Além de Gleisi,
também são réus nesse processo o ex-ministro Paulo Bernardo, seu marido, e o empresário Ernesto Kugler. Eles são acusados receber R$ 1 milhão do esquema de
corrupção na Petrobras para a campanha da admiradora inconteste de Nicolás Maduro ao Senado, em 2010. Segundo
a acusação, Bernardo fazia pedidos a
Paulo Roberto Costa, Kugler teria recebido a propina, por
meio de quatro entregas, cada uma de R$ 250 mil, e todos tinham plena ciência da origem do dinheiro recebido.
Esse será o primeiro depoimento de réus em processos
oriundos da Lava-Jato que tramitam no Supremo. A denúncia foi aceita por unanimidade pela 2ª Turma do STF em setembro de
2016, e o ministro Edson Fachin
já ouviu todas as testemunhas de acusação e defesa indicadas na ação penal, que
só foi aberta em fevereiro deste ano, após os embargos de declaração apresentados
pela defesa de Gleisi serem
rejeitados pelos ministros.
Gleisi e Bernardo serão ouvidos no próximo dia
28. Conforme o regimento da Corte, após os réus serem ouvidos, a PGR e a defesa
terão cinco dias para pedir investigações complementares. Fachin, então, deverá decidir se as aceita ou não. Vencidas essas
etapas, o relator pedirá que as partes apresentem suas alegações em 15 dias e
poderá ordenar novas diligências. Por fim, fará o relatório e o encaminhará ao
ministro-revisor, Celso de Mello,
que pedirá data para julgamento na 2ª Turma da Corte. Não há prazo para o
julgamento, mas acredita-se que a sentença deve sair até o final do ano.
Confira minhas atualizações diárias sobre
política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/