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terça-feira, 17 de abril de 2018

AINDA SOBRE A PRIVACIDADE NA WEB ― DE VOLTA AO FACEBOOK


PT PEDE À MILITÂNCIA QUE ESCREVA CARTAS PARA LULA. SÓ PODE SER BRINCADEIRA: A MILITÂNCIA NÃO SABE ESCREVER, LULA NÃO SABE LER E OS CORREIOS NÃO FUNCIONAM.

Foi a segurança digital que me levou a cometer meus primeiros artigos sobre TI, há quase duas décadas, e é ela o mote deste Blog ― que eu mantenho no ar há quase 12 anos, e que já conta com cerca de 3.500 postagens. Até porque navegar na Web deixou de ser um bucólico passeio no parque e se tornou uma prática tão arriscada quanto caminhar de madrugada pela região da Cracolândia, em Sampa, ou da Pavuna, no Rio, tantos são os perigos que nos espreitam nas sendas da Grande Rede.

O imbróglio envolvendo o Facebook e a Cambridge Analytica só fez comprovar esta tese, daí por que eu achei por bem compartilhar mais algumas noções e dicas sobre segurança digital, visto que o conhecimento, aliado a prevenção, é tudo com que temos para nos defender nessa selva.

Uma das maneiras de proteger dados pessoais é apagar os rastros de navegação em sites que coletam essas informações (veremos isso em detalhes mais adiante). Esses dados são coletados toda vez que fazemos uma busca no Google, enviamos um e-mail pelo Gmail, compartilhamos um documento pelo Drive ou usamos o Maps para localizar um endereço de nosso interesse, por exemplo.

Google, que também é dono do YouTube e do navegador Chrome, armazena nossas conversas, senhas, localização, compras, sites mais acessados, etc., e o mesmo raciocínio se aplica ao Facebook, que também é dono do WhatsApp, Instagram e Messenger. Claro que sempre podemos optar por não usar redes sociais, mas quantos de nós, em pleno século XXI, seriam capazes de abrir mão dessas e outras facilidades proporcionadas pela World Wide Web?

Enfim, quem se preocupa com a segurança na Web, mas não está disposto a viver num mundo desconectado, deve se precaver contra possíveis vazamentos de informações confidencias, seja impedindo que os aplicativos tenham acesso a esses dados, seja reduzindo ao mínimo o número de formulários e cadastros ao mínimo que preenche, já que as informações fornecidas podem ser usadas por pessoas não autorizadas, aí incluídos os cibercriminosos.
   
Nesse imbróglio envolvendo o Face, 87 milhões de usuários tiveram seus dados utilizados indevidamente pela Cambridge Analytica. Os EUA encabeçam a lista, com mais de 70 milhões de usuários. Em seguida vêm as Filipinas, com 1,17 milhão, e a Indonésia, com 1,09 milhão. O Brasil é o 8º no ranking mundial, com cerca de 450 mil usuários afetados.

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, admitiu o erro, desculpou-se publicamente e garantiu que a empresa vai avisar os usuários se seus dados foram ou não compartilhados indevidamente, bem como informar quais aplicativos da plataforma acessam informações e impedir os desenvolvedores de solicitar dados caso o app não tenha sido usado nos últimos três meses. As restrições devem obstar também a busca de contas via número de telefone ou endereço eletrônico ― que facilita a localização de amigos e conhecidos, mas também propicia a coleta de informações de perfis públicos.

Zuckerberg, que também teve seus dados compartilhados indevidamente, prestou esclarecimentos ao Senado e à Câmara Federal dos EUA, jogando mais luz sobre como o Facebook opera e as perspectivas da plataforma para retomar a confiança dos usuários. Desde o seu lançamento, a plataforma vem se posicionando como uma empresa de tecnologia, não de mídia, mas, devido a seu agigantamento, sua real personalidade vem sendo questionada.

Mesmo com o anúncio da nova política de privacidade, levará tempo para o Facebook retomar a confiança que perdeu com o escândalo. Enquanto isso, que o caso nos sirva de lição, que nos alerte para os perigos embuçados na Web e nos leve a ser mais seletivos na hora de escolher aplicativos, fornecer dados pessoais e, por que não, postar fotos e outros conteúdos “sensíveis”, que podem ser usados de maneira indevida para os mais diversos fins.

Dito isso, veremos como proceder para minimizar os riscos, mas na próxima postagem, já que este texto já ficou longo demais. Até lá.
  
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quarta-feira, 4 de abril de 2018

COMO PROTEGER SEUS DADOS NO FACEBOOK

ONDE TE QUEREM MUITO, NÃO VÁS AMIÚDE.

Se você é fã do Facebook e tomou conhecimento do imbróglio decorrente do mau uso das informações de usuários da rede pela Cambridge Analytica (assunto da postagem anterior), talvez já esteja pensando em excluir o seu perfil.

Mas maus vícios e velhos hábitos são difíceis de erradicar, sem mencionar que não existe um link ou botão que permita deletar sua página de maneira simples e intuitiva (voltaremos a isso mais adiante). E talvez nem seja o caso, já que é possível minimizar problemas de privacidade com a adoção de algumas medidas relativamente simples. Mas vamos por partes.

Por padrão, ao criar seu perfil no Face, você é convidado a fornecer uma penca de informações, mas nem sempre fica sabendo como elas serão utilizadas (aliás, a maioria dos usuários parece não se preocupar muito com essa questão). No escândalo envolvendo a CA, os dados foram usados para influenciar a eleição de Donald Trump, nos EUA, e o Brexit, no Reino Unido, e fala-se até que as eleições tupiniquins estariam na mira da empresa, mas isso já é outra conversa.

Se você está resolvido a deixar de vez o Facebook, veremos como fazer isso ao final desta sequência. Se ainda está em dúvida, as dicas a seguir o ajudarão a proteger sua privacidade online até que tome sua decisão.

A primeira coisa a fazer é usar a navegação “anônima” ― ou “privada”, ou “in Private”; o nome varia conforme o navegador, mas o efeito é basicamente o mesmo.

Observação: Sempre que navegamos na Web, nosso browser cria um "Histórico" dos sites visitados, arquivos baixados, logins efetuados, dados de formulários, e por aí vai. Dentre outras coisas, isso é interessante porque nos desobriga de memorizar as páginas que desejamos revistar e facilita o acesso a sites que exigem login. Por outro lado, nossa privacidade fica escancarada aos olhos dos curiosos de plantão. Já com a navegação anônima, esses dados não são retidos quando a sessão é encerrada, e a gravação de cookies (pequenos arquivos gerados pelos sites para monitorar a navegação, quantificar visitas a webpages, personalizar o conteúdo de acordo com o perfil do internauta, etc.) também é inibida.

Para abrir uma página anônima no Chrome, tecle Ctrl+Shift+P; no IE e no Firefox, Ctrl+Shift+P; para mais detalhes, inclusive sobre como configurar seu browser para adotar essa ação automaticamente, reveja esta postagem.

No Facebook, é possível selecionarmos quem pode ver e interagir com nossas postagens. Mas não é só: além de limitar o acesso de público, podemos definir quem pode nos enviar solicitações de amizade, visualizar nossa lista de amigos, localizar informações de contato (telefone e/ou endereço eletrônico) e assim por diante. Para isso, acesse sua página no Face, clique em Configurações > Privacidade e faça os ajustes desejados. Caso queira analisar melhor a política de privacidade da rede, acesse https://www.facebook.com/privacy/explanation.

Amanhã a gente continua. Até lá.

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