AMIGOS VÊM E VÃO; INIMIGOS
SE ACUMULAM.
Uma versão resumida da história do antivírus
pode ser lida a partir desta postagem, de modo que seria
redundante repetir agora o que foi dito então. A título de introdução ao tema
alvo desta matéria, relembro apenas que as pragas
digitais atuais são diferentes das que existiam no alvorecer da computação
pessoal, quando os vírus
propriamente ditos é que aborreciam os usuários de PCs. Hoje em dia, preocupa-nos mais o spyware e suas variações, que,
tecnicamente, não são vírus e, a exemplo dos trojans, worms, rootkits, etc., são classificadas
genericamente como “malware” (aglutinação
dos temos “malicious software”).
O antivírus, tido e havido
como imprescindível nos anos 90 e na década passada, passou a ser visto como uma ferramenta ineficaz e obsoleto por monstros sagrados da programação, como John McAfee, que desenvolveu um dos primeiros antivírus comerciais.
Observação: Apenas para que o leitor tenha uma ideia, McAfee foi demitido da NASA porque passava as manhãs bebendo
uísque e consumindo grandes quantidades de cocaína, e parte das tardes dormindo
candidamente sobre a mesa de trabalho. Foi expulso da Northeast
Louisiana State University por transar com uma de suas alunas, e
da Univac de Bristol, no Tennessee, depois de ser
flagrado vendendo maconha (para saber mais sobre essa figura, assista ao filme Gringo: The Dangerous Life of John McAfee).
Hoje em dia a gente faz (quase tudo) pela internet, e os desktops e laptops cederam espaço para smartphones
e, em menor medida, para os tablets. Portanto, navegar na Web com esses dispositivos
(com qualquer dispositivo, melhor dizendo) sem um arsenal de defesa responsável é dar sopa para o azar.
As pragas
digitais voltadas à plataforma Windows, que perfaziam algumas dezenas de milhares na virada do século, já
passam dos milhões. Segundo levantamento feito pela Panda Security, 220 mil
novos malwares são criados todos os dias. Para sistemas móveis, como o Android e o iOS, esse número é bem menor, mas vem crescendo exponencialmente. No
caso específico do Android, que controla
a esmagadora maioria de smartphones
e tablets em todo o mundo, a quantidade de programinhas maliciosos aumentou 3300% de 2008 a 2104, e ainda que seja mais comum a infecção decorrer
da instalação de apps contaminados (detalhes na postagem anterior), convém por as barbichas de molho.
Se você usa o smartphone em tarefas que costumava realizar no
computador ― como acessar redes sociais, gerenciar correio eletrônico, fazer
compras online e transações via netbanking e por aí afora ―, proteja o aparelho com uma boa suíte de segurança. Talvez elas não sejam 100% eficazes e beirem a obsolescência, mas são a única
opção enquanto nada de novo despontar no horizonte.
A oferta de antivírus e afins para dispositivos móveis é bem menor do que para PCs, mas há dúzias de opções (tanto pagas quanto gratuitas),
algumas das quais já consagradas no mercado voltado a desktops e notebooks, o
que agrega confiabilidade ao produto. Para não encompridar demais esta conversa, minhas sugestões ficam para a próxima postagem. Bom feriadão a todos e até lá.
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