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terça-feira, 11 de junho de 2019

O PERIGO DOS SUPORTES TÉCNICOS FALSOS


DEPOIS QUE SE ELIMINA O IMPOSSÍVEL, O QUE RESTA, POR MAIS IMPROVÁVEL QUE PAREÇA, DEVE SER A VERDADE.

No âmbito da segurança digital, a popularização do acesso doméstico à Internet foi um divisor de águas: antes, usar um PC era como fazer um passeio no parque; depois, passou a ser como participar de um safári nas savanas africanas.

Não que o vírus de computador tenha surgido com a Internet, longe disso. Registros (teóricos) de programas capazes de se autorreplicar (não necessariamente maliciosos) remontam aos anos 1950, três décadas antes de os PCs começarem a se popularizar e quatro antes de a Web despertar o interesse dos usuários domésticos.

O termo “vírus” passou a designar códigos maliciosos — devido a semelhanças com o correspondente biológico — depois que Fred Cohen respaldou sua tese de doutorado no estudo de pragas eletrônicas criadas experimentalmente (para saber mais, acesse minha sequência de postagens Antivírus - A História). Num primeiro momento, eles se limitavam a pregar sustos nos incautos, mas logo passaram a destruir arquivos do sistema. Sua disseminação, que inicialmente se dava através de cópias piratas de joguinhos em disquete, ganhou velocidade com as redes de computadores (domésticas e corporativas) e, mais adiante, com a Internet, notadamente depois que o acesso em banda larga foi se popularizando entre os internautas domésticos. Assim, as pragas digitais, que até então avançavam a passo de tartaruga, começaram a atacar como nuvens de gafanhotos. Para se ter uma ideia, o I Love You, criado no ano 2000 (quando a rede dial-up ainda era a modalidade mais usada de conexão com a Internet), levou poucas horas para infectar cerca de três milhões de máquinas nos EUA e Europa, causando um prejuízo estimado em US$ 8,7 bilhões.

Em 1988, o indonésio Denny Yanuar Ramdhani desenvolveu um programa capaz de imunizar sistemas contra o vírus de bootBrain”, criado dois anos antes por um paquistanês. Naquele mesmo ano, a IBM lançou o primeiro “antivírus comercial”, e foi rapidamente seguida pela Symantec, McAfee e outras empresas que anteviram o filão que a segurança digital descortinava. Com exceção do Chernobyl — que sobrescrevia os dados do BIOS —, os vírus agiam somente no âmbito do software, e bastava reinstalar o Windows para o computador voltar a funcionar normalmente. Mas isso não evitava a indefectível perda de arquivos pessoais, já que quase ninguém se dava ao trabalho de fazer backups, nem tampouco o “prejuízo no bolso”, já que a maioria dos usuários recorria a uma assistência técnica ou a seu Computer Guy de confiança para reinstalar o sistema.

Quando se deram conta do valor inestimável de suas obras na prática do cibercrime, os "programadores do mal" deixaram de focar a pura e simples destruição de arquivos para se dedicar ao estelionato digital. Com a ajuda da engenharia social, cibervigaristas exploram a boa-fé, a ingenuidade, a curiosidade — e por vezes a ganância — das vítimas potenciais, levando-as a rodar executáveis mal intencionados ou clicar em links que desaguam em páginas falsas de bancos, da Receita Federal, da Justiça Eleitoral — para citar alguns exemplos comuns, pois a criatividade dessa caterva não tem limites.

Segurança absoluta é História da Carochinha, mas é possível reduzir os riscos adotando algumas providências simples, mas eficazes, que eu já elenquei numa miríade de postagens. Em suma, se você mantiver o software do computador atualizado (tanto o sistema quanto os aplicativos), instalar uma suíte de segurança responsável e cultivar hábitos de navegação saudáveis, estará relativamente seguro.

Observação: Pode parecer paranoia desconfiar de um arquivo ou link enviado via email ou mensagem instantânea por um amigo ou colega de trabalho, por exemplo. Mas seguro morreu de velho, e o segredo do sucesso é jamais deixar a mão esquerda saber o que a direita está fazendo. Em outras palavras, num ambiente hostil como o da Web, não se pode confiar em nada nem ninguém (para saber mais, digite “segurança digital” no campo de buscas do Blog, clicar na pequena lupa e escarafunche a lista de postagens sugeridas pela ferramenta).

E o que isso tudo tem a ver com o suporte técnico, objeto do título desta postagem? Nada. Ou tudo, dependendo do ângulo que se mira o alvo. Para não estender ainda mais este texto, vamos discutir essa questão na próxima postagem.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

O QUE É E COMO REMOVER O SOFTWARE_REPORTER_TOOL.EXE


A POLÍTICA É A ARTE DE CAPTAR A PAIXÃO ALHEIRA E USÁ-LA EM PROVEITO PRÓPRIO.

Já vimos que o desempenho do computador, nos minutos subsequentes à inicialização, pode ser impactado pelo acesso do perfil do usuário no Windows ao disco, e que esse banco de dados tende a inflar com o passar do tempo e o uso normal da máquina. Dias atrás, ao averiguar o que estava amarrando a inicialização do meu PC, encontrei um item chamado software_reporter_tool.exe

Se você usa Google Chrome (e é bem provável que o faça, já que ele é, de longe, o navegador preferidos pelos internautas do mundo inteiro), talvez seu antivírus já o tenha alertado sobre esse arquivo, que, por ser executável, pode gerar conflitos com algumas ferramentas de segurança (notadamente da Norton/Symantec). Mas não se trata de um software mal-intencionado, pois sua assinatura digital é autêntica, ou seja, ele realmente é do Google. Basta fazer uma pesquisa no fórum de produtos do Google para descobrir que o dito-cujo remete ao processo executável da ferramenta de remoção de software do Chrome (uma espécie de antivírus nativo do browser, responsável por remover softwares malignos).

A chance de esse arquivo estar presente no seu computador é maior se você já fez alguma restauração do Chrome (mais detalhes nesta postagem). Aliás, o Google disponibiliza o programinha também como uma "ferramenta de limpeza" do Chrome, que pode ser baixada em https://www.google.com/chrome/srt (esse "srt" no final remete a "software reporter tool").

A remoção do "software_reporter_tool.exe" não tem mistério. No Windows, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Aplicativos e recursos, localize o item em questão e clique em Desinstalar. Mas não se surpreenda se ele voltar.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

OS MELHORES ANTIVÍRUS PARA ANDROID


O MEU GRAU DE IRONIA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À GRANDEZA DO ABSURDO QUE FUI OBRIGADO A OUVIR. E O MESMO VALE PARA A MAGNITUDE DO ESPORRO.

A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas”, disse Sir Winston Churchill. Traçando um paralelo com a segurança digital, cito John McAfee, criador de um dos primeiros antivírus comerciais e fundador da McAfee Associates, segundo o qual “usar antivírus não faz a menor diferença”. O que esse doido de pedra não disse é que ainda não surgiu uma alternativa melhor, e considerando que os telefones celulares, além de desbancarem as linhas fixas, vêm tomando o lugar do PC convencional para navegação na Web, gerenciamento de emails e acesso redes sociais, protegê-los contra ameaças é fundamental.

Há uma vasta gama de apps de segurança para o sistema móvel Android, tanto pagos quanto “gratuitos” — entre aspas, pois quando você não paga por um produto, é porque você é o produto — prova disso são os bilhões de dólares que Facebook, Google, Uber e outras gigantes faturam com os dados dos usuários.

Observação: Conforme eu também já mencionei em outras postagens, o iOS não é imune a ataques digitais. A questão que sua participação no segmento de smartphones é de 13%, enquanto o Android abocanha respeitáveis 45%. Isso torna o sistema móvel da Google mais atraente aos olhos da bandidagem digital, da mesma forma que, na plataforma PC, o Windows é mais visado que o OS X e as distribuições Linux.

Sem prejuízo das sugestões apresentadas anteriormente, relaciono a seguir algumas das ferramentas que mais se destacaram nos testes realizados pela AV-Comparatives e pela AV-Test em 2018, começando pelo Kaspersky Internet Security for Android (disponível para download no Google Play), que é uma solução de antivírus gratuita para sistema Android (smartphones e tablets) que oferece proteção contra malwares e outros perigos on-line, integra o AppLock — para bloquear aplicativos e proteger o usuário dos curiosos de plantão —, rastreia o aparelho em caso de perda ou roubo, bloqueia chamadas telefônicas e mensagens de texto indesejáveis, filtra links e sites potencialmente perigosos, e por aí vai.

Outra opção interessante é o freeware AVG Antivírus, que conta com rastreamento antirroubo por meio do Google Maps, proteção contra malware, bloqueador de aplicativos e chamadas, verificador de Wi-Fi e cofre de imagens para proteger a privacidade do usuário. O programinha também apaga arquivos desnecessários, liberando espaço para armazenamento de dados, bem como integra outros recursos interessantes (mais detalhes na resenha que é exibida na página de download). Mas não deixe de considerar o Avast Mobile Security, que promete localizar o dispositivo móvel perdido ou furtado, filtrar ligações e mensagens, bem como proteger o sistema contra as mais de 2,800 novas ameaças que a empresa identifica a cada dia. O app é “gratuito” e conta ainda com o “Identity Safeguard”, que checa se os endereços de email em sua lista de contatos estão envolvidos em quaisquer violações importantes de dados.

Mesmo não sendo muito conhecido no Brasil, o AhnLab V3 Mobile Security foi considerado pela AV-Test como um dos melhores antivírus para smartphone — que eu uso e recomendo, conforme já mencionei em outras postagens, nas quais fiz uma avaliação mais detalhada desse programinha.

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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

FALSO ALERTA DE VÍRUS INDUZ USUÁRIO A INSTALAR FALSOS APPS DE SEGURANÇA


TODO PROBLEMA COMPLEXO TEM UMA RESPOSTA SIMPLES E, EM GERAL, ERRADA.

Uma prática comum no âmbito dos PCs vem sendo usada também para induzir usuários de smartphones e tablets a baixar falsos apps de segurança.

A coisa funciona assim: ao acessar um site pelo navegador, uma mensagem interrompe o carregamento da página e adverte: “O sistema está fortemente danificado por quatro vírus”. O alerta, falso como certo ex-presidente eneadáctilo, cita o modelo do aparelho, informa que o cartão da operadora pode ser danificado e orienta o incauto, passo a passo, a instalar um falso antivírus.

De acordo com a PBI Dynamic it Security, a mensagem, por si só, não representa perigo, mas é recomendável fechar imediatamente o navegador, sem clicar na imagem ou no link que porventura a acompanhe.

Nunca é demais lembrar que, a exemplo dos PCs, smartphones e tablets são dispositivos controlados por sistemas operacionais, o que os torna vulneráveis à ação de códigos maliciosos. Conforme eu já comentei em diversas oportunidades, a instalação de apps mal-intencionados e o compartilhamento de arquivos através de redes Wi-Fi de terceiros são as formas mais comuns de infecção.

Para evitar ser pego no contrapé, desconfie sempre de promoções, especialmente quando elas oferecerem produtos a preços muito abaixo do mercado e sobretudo se contiverem links e/ou solicitarem dados pessoais. 

Se você receber algum alerta de vírus, feche o navegador e faça uma busca (usando o Google ou outro mecanismo afim) a partir do nome do app ou da empresa que oferece o produto ou a suposta promoção.

No caso de dispositivos móveis, restaurar as configurações de fábrica é um procedimento relativamente simples, mas o problema é que a demora em adotar essa providência pode dar tempo ao spyware (ou outro código malicioso) para cumprir a função para a qual ele foi programado. Quando se vai ver, a senha de email ou, pior, do aplicativo do banco já foi capturada e repassada ao cibercriminoso de plantão.

Ter um antivírus ativo e operante, tanto no computador quanto no dispositivo móvel, talvez não garanta 100% de segurança, mas ainda é a melhor maneira de você se precaver. Portanto, use sempre o bom senso e não espere a porta ser arrombada para colocar a tranca — ou seja, instale o quanto antes uma ferramenta de segurança responsável. Afinal, não faltam boas opções gratuitas, como você pode conferir acessando a sequência de postagens iniciada por esta aqui.

Lembre-se: Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas, e cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

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terça-feira, 7 de agosto de 2018

COMO DESABILITAR O WINDOWS DEFENDER


TOME MUITO CUIDADO COM O VAZIO DE UMA VIDA OCUPADA DEMAIS.

Embora tenha desenvolvido o sistema operacional para PCs mais popular do planeta, a Microsoft nunca foi feliz em suas incursões pelo universo dos antivírus. Mesmo assim, depois de comprar a Giant em 2004, a empresa passou a oferecer um programinha antispyware que não produziu nenhuma revolução no mercado, mas ao menos deu origem ao Windows Defender — que, combinado com o Windows Firewall, é uma solução interessante para usuários do Windows 8 e 10 que não têm uma suíte “Internet Security” de terceiros.

Observação: O antivírus nativo do Windows vem habilitado por padrão, recebe atualizações via Windows Update e é desativado automaticamente quando o usuário instala um antivírus de varejo — nesse caso, os ajustes manuais ficam inoperantes, mas voltam funcionar quando o firewall de varejo for desinstalado

O Defender provê proteção em tempo real, fiscaliza tudo que é baixado e executado no computador e pode ser desligado temporariamente, se necessário. Para tanto, clique no botão Iniciar, selecione Configurações > Atualização e segurança > Windows Defender e faça a alteração desejada. Não é possível escolher o espaço de tempo durante o qual a proteção permanecerá inativa; uma vez desativada ela permanecerá assim até que o computador seja reiniciado. Note ainda que a tela que permite desligar temporariamente o Defender permite também atualizar manualmente o programa, bastando pressionar o botão Atualizar, que é exibido na parte superior da janela.

Para examinar pastas ou arquivos específicos, você só precisa selecionar o item desejado, clicar com o botão direito sobre ele e escolher a opção Examinar com o Windows Defender. Se algum elemento mal-intencionado for identificado, a ferramenta exibirá uma recomendação sobre o que você deverá fazer para manter seu computador seguro.

Já o Firewall do Windows filtra os dados que o PC recebe da internet e bloqueia programas potencialmente prejudiciais. Se quiser desativá-lo, digite firewall na caixa de pesquisas da barra de ferramentas (ou da Cortana, conforme a configuração do seu sistema), selecione Windows Firewall e faça o ajuste em Ativar ou desativar o Firewall do Windows. Note que as suítes de segurança de terceiros que embutem um módulo de firewall desligam o recurso nativo automaticamente, visando prevenir conflitos. 

Para desativar permanentemente o Windows Defender — ou seja, evitar que ele volte à atividade depois que o computador for reiniciado —, o roteiro varia conforme a versão do sistema. Se você usa o Windows 10 Pro (ou outra versão corporativa, como a Enterprise ou Education):

1 - Tecle a combinação de teclas Windows + tecla R para abrir a caixa do Menu Executar
2 - Digite gpedit.msc e clique em OK. 
3 - Na janela do Editor de Política de Grupo Local, clique em Configurações do Computador > Modelos Administrativos > Componentes do Windows > Windows Defender Antivírus.
4 - Dê duplo clique em Desativar o Windows Defender e faça o ajuste (o escudo do programa desaparecerá da área de notificação do sistema assim que você reiniciar o computador).

Observação: Para reativar o Windows Defender a qualquer momento, basta seguir os mesmos passos, selecionar a opção Não configurado e reiniciar a máquina.
Como nas edições anteriores ao Ten, a versão Home não conta com o Editor de Política de Grupo Local, mas você pode desativar o Defender fazendo uma rápida incursão pelo Registro do Windows, que deve ser precedida da criação de um ponto de restauração do sistema e/ou de um Backup do próprio Registro.

Observação: Para fazer um backup do Registro, digite regedit na caixa de diálogo do Menu Executar, clique em regedit (executar comando) e em Sim na caixa de diálogo que será exibida em seguida. Na janela do Editor do Registro, selecione o menu Arquivo e clique na opção Exportar. Em “Intervalo de exportação”, marque TODOS para efetuar backup de todo o Registro ou clique em Ramificação Selecionada e digite o nome da chave desejada (recomendável). Nomeie o arquivo, indique o local onde ele deverá ser salvo (sugiro a Área de Trabalho) e clique em Salvar. Se quiser reverter as modificações mais adiante, dê um clique direito sobre o arquivo de backup (que é salvo com a extensão .REG), escolha a opção Mesclar e confirme a restauração.

Criado o ponto de restauração e o backup da chave do registro, faça o seguinte:

1- Volte à janela do Editor, expanda a chave HKEY_LOCAL_MACHINE selecione a opção SOFTWARE.
2 - clique em Policies > Microsoft > Windows Defender, dê duplo clique sobre DisableAntiSpyware e mude o valor para 1

Se você não encontrar a chave DisableAntiSpyware, clique com o botão direito do mouse em um espaço vazio dentro da janela do editor, selecione Novo, clique em Valor DWORD (32 bits), nomeie a nova chave como DisableAntiSpyware, atribua-lhe o valor 1 e reinicie o computador.

Para reativar o Windows Defender, basta seguir os mesmos passos e reverter o valor da chave DisableAntiSpyware para o valor padrão (zero).

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terça-feira, 5 de junho de 2018

ANTIVÍRUS PARA SMARTPHONES


AMIGOS VÊM E VÃO; INIMIGOS SE ACUMULAM.

Uma versão resumida da história do antivírus pode ser lida a partir desta postagem, de modo que seria redundante repetir agora o que foi dito então. A título de introdução ao tema alvo desta matéria, relembro apenas que as pragas digitais atuais são diferentes das que existiam no alvorecer da computação pessoal, quando os vírus propriamente ditos é que aborreciam os usuários de PCs. Hoje em dia, preocupa-nos mais o spyware e suas variações, que, tecnicamente, não são vírus e, a exemplo dos trojans, worms, rootkits, etc., são classificadas genericamente como “malware” (aglutinação dos temos “malicious software”).

O antivírus, tido e havido como imprescindível nos anos 90 e na década passada, passou a ser visto como uma ferramenta ineficaz e obsoleto por monstros sagrados da programação, como John McAfee, que desenvolveu um dos primeiros antivírus comerciais.

Observação: Apenas para que o leitor tenha uma ideia, McAfee foi demitido da NASA porque passava as manhãs bebendo uísque e consumindo grandes quantidades de cocaína, e parte das tardes dormindo candidamente sobre a mesa de trabalho. Foi expulso da Northeast Louisiana State University por transar com uma de suas alunas, e da Univac de Bristol, no Tennessee, depois de ser flagrado vendendo maconha (para saber mais sobre essa figura, assista ao filme Gringo: The Dangerous Life of John McAfee).

Hoje em dia a gente faz (quase tudo) pela internet, e os desktops e laptops cederam espaço para smartphones e, em menor medida, para os tablets. Portanto, navegar na Web com esses dispositivos (com qualquer dispositivo, melhor dizendo) sem um arsenal de defesa responsável é dar sopa para o azar.

As pragas digitais voltadas à plataforma Windows, que perfaziam algumas dezenas de milhares na virada do século, já passam dos milhões. Segundo levantamento feito pela Panda Security, 220 mil novos malwares são criados todos os dias. Para sistemas móveis, como o Android e o iOS, esse número é bem menor, mas vem crescendo exponencialmente. No caso específico do Android, que controla a esmagadora maioria de smartphones e tablets em todo o mundo, a quantidade de programinhas maliciosos aumentou 3300% de 2008 a 2104, e ainda que seja mais comum a infecção decorrer da instalação de apps contaminados (detalhes na postagem anterior), convém por as barbichas de molho.

Se você usa o smartphone em tarefas que costumava realizar no computador ― como acessar redes sociais, gerenciar correio eletrônico, fazer compras online e transações via netbanking e por aí afora ―, proteja o aparelho com uma boa suíte de segurança. Talvez elas não sejam 100% eficazes e beirem a obsolescência, mas são a única opção enquanto nada de novo despontar no horizonte.

A oferta de antivírus e afins para dispositivos móveis é bem menor do que para PCs, mas há dúzias de opções (tanto pagas quanto gratuitas), algumas das quais já consagradas no mercado voltado a desktops e notebooks, o que agrega confiabilidade ao produto. Para não encompridar demais esta conversa, minhas sugestões ficam para a próxima postagem. Bom feriadão a todos e até lá.

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terça-feira, 27 de março de 2018

O MALWARE E OS SMARTPHONES (PARTE 4)


A VIDA É UMA TRAGÉDIA QUANDO VISTA DE PERTO, MAS UMA COMÉDIA QUANDO VISTA DE LONGE.

Prosseguindo com as sugestões de antivírus para smartphones (e tablets, que não são objeto desta postagem, mas também estão sujeitos à ação de malwares, já que são comandados pelos sistemas móveis do Google e da Apple), seguem mais algumas dicas para você proteger seu aparelho. Antes, porém, um esclarecimento que me parece oportuno: no alvorecer da computação pessoal, o Windows era o alvo preferido dos criadores de pragas (devido à sua enorme popularidade), o que levou muita gente a dizer que os computadores da Apple eram imunes a vírus. Mas existem, sim, malwares desenvolvidos especificamente para MacOS, iOS e até para o Linux, embora em número menor do que os que atacam PCs com Windows e dispositivos móveis com Android (que são muito mais populares).

Há diversas opções de apps de segurança para o iPhone, dentre as quais eu sugiro o McAfee Mobile Security ― clique aqui para saber mais e baixar a versão de testes, que pode ser usada gratuitamente por 30 dias. O programa não é exatamente um antivírus, mas uma espécie de “cofre” protegido por senha, com recursos adicionais que, em caso de perda, ajudam a localizar o iPhone, além de uma ferramenta para fazer backup (no iCloud) dos arquivos guardados no tal cofre.

Observação: Na App Store, o McAfee Mobile Security é classificado como gratuito e pode ser compartilhado por até 6 usuários com o Compartilhamento Familiar ativado, mas exige o iOS 9 ou posterior (clique aqui para mais detalhes). Como os produtos da empresa da Maçã não são a minha praia, sugiro que você obtenha mais informações, caso se interesse em baixar esse app no seu iPhone.

Já o Avira Free Antivírus para iPhone monitora o e-mail do usuário em busca de links e anexos potencialmente perigosos, além de manter uma base de dados de alertas de invasão a servidores e avisar se a caixa de correio de algum contato foi comprometida. Sua interface é simples e inclui um gestor de memória e um localizador de dispositivo, que pode trabalhar em conjunto com o Find My iPhone. O programa é gratuito, tanto no site do fabricante quanto na App Store.

O Lookout, gratuito tanto para iOS quanto para Android, é tido como um dos melhores apps de segurança para dispositivos móveis. Ele previne que as informações e a privacidade do usuário sejam invadidas, protege o sistema contra vírus, spyware e malware, ajuda a fazer backups de informações e rastreia o smartphone com uma precisão extraordinária (além de disparar um alarme tipo sirene). No que à proteção contra pragas, o programinha verifica também aplicativos novos à medida que o usuário os instala. Para mais detalhes e download da versão para iOS, clique aqui; se seu sistema for Android, clique aqui.

Por último, mas não menos importante, o TrendMicro Mobile Security é um verdadeiro canivete suíço, tanto para iOS quanto para Android. A versão gratuita é limitada, mas cumpre o que promete. Na modalidade paga, você tem proteção contra links de phishing, navegador seguro, bloqueador de anúncios, controle parental e muito mais. Para fazer o download da versão para iOS, clique aqui; se o seu smartphone é baseado no Android, clique aqui.

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sexta-feira, 23 de março de 2018

O MALWARE E O SMARTPHONE (PARTE 2)


ONDE PASSA UM BOI, PASSA UMA BOIADA.

Vimos que smartphones são computadores em miniatura, e que, por nos permitirem acessar a Internet e realizar a maioria das tarefas que até algum tempo atrás a gente dependia do computador de casa ou do trabalho para executar, também estão sujeitos à ação de malwares e cibervigaristas, sendo fundamental protegê-los com apps Antimalware e Anti-Theft.

A maioria das suítes “Internet Security” comerciais para Windows costuma estender a proteção para dispositivos móveis, mas é possível encontrar boas opções gratuitas na Apple Store e Google Play (voltarei a isso mais adiante).

A maioria das pragas atuais age “na surdina”, já que, diferentemente dos vírus de antigamente, seu objetivo é roubar dados pessoais/confidenciais da vítima repassá-los aos cibercriminosos. Por isso, o usuário nem sempre percebe que seu aparelho está infectado, mas alguns sintomas são clássicos. Confira:

Se você abre o navegador e é direcionado automaticamente para um site suspeito, por exemplo, ou se banners e/ou janelinhas pop-up com anúncios de cassinos e conteúdo adulto pipocam de maneira recorrente e se recusam a fechar quando você toca no “x” vermelho, pode colocar as barbichas de molho.

Fique de olho no tráfego de dados; se o consumo for alto, mesmo quando você usa pouco a internet, alguma praga pode estar se servindo da sua conexão para mandar ou receber informações. E o mesmo vale para cobranças por serviços de SMS ou ligações que você não realizou.

É comum o smartphone esquentar durante uma chamada prolongada ou quando você joga ou assiste a vídeos, por exemplo. Mas desconfie se e quando ele aquecer sem estar executando nenhuma atividade que exija a fundo o processador.

Desconfie também de travamentos constantes, lentidão anormal na inicialização de aplicativos, consumo exagerado de memória (RAM), de espaço na memória interna do aparelho ou no SD Card. Redobre a atenção tem no caso de a carga da bateria se esgotar mais rapidamente do que de costuma, ou diante de mudanças da configuração que você não implementou no aparelho.

Programinhas mal-intencionados podem ser capazes de baixar apps sub-repticiamente. Portanto, fique de olho na sua bandeja de aplicativos; caso surjam itens que você não baixou, remova-os imediatamente.

Se chegar à conclusão (ou tiver motivos para suspeitar) de que seu smartphone foi infectado, a primeira coisa a fazer é instalar um aplicativo antivírus (ou antimalware, já que o vírus é apenas um dos muitos tipos de malware; para saber mais, acesse a sequência de 6 postagens iniciada por esta aqui). Mas isso já é assunto para o próximo post. Até lá.

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terça-feira, 6 de março de 2018

VÍRUS OU MALWARE? (Parte 4)


CHI TROPPO VUOLE, NULLA STRINGE.

Continuando de onde paramos no post anterior:

No léxico da informática, arquivo (ou ficheiro, como se diz em Portugal) designa um conjunto de informações representado por um ícone e identificado por um nome, um ponto (.) e uma extensão formada geralmente por três ou quatro caracteres alfanuméricos. Podemos rebatizar a maioria dos arquivos como bem entendermos, mas desde que mantenhamos a extensão, pois é com base nela que o sistema “sabe” quais aplicativos usar para manipular os ditos-cujos.

Os arquivos com extensão “.exe” são conhecidos como executáveis,  que costumam ser usados na instalação ou execução de softwares ou para juntar pequenos scripts ou macros em um só pacote ― daí eles poderem facilmente instalar vírusspywarestrojans ou outros malwares quaisquer.

Para evitar alterações indevidas da extensão durante a renomeação de arquivos, o Windows não exibe (na configuração padrão) os sufixos mais comuns. Mas isso pode induzir o usuário a erro ― como vimos na segunda parte desta sequência, um arquivo que exibe o nome Foto1.jpg, por exemplo, pode na verdade ser Foto1.jpg.exe, isto é, um executável disfarçado. E é aí que mora o perigo. 

Obervação: Para reverter essa configuração, abra a pasta Computador, clique em Arquivo > Opções > Modo de Exibição; no campo Configurações avançadas, localize e desmarque a opção “Ocultar as extensões dos tipos de arquivos conhecidos”.

O Brain, criado em 1986 por dois irmãos paquistaneses, é considerado o primeiro vírus eletrônico. Ele se espalhava através de disquetes e danificava o setor de boot (trilha zero) do disco rígido, impedindo a reinicialização do sistema. Em 1988, o indonésio Denny Yanuar Ramdhani desenvolveu uma ferramenta capaz de neutralizar essa praga e imunizar computadores contra vírus de boot. Surgia então o primeiro antivírus.

Ainda em 1988, a IMB lançou o primeiro “antivírus comercial”, sendo logo seguida por empresas como McAfeeSymantec e outras, todas de olho no filão que esse segmento de mercado viria a representar ― no início de 1989, apenas 9% das empresas americanas usavam ferramentas antivírus; no final daquele ano, o percentual já era de 63% (saiba mais sobre vírus e antivírus revendo a sequência “Antivírus, a história”, que eu publiquei em 2009; para acessar a primeira postagem da trilogia, clique aqui).

Os malwares agem em nível de software, ou seja, não danificam fisicamente o computador. A única exceção conhecida (pelo menos que eu saiba) é o CHERNOBYL, lançado em 1998, que sobrescrevia os dados do BIOS. Ele foi batizado assim por ter sido ativado no dia 26 de abril daquele ano ― data em que ocorreu o catastrófico acidente na usina nuclear homônima ―, mas também era conhecido como CIH (iniciais do nome do seu criador) e Spacefiller (devido a sua técnica de infecção).

Continua na próxima postagem.

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