quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

NOVO CHIP DE COMPUTAÇÃO QUÂNTICA SUGERE QUE VIVEMOS NUM MULTIVERSO

QUEM TROCA O CAMINHO VELHO PELO NOVO SABE O QUE DEIXOU PARA TRÁS, MAS NÃO SABE O QUE VEM PELA FRENTE.

 

O novo chip de computação quântica desenvolvido pelo Google executou, em menos de 5 minutos, um cálculo que os supercomputadores mais rápidos da atualidade levariam 10 septilhões de anos para fazer. 

Esse número excede as escalas de tempo conhecidas na física e ultrapassa em muito a idade do Universo, levando a crer que a computação quântica ocorre em vários universos paralelos, conforme previu David Deutsch fez meados do século passado. "O Willow é tão rápido que indica que vivemos num multiverso", escreveu Hartmut Neven, fundador do Google Quantum AI, no blog da gigante de Mountain View. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Enquanto o STF julga a responsabilidade das plataformas digitais sobre conteúdos de seus usuários, a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anuncia um conjunto de mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo e defende que se chegue a uma "solução balanceada" e com "diretrizes claras". 
Seguindo os passos de Elon Musk no Xwitter, Mark Zuckerberg anunciou que os "fact-checkers" não mais poderão classificar o conteúdo postado nas plataformas da Meta, transferindo para os usuários a incumbência de determinar se um post é real ou fake. Nos EUA, os checadores começaram já começaram a receber o aviso de rescisão de seus contratos com a big tech, segundo apuração do New York Times. Ainda não se sabe quando a decisão será expandida para outros mercados, incluindo o Brasil.
Sem citar nominalmente a mais alta corte brasileira, o CEO da Meta afirmou que governo americano precisa ajudar a combater o que está sendo feito pelo Judiciário em países da América Latina onde "tribunais secretos podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa". Disse ainda que o sistema de moderação acabou se tornando uma "ferramenta para silenciar opiniões diferentes", e criticou expressamente a regulação das redes sociais por parte de alguns governos, mencionando, inclusive, que "tribunais na América Latina possuem poder de exigir que redes sociais removam conteúdos silenciosamente".
Antes do início do recesso, o ministro Barroso, atual presidente do STF, defendeu que a atual regra sobre responsabilidade das plataformas (consubstanciada no art. 19º do Marco Civil da Internetseja declarada apenas parcialmente inconstitucional, divergindo divergindo dos votos de Toffoli e Fux. O julgamento foi interrompida pelo pedido de vista de André Mendonça, e só deve ser retomado após o recesso, mas o Ministério Público já mandou intimar a big tech para dar mais explicações sobre a mudança.
 
De acordo com o TechCrunch, a afirmação de Neven foi bem-aceita por uns, até porque o multiverso é uma área de estudo real dentro da física quântica, mas recebida com reservas por outros. Segundo os céticos, a velocidade do novo chip se baseia no benchmark que o próprio Google criou para medir o desempenho quântico, e isso não prova que versões paralelas de nós estão circulando em outros universos.
 
Os computadores convencionais operam com base na dualidade dos bits — 0 para falso e 1 para verdadeiro. Assim, tudo que é digital — textos, imagens, músicas, vídeos etc. — e todos os algoritmos que formam os sistemas e apps que rodam em PCs e smartphones são sequências de bits 0 e bits 1. 
 
Na computação quântica, o qubit (ou bit quântico) é uma partícula de nível subatômico, como um elétron ou um fóton. Por permitir diversas combinações simultâneas de zeros e uns, a superposição quântica reduz enormemente o tempo que o computador leva para concluir uma tarefa, e o entrelaçamento quântico faz com que duas partículas interligadas, mesmo que separadas por grandes distancias, reajam de forma similar, resultando numa situação exponencial de ganho de desempenho.
 
Observação: Nos computadores clássicos, dobrar o número de bits dobra a capacidade computacional, ao passo que passo que o aumento no número de qubits nos computadores quânticos produz ganhos em escala exponencial.
 
Quanto mais qubits o computador utiliza, mais propenso a erros ele se torna, mas o Willow consegue corrigir esses erros em tempo real introduzindo mais qubits no sistema. No entanto, é preciso demonstrar que se está "abaixo do limiar" para mostrar progresso real na correção de erros, e esse tem sido um grande desafio desde 1995, quando Peter Shor introduziu a correção de erros.
 
No futuro, diz Neven, a tecnologia quântica será indispensável para coletar dados de treinamento de IA, e ajudará a descobrir medicamentos, projetar baterias mais eficientes para carros elétricos e acelerar o progresso em fusão e novas alternativas de energia. 
 
A ver.