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segunda-feira, 14 de julho de 2014

SER BRASILEIRO COM MUITO ORGULHO E MUITO AMOR

DEPOIS DE CORTAR, NÃO ADIANTA MEDIR.

A seleção canarinho repetiu no sábado o fiasco da última terça feira, ainda que em menor grau, já que o placar ficou em 3 x 0 a para a Holanda - que, cá entre nós, não estava com essa bola toda. Mas deu no que deu.
Ontem, depois de um jogo chocho em certos momentos, mas disputado (e até bonito) em outros, a Alemanha ceifou o sonho da Argentina de se consagrar campeã em solo tupiniquim, ainda que, da minha óptica, seria merecido. Já olhar para a faccia brutta e schifosa de sua excelência (cujo nome eu me recuso a pronunciar) causou-me um desarranjo que quase me impediu de publicar o post de hoje no horário regulamentar.

Em países do assim chamado primeiro mundo, a evolução tecnológica é o fator que mais pesa na decisão dos consumidores de substituir seus bens duráveis. No Brasil – que, gostemos ou não, é um país de terceiro mundo com renda per capita de quinto e carga tributária similar a de países europeus onde o imposto é alto, mas a contrapartida do governo é altíssima – quem dá as cartas é a obsolescência.

Observação: Altíssimo, aqui, só mesmo o custo de vida: segundo a edição mais recente do índice Big Mac – comparativo que leva em conta o preço do sanduíche de mesmo nome, que é produzido de maneira similar e com os mesmos ingredientes nos 120 países onde é vendido – o Real é uma das moedas mais caras do mundo, perdendo apenas para a Coroa Norueguesa, o Bolívar Venezuelano, o Franco Suíço e a Coroa Sueca.  Sai mais caro viver em São Paulo do que em Londres, Berlin ou Roma, sem falar que o paulistano gasta cinco vezes mais com impostos do que a média dos demais cidadãos brasileiros.

Se você entoou aquele coro enjoadinho sobre ser brasileiro com muito orgulho e muito amor nos jogos da Copa, saiba que um iPhone 5s, dependendo do modelo e da configuração, chega a custar R$ 3.600 no mercado formal tupiniquim, mas sai por menos de US$ 300 em Miami, onde, aliás, é possível comprar três Jeeps Grand Cherokee pelo que se paga por um aqui na Ilha da Fantasia – despautério que foi motivo de chacota na FORBES, em outubro de 2012). Isso sem mencionar que, lá, o carro pode ser pago em suaves prestações a juros irrisórios. Aqui, um veículo de R$ 60 mil, financiado em 48 parcelas com a de 4,23% ao mês, sai por “módicos” R$ 141.144,20.
Orgulho do quê, cara pálida?


Urnas, minha gente.
Abraços e até mais ler.