Quem tem o hábito de jantar assistindo ao telejornal estará menos sujeito a uma congestão se optar por uma refeição frugal — no verão, uma salada verde, no inverno, uma sopa cremosa. Em ambos os casos, queijo-quente, misto-quente ou bauru são excelentes complementos.
Para esses lanches, o pão de forma costuma ser a escolha natural, mas pão italiano, baguete, ciabatta e brioche contribuem deixam o sanduba ainda mais gostoso. E se você combinar queijos com aromas, texturas e sabores diferentes — requeijão de corte, minas meia-cura e muçarela de búfala, por exemplo, ornam com provolone, grana padano e parmigiano reggiano, também por exemplo —, o resultado será ainda melhor.
A diferença entre o queijo-quente e o misto-quente é o presunto. Tanto num caso quanto no outro:
1) Corte duas fatias de pão com cerca de 1,5 cm de espessura, passe manteiga de ambos os lados (para formar uma crosta crocante e dourada);
2) Aqueça uma frigideira de ferro pesada e já curada, doure um lado do pão por 30 segundos em fogo médio, vire com uma espátula, coloque 150 g de três queijos (sendo um mais fresco e dois que derretam bem, mas com sabores e textura diferentes), adicione as fatias de presunto (somente no caso do misto-quente), tempere com sal, pimenta-do-reino e orégano;
4) "Feche" o sanduíche com a outra fatia do pão; vire, pressione com a espátula (de modo a "achatá-lo), doure por mais 2 ou três minutos, torne a virar e doure o outro lado por mais 2 ou 3 minutos.
Dica: Faça um sanduíche por pessoa de cada vez para que se possa comê-lo quente. Se não der para parar no primeiro (o que é bem provável), faça o segundo, o terceiro, e assim por diante.
Quando eu era criança, pão com mortadela era visto como "lanche de mendigo"; hoje, o famoso sanduba de mortanga do Bar do Mané (vide ilustração) custa tanto quanto uma pizza. Preparar esse lanche em casa não sai barato, já o quilo da mortadela Ceratti custa mais que uma pizza. Mas evita trânsito, estacionamento e outros desconfortos da vida moderna na cidade grande.
O preparo é simples:
1 — Compre pãezinhos franceses fresquinhos e crocantes, abra-os ao meio, retire parte do miolo e espalhe uma colherada generosa de maionese (ou manteiga, ou requeijão) em cada “canoa".
2 — Forre uma das canoas com folhas de alface fresca cortadas em tirinhas e tempere com sal e pimenta do reino e orégano
3 — Forre a outra canoa com rodelas finas de tomate, tempere com um fio de azeite e adicione 200g de mortadela (em fatias finas e dobradas ao meio).
Dica: Se quiser deixar seu lanche ainda mais saboroso, entremeie fatias (finas e dobradas ao meio) de queijo mozarela, prato ou cheddar. Se quiser o lanche quente, passar a mortadela rapidamente na frigideira antes de montar o sanduíche. E se tiver o apetite
Bauru não é misto-quente com uma rodela de tomate. O verdadeiro bauru é feito com rosbife de filé mignon ou lagarto (conforme o bolso do freguês). E a história desse lanche tampouco começou na maior cidade do centro-oeste paulista, mas, sim na capital do estado, na década de 1930.
Conta-se que, quando cursava Direito na faculdade do Largo de São Francisco, o radialista Casemiro Pinto Neto, conhecido pelos amigos como "Bauru", pediu o lanche pela primeira vez no popular Ponto Chic. O sucesso foi tamanho que a receita acabou entrando para o cardápio do restaurante, mas só chegou ao município homônimo em 1973, quando o fundador do Skinão, de passagem pela capital provou o lanche e passou a oferecê-lo em seu bar. A aceitação foi tão boa que o bauru se tornou o carro chefe da casa, que ficou conhecida por vender o verdadeiro bauru.
Confira o preparo do rosbife nesta postagem e o preparo do sanduíche no vídeo abaixo: