PERGUNTAR O QUE NÃO PODE SER RESPONDIDO É PERDA DE TEMPO.
Depois de discorrer brevemente
sobre as opções de transmissão (assunto das duas postagens anteriores), achei
por bem alertar o leitor para o fato de que veículos com tecnologia embarcada,
como os providos de injeção eletrônica, contam com um número considerável de componentes
que podem ser danificados por uma simples lavagem do motor.
Antigamente, era comum
o motor não “pegar” depois de lavado, devido ao acúmulo de água na tampa do
distribuidor e nos conectores dos cabos das velas. Ainda que esse problema pudesse ser evitado mediante a simples proteção desses pontos com sacolinhas
plásticas de supermercado, por exemplo, os funcionários dos postos e lava-rápidos achavam mais fácil secar tudo depois, com jatos de
ar comprimido. Só que que o calor gerado pelo funcionamento do motor propiciava
a formação de gotículas de água (condensação) no interior da tampa do
distribuidor, umedecendo o carvão, o rotor, o platinado e o condensador, e impedindo o motor de religar depois do carro ficar parado por
algumas horas (ou até a manhã seguinte, o que era mais comum).
Quem gosta de manter o carro sempre limpo pode se sentir incomodado em ver o motor sujo, mas é bom ter
em mente que, em não havendo vazamentos de óleo e outros problemas afins, não há porque lavar o motor. Aliás, a maioria dos fabricantes não recomenda fazê-lo, pois a injeção eletrônica multiplicou o número de componentes elétricos e eletrônicos que podem ser facilmente danificados durante a lavagem, não tanto pela água em si, mas pela pressão da água. Além disso, a sujeira
que se acumula no “cofre” e no bloco do motor pode ser removida com o auxílio de
um pincel, um pano e ar comprimido.
Observação: Mal comparando, o motor do carro está mais para um relógio
resistente a água do que um modelo próprio para mergulho. Em outras palavras, pingos
e respingos são suportados, mas o mesmo não se aplica a banhos de chuveiro nem,
muito menos, de imersão — no caso do relógio, e a água em profusão e alta pressão, no caso do motor.
Caso queira mesmo lavar o
motor do seu carro, leve o veículo a uma empresa especializada, que
faça o serviço com vapor, e deixe o lava-rápido ou o posto para lavagens da carroceria
e aspiração interna.
Se preferir fazer pessoalmente o trabalho, assegure-se, primeiro, de que o motor esteja desligado e frio; segundo, de que pontos vulneráveis (como caixa de fusíveis, alternador, bobina, módulo da injeção, bateria, enfim, tudo aquilo que estiver ligado a alguma coisa por um chicote elétrico) seja devidamente envolvido em saquinhos plásticos; terceiro, de não concentrar nesses pontos o jato da mangueira (ou da lavadora de pressão).
Se preferir fazer pessoalmente o trabalho, assegure-se, primeiro, de que o motor esteja desligado e frio; segundo, de que pontos vulneráveis (como caixa de fusíveis, alternador, bobina, módulo da injeção, bateria, enfim, tudo aquilo que estiver ligado a alguma coisa por um chicote elétrico) seja devidamente envolvido em saquinhos plásticos; terceiro, de não concentrar nesses pontos o jato da mangueira (ou da lavadora de pressão).
Note que você pode
remover a sujeira mais resiliente umedecendo-a com água e usando um pincel ou
uma escovinha de cerdas duras (evite solventes ou produtos à base de querosene).
Depois, é só bater água novamente (com moderação), secar, borrifar WD-40 e dar acabamento com um pano
macio.
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