Quando mais não seja, a sabatina transmitida pela Globo News a partir das 22h30 de ontem deixou
claro que Bolsonaro não está minimamente preparado para ser presidente. E a julgar
pelas suas respostas no programa, o candidato será massacrado se participar dos
debates que acontecerão mais adiante.
Claro que não é essa a opinião da militância atávica, para
quem seu ídolo saiu engrandecido da entrevista. Para tirar suas próprias conclusões, assista à reprise que a Globo News leva ao
ar às 17h30 deste sábado — e atente especialmente para finalzinho,
que foi no mínimo inusitado: ao ser perguntado por Roberto
D’Ávila sobre se houve ou não ditadura militar no Brasil, Bolsonaro recitou de cor um editorial
de O Globo, assinado por Roberto Marinho, defendendo o legado
que salvou o Brasil de uma ditadura comunista. Atônitos, os nove jornalistas da
bancada ainda ouviram do entrevistado que tanto a Globo quanto a Revista Veja
foram criadas durante a “pretensa ditadura militar”.
Quando ia encerrar o programa, Miriam Leitão recebeu pelo ponto eletrônico — e repetiu simultaneamente, como se estivesse psicografando uma mensagem do além — outra nota de O Globo, desta vez justificando o fato de Roberto Marinho ter defendido a ditadura e citando outro editorial, este de 2013, que terminava assim:
“À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”
Quando ia encerrar o programa, Miriam Leitão recebeu pelo ponto eletrônico — e repetiu simultaneamente, como se estivesse psicografando uma mensagem do além — outra nota de O Globo, desta vez justificando o fato de Roberto Marinho ter defendido a ditadura e citando outro editorial, este de 2013, que terminava assim:
“À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”
Para gáudio de Bolsonaro,
a emenda ficou pior que o soneto (confira no vídeo).
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