A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, reagindo à divulgação de
um vídeo no qual ela afirma que "menino
veste azul e menina veste rosa", refutou as críticas alegando ter
feito metáfora contra ideologia de gênero, reafirmou que pretende acabar com o "abuso
da doutrinação ideológica de crianças e adolescentes no Brasil" e que sua gestão à frente do ministério vai focar as políticas públicas "que priorizem a vida desde a concepção".
É certo que os novos ministros — e o próprio Presidente —
não têm primado pela ponderação ao tecer comentários sobre temas controversos e
sensíveis. No caso específico da tal “metáfora”, no entanto... Enfim, será que os críticos de
plantão não têm coisa mais importante com que se preocupar? Que tal focar no déficit
público, na reforma da Previdência, nos supersalários do Judiciário, na
rediscussão da prisão após condenação em segunda instância (que o ministro
supremo Dias Toffoli pautou para o
início de abril, e que pode resultar num retrocesso dramático no combate à
corrupção)? Temas importantes não faltam, falta é bom senso na hora de
questionar determinadas ações dos que estão em evidência, sobretudo à luz dessa
bobagem do “politicamente correto” (não me espantaria se uma hora dessas o sindicato dos
papagaios resolvesse pleitear a prisão, sem direito a fiança, de quem contar
piadas sobre a ave que Zé Carioca —
personagem criada por Walt Disney nos
anos 1940 — elevou à condição de símbolo da malandragem no Rio de Janeiro).
A turminha do “quanto pior melhor” está em plantão
permanente, 24/7, sempre pronta a contestar e se opor a tudo que for dito, insinuado ou mesmo imaginado pelo atual governo, e o Brasil que se lasque
(pra não dizer “que se foda”, porque não seria politicamente correto). Pena que o PT e seus acólitos só sejam diligentes em coisas que não interessam ao Brasil. Haja vista a situação em que o país ficou, depois de 14 anos e lá vai fumaça sob o jugo da petralhada.
O modo como essa caterva se comporta — a pretexto de fazer oposição — beira o fanatismo religioso em sua forma mais aguda. Li certa vez que existe uma conexão entre o cérebro e os intestinos, e que estes têm neurônios iguais aos que formam nosso sistema nervoso. Talvez seja por isso os petistas e seus satélites evacuam massa encefálica quando tomam purgante. Vamos a um exemplo: na semana passada, o boneco de ventríloquo derrotado por Jair Bolsonaro postou no Twitter uma crítica bizarra e sem sentido sobre o reajuste do salário mínimo decretado pelo novo governo: “Povo começou a se libertar do socialismo: salário mínimo previsto de R$ 1006,00 foi fixado em R$ 998,00. Sem coitadismo. Selva!”
Haddad parece vir absorvendo a capacidade inata da ex-presidanta Dilma de dizer asneiras e despautérios — aliás, a burrice de Dilmanta é tamanha que tem até campo gravitacional próprio! Fato é que, seja por ignorância, seja por má fé, o ex-alcaide de um só mandato não percebeu que o reajuste em questão seguiu o que determina lei n° 13152/2015, sancionada pela então presidanta. Moral da história: no afã de criticar quem o derrotou nas urnas, o petralha aprendiz se insurge contra uma lei criada por seu próprio partido. Deu para entender ou quer que eu desenhe?
O modo como essa caterva se comporta — a pretexto de fazer oposição — beira o fanatismo religioso em sua forma mais aguda. Li certa vez que existe uma conexão entre o cérebro e os intestinos, e que estes têm neurônios iguais aos que formam nosso sistema nervoso. Talvez seja por isso os petistas e seus satélites evacuam massa encefálica quando tomam purgante. Vamos a um exemplo: na semana passada, o boneco de ventríloquo derrotado por Jair Bolsonaro postou no Twitter uma crítica bizarra e sem sentido sobre o reajuste do salário mínimo decretado pelo novo governo: “Povo começou a se libertar do socialismo: salário mínimo previsto de R$ 1006,00 foi fixado em R$ 998,00. Sem coitadismo. Selva!”
Haddad parece vir absorvendo a capacidade inata da ex-presidanta Dilma de dizer asneiras e despautérios — aliás, a burrice de Dilmanta é tamanha que tem até campo gravitacional próprio! Fato é que, seja por ignorância, seja por má fé, o ex-alcaide de um só mandato não percebeu que o reajuste em questão seguiu o que determina lei n° 13152/2015, sancionada pela então presidanta. Moral da história: no afã de criticar quem o derrotou nas urnas, o petralha aprendiz se insurge contra uma lei criada por seu próprio partido. Deu para entender ou quer que eu desenhe?
Voltando à ministra Damares, por que cargas d’água precisamos de um ministério dos Direitos Humanos? Será que num governo que gasta mais de R$ 1 trilhão por
ano não há ninguém para cuidar disso? Precisa de ainda mais gente?
Mutatis mutandis, o mesmo se aplica à Justiça do Trabalho —, que, segundo dados de 2015, deu aos trabalhadores que recorreram a ela no ano anterior um total de R$ 8 bilhões em benefícios, e gastou, no decorrer desse mesmo ano, inacreditáveis R$ 17 bilhões com salários, custeio e outras despesas de funcionamento. Se o poder público tirasse a cada ano R$ 8 bilhões do Orçamento e entregasse essa soma diretamente aos reclamantes trabalhistas, todos eles ficariam tão satisfeitos quanto estão hoje, as empresas reduziriam a zero os seus custos nesse item e o Erário gastaria metade do que está gastando no momento.
Mutatis mutandis, o mesmo se aplica à Justiça do Trabalho —, que, segundo dados de 2015, deu aos trabalhadores que recorreram a ela no ano anterior um total de R$ 8 bilhões em benefícios, e gastou, no decorrer desse mesmo ano, inacreditáveis R$ 17 bilhões com salários, custeio e outras despesas de funcionamento. Se o poder público tirasse a cada ano R$ 8 bilhões do Orçamento e entregasse essa soma diretamente aos reclamantes trabalhistas, todos eles ficariam tão satisfeitos quanto estão hoje, as empresas reduziriam a zero os seus custos nesse item e o Erário gastaria metade do que está gastando no momento.
O sistema ao qual se dá o nome de Justiça do Trabalho continua sendo uma das mais espetaculares extravagâncias do Brasil — e mais uma
demonstração concreta, entre talvez uma centena de outras, da facilidade
extrema de conviver com o absurdo que existe na sociedade brasileira. É o que
nos faz aceitar resultados exatamente opostos ao que se deseja — estamos nos
tornando especialistas, ao que parece, em agir de forma a obter o contrário
daquilo que pretendemos. Todos querem, naturalmente, que a JT produza justiça para os trabalhadores. Mas fazem tudo, ou aceitam tudo, para
gerar o máximo de injustiça, na vida real, para esses mesmíssimos
trabalhadores.
Que justiça existe em gastar R$ 17 bilhões de dinheiro público — que não é “do governo”, mas de todos os brasileiros que pagam imposto — para gerar R$ 8 bilhões? É obvio que alguma coisa deu monstruosamente errado aí. Demais disso, a Justiça trabalhista é acessível a apenas 40% da população, posto que os outros 60% não têm contrato de trabalho. E não cria um único emprego — ao contrário, encarece de tal forma o emprego que se tornou hoje a principal causa de desestímulo para contratar alguém. Tampouco cria salários, nem aumentos, nem promoções, apenas tira do público o dobro do que dá. Mas vá alguém querer mexer nisso, ou propor que se pense em alguma reforma modestíssima — será imediatamente acusado de querer suprimir “direitos dos trabalhadores”.
Que justiça existe em gastar R$ 17 bilhões de dinheiro público — que não é “do governo”, mas de todos os brasileiros que pagam imposto — para gerar R$ 8 bilhões? É obvio que alguma coisa deu monstruosamente errado aí. Demais disso, a Justiça trabalhista é acessível a apenas 40% da população, posto que os outros 60% não têm contrato de trabalho. E não cria um único emprego — ao contrário, encarece de tal forma o emprego que se tornou hoje a principal causa de desestímulo para contratar alguém. Tampouco cria salários, nem aumentos, nem promoções, apenas tira do público o dobro do que dá. Mas vá alguém querer mexer nisso, ou propor que se pense em alguma reforma modestíssima — será imediatamente acusado de querer suprimir “direitos dos trabalhadores”.
Com a mesma indiferença, aceita-se que o STF, com onze ministros, tenha 3 000 funcionários — cerca de 300, isso
mesmo, para cada ministro. E mais: o brasileiro tem de pagar também 1
bilhão de reais por ano para ser assistido por um “Tribunal da Cidadania”, de
utilidade desconhecida — o Superior Tribunal de Justiça, esse já com 33
ministros, quase 5 000
funcionários,
incluindo os terceirizados e estagiários,
e capaz de consumir dois terços inteiros do seu orçamento com a folha de
pessoal. Tempos atrás, o professor Marco
Antonio Villa trouxe a público o deslize para a demência de um órgão
público que foi capaz de consumir 25 milhões de reais, num ano, em alimentação para
funcionários, pagar de 400 000
a 600 000 reais de
remuneração mensal
a seus ministros aposentados e ter na folha de pagamento repórteres fotográficos, auxiliares de
educação infantil e
até “jauzeiros”. Vale realmente tudo no STJ (a propósito, o que seria um jauzeiro?).
Pode-se querer que nenhuma mudança seja feita nisso aí.
Também pode-se achar que esse sistema, tal como está, é uma conquista social.
Só não se pode esperar que um negócio desses funcione.