprema os tomates pelados e refogue numa panela com azeite, alho e cebola.
Acerte o ponto do sal e da pimenta e deixe amornar.
Besunte o(s) disco(s) de pizza com uma camada generosa desse molho, salpique o orégano, cubra com o queijo e decore com as rodelas de tomate e as folhas de manjericão.
Leve ao forno (preaquecido a 200°C) e asse por cerca 20 minutos (ou até o queijo começar a "borbulhar").
Regue com um fio de azeite e sirva em seguida.
Bom apetite.