TODA NULIDADE
TEM OUTRA, AINDA MAIOR, QUE A ADMIRA.
No dia 10 de março, Michel Temer inaugurou o eixo leste da
transposição das águas do Rio São Francisco. Enciumado, Lula baixou por lá no último domingo para reivindicar a paternidade
da obra. Na discurseira que abrilhantou mais um comício ilegal, garantiu que é
o pai da transposição. A mãe é Dilma
Rousseff, esclareceu.
Nem precisa perder tempo com exame
de DNA. Pelo menos cinco marcas de nascença confirmam aos berros que o filhote
é a cara de Lula:
1. CRONOGRAMA VIGARISTA: Em 2007, quando as obras começaram, o então presidente jurou que seriam
concluídas em 2010. Na conta de quem deve ser debitado o atraso de sete anos?
2. ORÇAMENTO FALSIFICADO: O custo original do projeto foi orçado em R$ 8,5 bilhões (em dinheiro de
hoje). A gastança subiu para R$ 9,6 bilhões. Ninguém explicou até agora a
diferença multimilionária.
3. SUPERFATURAMENTO: Apenas em licitações, o Tribunal de Contas da União já identificou um
sobrepreço que vai chegando a R$ 720 milhões. Quem embolsou a fortuna?
4. INDENIZAÇÕES ILEGAIS: Só em desapropriações, o TCU calculou em 2012 que as indenizações
totalizavam R$ 69 milhões, quantia que ultrapassa amplamente limites fixados
como referência pelo Incra.
5. DESVIO DE VERBAS: As obras envolveram 90 empreiteiras. Ninguém sabe dizer por que foram
tantas. A Delta, a OAS e a Galvão Engenharia lideraram um grupo de empresas (todas atoladas no
Petrolão) que engoliu mais de R$ 200 milhões em dois lotes das obras do eixo
leste.
No palavrório de domingo, o
candidato a Dom Pedro III repetiu
que Michel Temer não tem nada a ver
com a obra que inaugurou. Cabe a Lula,
portanto, esclarecer os casos de polícia em que se meteu às margens do São
Francisco. O pai da transposição é
também o parteiro da ladroagem fluvial.
Com Augusto Nunes em Veja.com
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