O consumo energético aumentou exponencialmente desde que os dumbphones foram promovidos a smartphones e se tornaram verdadeiros computadores ultraportáteis.
As baterias também evoluíram ao longo do tempo, mas a autonomia — ou seja, o tempo durante o qual o aparelho funciona longe da tomada — varia conforme a amperagem da bateria e o perfil de cada usuário.
Em tese, quanto maior a amperagem — expressa em mAh (miliampere-hora) —, maior a autonomia. Na prática, porém, dois aparelhos idênticos, usados por pessoas de perfis diferentes, podem exigir recargas em intervalos distintos.
Em outras palavras: uma bateria de 5.000 mAh pode sustentar o aparelho por dois ou três dias se o usuário se limita a fazer e receber ligações, mas requer um pit stop diário se estiver nas mãos de um heavy user.
Embora seja tecnicamente possível aumentar a capacidade das baterias, o desafio está em fazê-lo sem comprometer o tamanho do componente ou elevar excessivamente o custo de fabricação. Assim, enquanto buscam soluções economicamente viáveis, os fabricantes recorrem a paliativos como o carregamento rápido (detalhes nesta postagem), que encurta significativamente o tempo de recarga. Mas vale destacar que nem todos os modelos suportam essa tecnologia e, mesmo quando suportam, o usuário quase sempre precisa adquirir o carregador compatível separadamente.
A Xiaomi surpreendeu o mercado no fim de junho passado ao lançar oficialmente (na China) o Redmi K80 Ultra, modelo de preço intermediário e especificações de alto desempenho. Com uma bateria de 7.410 mAh, o aparelho vem sendo apontado por especialistas como um dos celulares com melhor autonomia da atualidade, capaz de resistir a até dois dias de uso intenso — ou mais, em uso moderado.
Equipado com o processador MediaTek Dimensity 9400+, o novo modelo roda o Android 15 sob a interface personalizada HyperOS 2, da própria Xiaomi. O chipset é acompanhado por opções com até 16 GB de RAM e 1 TB de armazenamento interno, o que o torna capaz de rodar jogos pesados, aplicativos exigentes e multitarefas com fluidez. Além disso, o aparelho conta com certificação IP68, o que garante resistência à água e poeira, e exibe um design elegante, com opções de cores como Cinza Areia, Branco Rocha Lunar, Verde Pinho e Azul Gelo.
O grande diferencial do Redmi K80 Ultra é sua bateria de silício-carbono de 7.410 mAh — uma das maiores já vistas em celulares comerciais. Com carregamento rápido de 100W, o aparelho recupera até 80% da carga em menos de 30 minutos. O preço inicial (na China) é de CNY 2.599 (cerca de R$ 1.950, em conversão direta) para a versão com 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento. Já a edição mais completa, com 16 GB + 1 TB, sai por CNY 3.799 (aproximadamente R$ 2.850).
Ainda não há data oficial para sua chegada ao Brasil, mas o histórico da marca aponta para uma rápida expansão internacional. Caso siga a tendência dos lançamentos anteriores da Xiaomi, a novidade deve desembarcar por aqui com preço competitivo frente a modelos similares da Samsung e Motorola — mesmo com os impostos escorchantes praticados neste arremedo de republiqueta de bananas.
A conferir.
