Conforme ÉPOCA revelou no ano passado, Lula fazia lobby para a ODEBRECHT sob
o pretexto de palestras, valendo-se do status de ex-presidente para viabilizar
obras fora do país bancadas pelo banco estatal. Agora, uma nova matéria traz novidades
sobre o assunto ― que eu não vou reproduzir aqui, até porque basta seguir o
link para ler a íntegra da reportagem (vale a pena
conferir).
Seguindo adiante: Conforme
VEJA antecipou na semana passada, Lula
e seu sobrinho torto Taiguara Rodrigues
dos Santos foram indiciados
pela Polícia Federal. Durante as
buscas e apreensões realizadas em maio passado, foi encontrado um contrato que
faz referência a um acordo firmado entre a empresa de Taiguara e a Uno (União
Nacional dos Eventos e Outdoor e a Três Meios), objetivando a “intermediação (...) de relação comercial a
ser viabilizada entre a segunda contratante (UNO) e o Partido dos Trabalhadores
para a realização de campanhas publicitárias eleitorais em mídia exterior para
campanhas políticas para as eleições de 2010”. De acordo com a PF, a
empresa do sobrinho do petralha receberia, em troca da intermediação, cerca de
20% do faturamento obtido pela real prestadora de serviços para o PT. Preocupado com a situação de Taiguara, “titio” pediu ao deputado federal petista Paulo Teixeira que prestasse
assistência jurídica ao rapaz. O parlamentar indicou o criminalista Roberto Podval, que topou trabalhar de
graça para ajudar Taiguara, e a
estratégia deu certo, ao menos por enquanto: o sobrinho de Lula, que iria prestar um novo depoimento à PF, resolveu ficar em silêncio.
Em outra matéria (publicada ontem, 6),
VEJA informa que o ministro Teori Zavascki, relator dos processos
da Lava-Jato no STF, atendeu ao pedido da PGR e fatiou o inquérito que apura a
formação de quadrilha no esquema do petrolão ― chamado pelos investigadores de
“quadrilhão”. Com a decisão, Lula passa a ser alvo de investigação,
juntamente com outros políticos do PT e do PMDB, e o inquérito, que tinha 39
investigados, passa agora a ter 66.
Na cúpula petista, além do ex-presidente, Janot afirma haver provas do
envolvimento dos ex-ministros Edinho
Silva (Comunicação Social), Ricardo
Berzoini (Secretaria de Governo), do ex-chefe da Casa Civil Jaques Wagner, além do ex-ministro Antonio Palocci, da ex-ministra Erenice Guerra, do ex-líder do governo
no Senado Delcídio do Amaral, do
ex-chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, do pecuarista e amigo de
Lula, José Carlos Bumlai, do presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto, e do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli (todos, como se vê, todos integrantes da mais
fina flor da petelândia).
“No âmbito dos
membros do PT, os novos elementos probatórios indicam uma atuação da
organização criminosa de forma verticalizada, com um alcance bem mais amplo do
que se imagina no início e com uma enorme concentração de poder nos chefes da
organização: Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jacques Wagner, Delcídio do Amaral”,
disse o procurador-geral Rodrigo Janot,
segundo o qual havia um conluio comandado e articulado por políticos, que
atuavam em um esquema de propinas, desvio de dinheiro público, financiamento
ilegal de campanhas e enriquecimento ilícito com o objetivo de “garantir a perpetuação no poder”. No
âmbito do núcleo do PT, a
organização, ao que tudo indica, era especialmente voltada à arrecadação de
valores ilícitos, por meio de doações oficiais ao Diretório Nacional, que,
posteriormente, fazia os repasses de acordo com a conveniência da organização
criminosa.
Entre os peemedebistas, o chefe do MP alega haver uma
divisão no partido entre Câmara dos Deputados e Senado Federal e indica que
precisam ser investigados Eduardo Cunha,
o ex-ministro do Turismo Henrique Alves,
os deputados Alexandre dos Santos, Altineu Cortes, André Moura, Arnaldo Faria
de Sá, Carlos William, João Magalhães, Manoel Junior, Nelson
Bornier e a atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida ― todos aliados de Cunha. No núcleo do PMDB do
Senado as provas indicam haver evidências da participação do senador Jader Barbalho, do ex-ministro de Minas
e Energia Silas Rondeau, dos
lobistas Milton Lyra e Jorge Luz, além de Sérgio Machado, ex-presidente da
Transpetro. “Estes
dois grupos, embora vinculados ao mesmo partido, ao que parece, atuam de forma
autônoma, tanto em relação às indicações políticas para compor cargos
relevantes no governo quanto na destinação de propina arrecadada a partir dos
negócios escusos firmados no âmbito daquelas indicações”, disse Janot.
O Partido Progressista, que tem o maior número de
parlamentares já investigados no escândalo do petrolão, também teve nomes
citados no novo pedido de ampliação do inquérito sobre a Lava-Jato. O procurador-geral disse ao Supremo que devem ser
incluídos na investigação sobre a quadrilha que atuava no propinoduto da
Petrobras os deputados federais Eduardo
da Fonte e Aguinaldo Ribeiro. E
o pior é que políticos desse naipe são os que vão debater e votar, no Congresso, as tão necessárias medidas anticorrupção. Para mim, isso é o mesmo
que colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.
Enfim, por essas e outras que o PT (para não dizer a classe política em geral) marcha
inexoravelmente rumo à lata de lixo da história. Não é partido ferido, anêmico
ou doente terminal, mas um partido morto, que jamais se livrará da pecha de
corrupto. Volto a lembrar que seu líder máximo e fundador, o ex-presidente Lula, já é réu em três inquéritos
criminais, além responder a outros cinco. E o resultado se viu nas eleições do
último domingo, e provavelmente se repetirá em 2018.
A convicção de que o PT
e seus integrantes são corruptos e coniventes com práticas criminosas é compartilhada por pelo menos 80%
da população brasileira, e isso tende a se acentuar ainda mais, à medida que
novos fatos venham à tona e novos membros dessa fação criminosa sejam
indiciados e presos. Alguns defensores fanáticos ainda pregam que a legenda deve
renascer a partir do trabalho junto aos jovens, mas, quando usam o termo "renascer", atestam que o partido
está morto, e que o passar do tempo só vai torná-lo um cadáver ainda mais
fétido e insuportável.