PENSE, ACREDITE, SONHE E OUSE.
É possível chegar à Lua em menos de três dias e a Marte em cerca de seis meses meses, mas uma missão tripulada ao planeta vermelho pode durar mais de um ano, dependendo da logística da viagem e do tempo de permanência em solo marciano.
Considerando que Suni Williams e Butch Wilmore ficaram nove meses na ISS e Frank Rubio orbitou a Terra durante 371 dias, passar algumas semanas em Marte não é uma coisa de outro mundo (embora o seja literalmente). Além disso, a NASA vem desenvolvendo novas tecnologias para tornar as missões mais seguras, e a Rússia está testando um motor elétrico de plasma, capaz de reduzir o tempo de viagem a menos de 60 dias.
Em escalas cósmicas, Marte está logo ali na esquina, mas os exoplanetas ficam do outro lado da cidade. Para enviar seres humanos a Proxima Centauri b, que dista 39,735 trilhões de quilômetros da Terra, seria preciso desenvolver um sistema de hibernação ou alguma tecnologia capaz de manter os astronautas vivos e saudáveis pelo tempo necessário— 4,2 anos à velocidade da luz (1,08 bilhão de km/h) e 6.500 anos com a velocidade da Parker Solar Probe (692 mil km/h).
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Há décadas vivemos numa caquistocracia. Depois de FHC, esta banânia passou a ser governada como uma usina de processamento de esgoto, onde a merda entra pela porta das urnas, muda de aparência, troca de nome e sai como merda com a posse do novo governante. Em 2018, elegeu-se o refugo da escória da humanidade para impedir que o bonifrate do então presidiário mais famoso da história deste país ocupasse o gabinete mais cobiçado do Palácio do Planalto. Como a emenda ficou pior que o soneto, o presidiário foi libertado, descondenado e reabilitado politicamente por togas camaradas para nos livrar do escroto golpista. E deu no que está dando.
Às vésperas de completar 80 anos, caquético, mais gasto que sapato de vendedor pracista e amargando os piores índices de aprovação popular de toda sua trajetória política, o macróbio vem torrando bilhões do suado dinheiro dos contribuintes em busca de um quarto mandato (que Deus nos livre e guarde dessa desgraça). Enquanto conta os dias que o separam da mais que provável condenação por tentativa de golpe, Bolsonaro posa de vítima e insiste que será candidato em 2026. Diante do risco de ser preso preventivamente, optou pela cautela e desistiu de participar de uma coletiva da oposição na Câmara dos Deputados.
O filho Eduardo se homiziou na cueca de Trump para conspirar contra o próprio país. Se nada for feito, 03 será remunerado pela pátria para traí-la em tempo integral. Pela lógica, deveria ter sido cassado por atentar contra o artigo do regimento da Câmara que impõe aos deputados o dever de "promover a defesa do interesse público e da soberania nacional". Mas a Câmara é uma Casa ilógica.
Adaptado para os tempos de tornozeleira, o slogan do bolsonarismo ficou assim: "Anistia acima de tudo, Trump acima de todos". A velha tríade que o integralismo nacional importou do fascismo europeu — Deus, pátria e família — ganhou novos sentidos. Deus é um imperador laranja chocado com a "caça às bruxas"; a pátria se deslocou para o Norte, e a família Bolsonaro, a única que importa, virou célula-mártir de uma conspiração antipatriótica desde que Dudu Bananinha escolheu os Estados Unidos como terra natal.
Quanto à viagens relativísticas — que permitiriam tanto avançar para o futuro quanto voltar ao passado — Einstein demonstrou que o tempo passa mais devagar conforme a velocidade do observador aumenta (dilatação temporal), "congela" quando o observador atinge velocidade da luz e regride numa velocidade superluminal. O tempo negativo é uma realidade matemática e experimental no mundo quântico, mas continua sendo visto como "desfritar um ovo". E inverter a seta do tempo é essencial para saborear um filé de brontossauro com Fred Flintstone na pré-histórica Bedrock.