O VOTO NULO É INÚTIL APENAS PARA OS POLÍTICOS CORRUPTOS, POIS É A VOZ DO POVO TENTANDO
SE MOBILIZAR CONTRA O SISTEMA.
Toda máquina depende de manutenções regulares para funcionar
adequadamente, e o computador não é exceção. O hardware é menos exigente, embora seja importante manter a tela do
monitor sempre limpa, as ranhuras de ventilação do gabinete desobstruídas e o
teclado livre de poeira, cabelos, farelos de bolacha e outros elementos
“estranhos” (segundo o Dr. Bactéria, diretor técnico da Microbiotécnica, teclados
de computador tendem a acumular mais germes do que tampas de vasos sanitários).
Mouses ópticos dispensam maiores cuidados; os modelos antigos, de esfera,
costumavam ficar erráticos devido ao acúmulo de sujeira na cavidade da bolinha.
Mas nem por isso devemos deixar de limpar o diligente ratinho com um pano seco,
ou levemente umedecido, se necessário.
Claro que uma faxina em regra
vai bem além disso. O lado bom da história é que você não precisa se dar a esse
trabalho mais que uma ou duas vezes por ano, e que, no caso dos tradicionais desktops (PCs de mesa), basta um pouco
de habilidade, um pincel de cerdas antiestáticas e um micro aspirador de pó
(para mais detalhes, clique aqui). Nos notebooks,
todavia, a coisa é mais complicada, já desmontar esses aparelhos requer
ferramental adequado e expertise que transcende a esfera de conhecimentos da
maioria dos usuários, razão pela qual o trabalho deve ser feito numa
assistência técnica ou um computer guy
de confiança). Mesmo assim, você fazer uma meia-sola responsável seguindo as
dicas desta
postagem.
O software, por sua vez, requer manutenções bem mais frequentes, mas
que (felizmente) podem ser levadas a efeito pelo próprio usuário. O problema é
que, embora ofereça ferramentas nativas para limpeza, correção de erros e
desfragmentação do HDD, o Windows
não conta com um utilitário que atue sobre o Registro (a “espinha dorsal” do sistema), e manter saudável
esse formidável banco de dados é fundamental para a estabilidade e a
performance do computador. Faxiná-lo manualmente seria inconcebível, e
desfragmentá-lo “na unha”, impossível, de modo que o jeito é recorrer a
ferramentas de terceiros.
Além de eliminar arquivos
inúteis e traços da navegação, facilitar o gerenciamento da inicialização do
sistema e dos plugins do navegador, desinstalar aplicativos, e ― o que eu acho
muito importante ― permitir a exclusão de pontos de restauração
individualmente, o renomado CCleaner,
da Piriform, analisa o Registro e apaga chaves inválidas,
entradas desnecessárias e coisa e tal. Pena que não complemente o serviço com
uma desejável desfragmentação (pelo menos na versão freeware). Para saber mais
sobre esse excelente programa, leia a sequência de postagens iniciada por esta
aqui.
O Advanced
System Care, da IOBit, também é pródigo em funções (e
como!). Seu desinstalador de aplicativos é excelente, pois, faz uma varredura
no sistema e remove a maioria dos resíduos que a ferramenta nativa do Windows
deixa para trás. Quanto ao Registro,
a versão gratuita faz a desfragmentação, mas o módulo de limpeza só está
disponível na opção paga. Por conta disso, o Glary Utilities é uma das minhas suítes de manutenção preferidas: ele
conta com 39 funções, distribuídas em 11 categorias ― como você pode conferir neste artigo ―, dentre as quais módulos que tanto limpam quanto
desfragmentam o Registro. Mesmo
assim, eu não abro mão do Wise Registry
Cleaner, que considero imbatível. Ele integra a excelente suíte Wise Care 365, mas também é disponibilizado separadamente (e de
graça, como você pode conferir seguindo este link).
Outra suíte muito bacana é o Tuning Pro, da conceituada empresa
alemã Steganos, que otimiza o
computador de maneira simples e eficiente e mantém o desempenho nos trinques.
Mas isso já é assunto para a próxima postagem.
O MITO DESNUDADO
A autodeclarada alma
viva mais honesta do Brasil não passa de um mentiroso contumaz, mas com uma
capacidade de enganar digna dos melhores ilusionistas do planeta. Daí se ter transformado
num mito ― aura que ainda conserva perante esquerdistas de sinapses estreitas e
fidelidade canina, para quem sua recondução ao Palácio do Planalto é a única
maneira de salvar do “fogo do inferno” a que fomos condenados pelas nefastas
gestões petistas. Para essa caterva de admiradores insensatos, a retórica
populista grassa sem trela, enquanto a mente permanece imune aos fatos e
impermeável a argumentos racionais. Como bem disse o cantor e compositor Lobão, discutir política com petista é como jogar xadrez com pombo: ele
derruba as peças, caga por todo o tabuleiro e ainda sai de peito estufado,
cantando vitória.
Nem mesmo a narrativa de Lula sobre o acidente que o tornou eneadáctilo resiste a uma análise mais detalhada. Resumidamente, as
chances de alguém perder o dedinho operando um torno mecânico são inexpressivas,
mas ficam próximas de zero no caso de um operador
destro ― e Lula é destro ―, perder justamente o dedo mínimo da mão esquerda.
Vale a pena conferir o que diz a respeito o ex-engenheiro
sênior da CSN e especialista em
metalurgia de produção Lewton Verri, que conheceu os ex-metalúrgico na década de
70 e o tem na conta de um sindicalista
predador e malandro, que traía os “cumpanhêros” começando e encerrando greves
para ganhar dinheiro em acordos espúrios (se quiser mais detalhes,
clique aqui para acessar uma postagem que
revolve mais a fundo as vísceras desse caso espúrio).
Golbery do Couto e
Silva ― ex-chefe da Casa Civil em dois governos militares e arquiteto da
“abertura lenta e gradual” ― teria dito a Emílio
Odebrecht que Lula nada tinha de
esquerda e que não passava de um “bon
vivant”. E o tempo demonstrou quão acurada foi era essa avaliação: Lula jamais foi o que a construção de
sua imagem pretendia que fosse, e sim alguém
avesso ao trabalho, que vive de privilégios e mordomias conquistados através de
contatos proveitosos e a poder da total ausência daquele conjunto de valores
éticos e morais que permitem distinguir o aceitável do inaceitável.
Só que está cada vez mais difícil ― até mesmo para um
embusteiro do quilate do petralha ― vender a imagem do retirante nordestino que
virou metalúrgico, tornou-se sindicalista e entrou para a política para
combater as injustiças e desigualdades e lutar pelos fracos e oprimidos.
Parafraseando Rodrigo Constantino, o
Lula que iluminava o mundo quando
abria a boca era o fantasma de Marilena
Chauí ― “filósofa” para quem Moro foi “treinado” pelo FBI, a Lava-Jato tem a missão de “tirar o pré-sal dos brasileiros”, o mar
de lama em que o PT mergulhou não
passa de miragem e outras asnices que eu prefiro nem mencionar.
O Lula que emerge
das delações da Odebrecht, desnudado
da roupagem de mito, de pai dos pobres, de salvador da pátria, é um prestador de serviços a corporações
corruptas de todos os matizes e origens em troca dos prazeres da boa vida,
entre os quais a delícia de desfrutar do poder de maneira indecorosa e ainda se
passar por político habilidoso, honesto e provido de um senso de justiça social
sem paradigma na história deste país. A mais recente de suas fábulas é a
candidatara à presidência em 2018 ― para o Brasil “voltar a ser feliz”, segundo
ele e seus acólitos. Como bem disse Dora
Kramer, isso seria puro delírio, não fosse fruto da tentativa de emprestar
cunho político ao que pertence ao universo criminal.
O truque é velho e não chega a surpreender, mas causa
espécie pela facilidade com que, mais uma vez, Lula consegue vender seu peixe: seus incorrigíveis admiradores,
defensores, baba-ovos e assemelhados falam a candidatura como se ela fosse
perfeitamente possível do ponto de vista legal e factível sob o aspecto
político-eleitoral. Mesmo depois do depoimento de Leo Pinheiro, que costumava privar da intimidade do molusco abjeto
e sentar-se com ele para degustar uma cachacinha, tomar umas cervejas (daí o
codinome de Lula na OAS ser “Brahma”) e ouvir ― e testemunhar ― suas histórias mais íntimas. Na
última quinta-feira, o empreiteiro disse ao juiz Moro que a cobertura tríplex do Ed. Solaris ― cuja propriedade Lula
nega de mãos postas e pés juntos ― permaneceu em nome da construtora a pedido
dos asseclas Okamoto e Vaccari; que a transferência seria
feita posteriormente “para alguém que o presidente determinasse ou para a
família dele mesmo”; que Lula o
mandou destruir qualquer tipo de documento que evidenciasse o pagamento do
imóvel pelo ex-tesoureiro petista João
Vaccari com dinheiro proveniente de propinas (segundo a ISTOÉ, o “presente” fez parte dos R$ 87,6 milhões que a OAS pagou ao partido de Lula em troca dos R$ 6,7 bilhões em obras realizadas entre 2003 e 2015). Demais
disso, Pinheiro deixou claro sua
disposição de apresentar fatos e provas que dariam à Lava-Jato mais um ano de
trabalho (vale lembrar que o acordo de colaboração do empresário com o MPF foi suspenso por Rodrigo Janot, no final do ano passado,
depois que Veja noticiou um suposto
envolvimento da OAS numa reforma
executada na casa do ministro do Supremo Dias
Toffoli).
O resto fica para a próxima; abraços e até lá.
Confira minhas atualizações diárias sobre
política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/