sexta-feira, 5 de agosto de 2016

VÍRUS ― VOCÊ SABIA? (final)

SÓ O ROSTO É INDECENTE. DO PESCOÇO PARA BAIXO PODIA-SE ANDAR NU.

Como vimos, o vírus THE CREEPER é considerado o precursor dos antivírus, mas o primeiro programa comercial dessa natureza foi desenvolvido pela IBM e lançado em 1988 ― aliás, a empresa foi logo seguida pela Symantec, McAfee e outros desenvolvedores de aplicativos de segurança, que se multiplicaram a partir da virada do século. Todavia, alguns anos antes o indonésio Denny Yanuar Ramdhani havia desenvolvido um programa destinado a imunizar sistemas contra o vírus de boot paquistanês “Brain”, que é considerado por uma ala dos especialistas em segurança digital como o primeiro antivírus da história.

Note o leitor que pragas eletrônicas não são coisas sobrenaturais ou prodígios de magia, mas simples programas capazes de executar instruções maliciosas e/ou potencialmente destrutivas. Em princípio, qualquer software atende aos desígnios de seu criador, que tanto pode programá-lo para interagir com o usuário através de uma interface quanto para realizar automática e sub-repticiamente as mais variadas tarefas.

De uns tempos a esta parte, a maioria dos antivírus deixou de trabalhar apenas com “assinaturas” (trechos específicos do código das pragas a partir dos quais o programa identifica arquivos possivelmente infectados; daí a importância de se manter a licença em dia e as definições atualizadas) e passou a se basear também em técnicas que permitem identificar vírus desconhecidos com base em seu “comportamento” (tais como Heurística, HIPS e outras mais). Alguns até “mesclam” a proteção residente com serviços na nuvem (atualizados em tempo real), permitindo ao usuário usufruir do melhor desses dois mundos.

Retomando o fio da meada, um dos malwares de maior destaque, no finalzinho do século passado, foi o vírus de macro Melissa. Essa praga se alastrou pelo mundo bem mais rapidamente que as predecessoras ― para que você tenha uma ideia, a primeira notícia na mídia especializada relatando os estragos foi publicada apenas seis horas depois de ela ter sido detectada pela primeira vez. O Melissa foi escrito especificamente para o Word 97, e, quando ativado, se espalhava através de anexos de emails enviados a partir do Outlook, sem o conhecimento do usuário e, em muitos casos, com dados pessoais/confidenciais do mesmo.

Depois de muita relutância, os internautas parecem ter se conscientizado da necessidade de investir em segurança, o que contribuiu para o surgimento de um vasto leque de ferramentas, inclusive gratuitas, muitas das quais, atualmente, são tão competentes quanto suas correspondentes pagas. Quem já usava PCs nos primeiros anos deste século deve estar lembrado do sucesso retumbante das versões gratuitas dos antivírus AVG e AVAST, que até hoje são excelentes escolhas ― ou eram, melhor dizendo, já que a AVAST Software acabou de comprar a AVG Technologies pela bagatela de US$ 1,3 bilhão, incorporando à sua carteira cerca 400 milhões de usuários da ferramenta da (ex) concorrente.

Observação: Corre à boca pequena que a gigante dos microchips (INTEL) pretende se desfazer da sua divisão de segurança e pôr à venda a McAfee, que adquiriu em 2010 por US$ 7,7 bilhões. Também há poucos dias foi divulgado que a Symantec ― fabricante dos conceituados produtos NORTON ― está negociando a compra da BLUE COAT por US$ 4,65 bilhões, visando fortalecer seu portfólio de ferramentas de segurança e ajudar os clientes a rumarem para Cloud. A aquisição deve ser formalizada ainda no terceiro trimestre deste ano.

Como dito alhures, do ponto de vista da segurança dos dados, é fundamental contar com uma boa suíte antimalware, capaz de proteger o sistema não só contra vírus, mas também contra spywares, adwares, phishing-scam, além de integrar um firewall robusto. Aliás, esse é um dos principais diferenciais das suítes comerciais em relação às gratuitas, geralmente mais espartanas. E ainda que seja possível suprir as lacunas com programinhas individuais ― ou mesmo “se virar” com as ferramentas disponibilizadas gratuitamente pela Microsoft (como o Windows Firewall, o Security Essentials e o Windows Defender) ―, eu recomendo uma suíte paga. Até porque não faltam boas opções a preços acessíveis, com condições especiais para quem for instalá-las em mais de um PC e/ou no smartphone e/ou no tablet.

Segundo o conceituado site AV COMPARATIVES, que testou os antivírus mais populares numa máquina com Windows 7 Home Premium 64 bits SP1 com todas as atualizações críticas e de segurança instaladas, a ferramenta que se saiu melhor, tanto na proteção em tempo real quanto na remoção de pragas, foi a da empresa russa Kaspersky ― que também se destacou por não acusar falsos positivos. Claro que preferências pessoais, facilidade de uso e outras questões subjetivas também têm seu peso, mas, considerando que a maioria dos fabricantes permite fazer um “test drive” de seus produtos antes de registrá-los, não há porque você não aproveitar.

Para encerrar, vale relembrar que podemos (e devemos) obter uma segunda opinião sobre a saúde do sistema com serviços baseados na Web, como o Security Scanner (da Microsoft), o ESET Online Scanner, o House Call Free Online Virus Scan (da TrendMicro) e o Norton Security Scan (da Symantec) ― todos são gratuitos e eficientes, mas nenhum deles o desobriga de manter um antivírus residente operante e devidamente atualizado. Também é uma boa ideia baixar e instalar a versão freeware do consagrado Malwarebytes Antimalware, que, por não oferecer proteção em tempo real, não conflita com o antivírus residente.  

E para dirimir possíveis dúvidas sobre um arquivo específico, o Virus Total é sopa no mel: basta fazer o upload do arquivo duvidoso e aguardar o resultado da análise, que é feita com mais de 50 ferramentas de segurança dos mais diversos fabricantes.

E como hoje é sexta-feira:

Há alguns anos, perguntado por um repórter se as belíssimas jovens com quem era
frequentemente visto gostavam realmente dele, Olacyr de Moraes - o bilionário octogenário Rei da Soja - respondeu:
- Quando vou ao restaurante e peço uma lagosta, a menor das minhas preocupações é se ela gosta de mim; eu simplesmente como, pago a conta e ponto final.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado. Bom f.d.s. a todos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

VÍRUS ― VOCÊ SABIA? (parte 2)

NÃO EXISTE TRABALHO RUIM; RUIM É TER DE TRABALHAR.

Segurança absoluta na Web é conversa para boi dormir, mas o risco é bem maior quando não se dispõe de um arsenal de segurança responsável no  PC, tablet ou smartphone. Entretanto, nem mesmo as melhores suítes de segurança disponíveis no mercado conseguem ser “idiot proof” a ponto de proteger o usuário de si mesmo, razão pela qual é fundamental atentar pra algumas regrinhas básicas, tais como, manter sistema e programas sempre atualizados, evitar abrir anexos de email de origem suspeita, jamais clicar em links trazidos por mensagens de correio eletrônico ou disponibilizados em redes sociais e janelinhas pop-up ― não raro, estas últimas exibem anúncios atraentes, visando ludibriar os internautas menos esclarecidos. Para saber mais, digite segurança na caixa de pesquisas aqui do Blog e tecle Enter.

Observação: Note que você pode ser vítima de um código malicioso sem nem mesmo baixar e instalar qualquer aplicativo. Em alguns casos, basta acessar um webpage maliciosa ― ou mesmo uma página legítima que tenha sido “sequestrada” pela bandidagem digital ― para que a caca esteja feita.

Cumprindo agora o prometido na postagem anterior, veremos alguns vírus criados na pré-história da computação pessoal, que, por essa ou aquela razão, ganharam maior notoriedade. Vale lembrar que a classificação dessas pragas varia conforme a fonte, e que outros códigos maliciosos criados nos primórdios da informática não se destacaram o suficiente para justificar sua inclusão nesta despretensiosa matéria. Dito isso, sigamos adiante.

O BRAIN, criado por dois irmãos paquistaneses em 1986, é considerado por muitos o primeiro vírus para PCs. Embora tenha sido desenvolvido originalmente para identificar cópias piratas que rodavam no Apple II, ele foi posteriormente compatibilizado com o DOS, quando então incorporou características de código malicioso. Mas há quem aposte no vírus THE CREEPER  ― criado por Bob Thomas em 1971, que exibia no monitor do computador infectado a mensagem IM THE CREEPER, CATCH ME IF YOU CAN (eu sou assustador, pegue-me se for capaz), pulava para outro sistema e repetia o mesmo procedimento. Mais adiante,  THE REAPERo ceifeiro, numa tradução livre ― foi desenvolvido com a finalidade precípua de eliminar THE CREEPER das máquinas infectadas, e por isso é considerado o precursor dos programas antivírus.

Nos anos 1980, o Leste Europeu ― com destaque para países da URSS ― foi um verdadeiro criadouro de vírus informáticos. Lá nasceram o YANKEE DOODLE ― que aporrinhava os usuários de computador reproduzindo uma versão esganiçada da música de mesmo nome ―, o DEN ZUK ― que trocava o nome do disco rígido para Y.C.I.E.R.P. ―, o JERUSALEM ― que ameaçava apagar os dados do HD (mas não apagava) ― e várias outras pragas incomodativas, mas inofensivas, pelo menos até o surgimento do destrutivo CASINO, em janeiro de 1991. Essa praga transferia a FAT (tabela de alocação de arquivos) do HD para a memória RAM (apagando a original no disco) e forçava o usuário a participar de um jogo para salvar seus arquivos. Uma vez desligado, o PC só voltava a funcionar depois que o sistema fosse reinstalado (o que invariavelmente acabava acontecendo). Até hoje não se sabe ao certo quem criou esse vírus, mas sabe-se que ele aporrinhou um bocado de gente.

Entre o final da década de 80 e início dos anos 1990, o CASCADE aterrorizou muitos usuários do DOS “implodindo” o sistema ― ele fazia com que os caracteres desabassem até a borda inferior da tela, inviabilizando o funcionamento do computador. Na mesma época, o MADMAN também assustou muita gente, exibindo uma imagem formada pelos olhos semicerrados de um homem de rosto vermelho (vide figura que ilustra o post), seguida dos dizeres: NADA PODE SALVÁ-LO, AMIGO. AGORA VOCÊ ESTÁ EM MEU MUNDO. Para piorar, qualquer tentativa de remover a praga resultava em outra mensagem, onde se lia: EU ESTOU VENDO VOCÊ. Mas as consequências não iam muito além disso.

Outras pestes eletrônicas assustadoras que surgiram no início dos anos 1990 foram a AIDS ― que apresentava uma mensagem de boas-vindas arrepiante e informava a vítima de que seu sistema tinha sido infectado com o vírus da AIDS ―, a TEQUILA ― que infectava os arquivos executáveis do DOS e exibia uma figura geométrica complexa com uma mensagem que prometia cerveja e tequila ao usuário que seguisse clicando ― e a KU-KU ―, que exibia pontos multicoloridos que iam preenchendo progressivamente a tela. Em 1998, o CHERNOBYL ― talvez o único vírus conhecido capaz de atuar sobre o hardware ― sobrescrevia os dados do BIOS, impedindo a reinicialização do computador. Ele ganhou esse nome por ter sido ativado no dia 26 de abril daquele ano ― data em que ocorreu o catastrófico acidente na usina nuclear ucraniana homônima ―, embora fosse também chamado de CIH (iniciais do nome do seu criador) e Spacefiller (devido a sua técnica de infecção).

No apagar das luzes do século XX, o Melissa ― vírus de macro escrito para o MS Word 97 ― “chegou arrebentando”, mas vamos deixar para falar dele na próxima postagem, que esta já está grande demais. Abraços e até lá. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

VÍRUS DE COMPUTADOR ― VOCÊ SABIA?

PATRÃO FORA, DIA SANTO NA LOJA.

Se você acha que os vírus de computador surgiram com a popularização da internet, saiba que existem registros teóricos de programas capazes de se autorreplicar que remontam a meados do século passado. Claro que, naquela época, eles não eram conhecidos como “vírus” ― nome que eles ganhariam somente três décadas mais tarde, por conta de semelhanças com seus correspondentes biológicos, tais como precisar de um hospedeiro, serem capazes de se autorreplicar, de se esconder no sistema infectado e de contaminar outros computadores.

De início, a maioria dos códigos maliciosos não passava de “brincadeiras” de programadores perversos, que se divertiam criando e disseminando programinhas que exibiam mensagens engraçadas ou obscenas e/ou reproduziam sons inusitados ou assustadores (vale lembrar que um vírus, em si, não é necessariamente um programa destrutivo, ao passo que um programa destrutivo, em si, não é necessariamente um vírus). No entanto, eles logo passaram a realizar ações nocivas, como apagar dados, inviabilizar a execução de alguns programas ou sobrescrever o disco rígido do PC infetado. Mesmo assim, com raríssimas exceções, seus efeitos se limitavam ao âmbito do software, e bastava reinstalar o sistema para tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Depois de cunhado, o termo vírus passou a ser largamente utilizado para designar (incorretamente) os worms, trojans, spywares e toda sorte de códigos nocivos, um engano perdoável quando cometido por leigos, mas não em matérias de jornais, revistas de informática e sites de tecnologia. Em vista disso, convencionou-se usar o termo malware ― acrônimo formado a partir de “malicious software” (programa malicioso) ― para referenciar, indistintamente, qualquer praga digital, aí incluídos os próprios vírus.

Não vou discorrer aqui (outra vez) sobre as diversas categorias em que se subdividem os malwares em geral e os vírus em especial, mas apenas relembrar que estes últimos, pelo menos nos moldes convencionais, cederam a vez para os spywares e afins (trojans, keyloggers, hijackers, ransomwares, etc.), que garimpam informações confidenciais da vítima (senhas bancárias, números de cartões de crédito, etc.) e as repassam aos malfeitores de plantão, que as utilizam em seus golpes espúrios.

A título de curiosidade (ou de cultura inútil, como certamente dirão alguns), eu pensei em relembrar algumas pragas notórias, mas, para não desestimular o leitor com um texto longo demais, vou deixar isso para o próximo post. Abraços a todos e até lá.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

REVISITANDO O MOUSE

NÃO É PRECISO ABOLIR OS MILAGRES PARA TER A CIÊNCIA.

Criado no início da década de 1960, o mouse ganhou esse apelido devido ao longo fio elétrico que o conectava ao computador torná-lo semelhante a um camundongo. Todavia, o diligente ratinho só passou a mostrar a que veio com o surgimento das interfaces gráficas (costa que o Macintosh, desenvolvido pela Apple no início dos anos 1980, teria sido o primeiro computador pessoal a utilizar um mouse).

A despeito de ter evoluído significativo no último meio século, o mouse convencional mantém basicamente as mesmas características do modelo criado originalmente pela IBM, e até alguns anos atrás a maioria dos computadores usava dispositivos nos quais os movimentos de uma bolinha de borracha giram os eixos (ou roletes) existentes no interior da cavidade, gerando sinais que são interpretados pelos circuitos lógicos e transformados em movimentos do cursor na tela do monitor.

Você dificilmente irá encontrar um mouse “de esfera” à venda no mercado, a não ser em antiquários da informática, pois essa tecnologia foi aposentada pelos modelos ópticos, que “fotografam” a área de varredura milhares de vezes por segundo e traduzem os movimentos na tela de forma mais precisa, tornando seu uso bem mais confortável, tanto em games quanto em aplicações convencionais. 

Embora seja possível operar normalmente um PC sem o mouse, essa prática requer habilidade e memorização de atalhos de teclado, o que a torna trabalhosa e desconfortável para a maioria dos usuários comuns. Por isso, era fundamental manter o ratinho em perfeitas condições de funcionamento. Os modelos de esfera, a poeira e outros resíduos de sujeira (tais como fiapos de tecidos, fios de cabelo e outros que tais) que se acumulavam na bolinha e nos roletes tornavam errático o movimento do cursor na tela, e a solução era abrir a portinhola existente na base do dispositivo e fazer uma faxina em regra.

Já os modelos ópticos ― que ainda são largamente utilizados ― não têm portinhas, bolinhas ou roletes. Basta você mantê-los limpos externamente ― especialmente a base do dispositivo, onde fica a lente da leitora óptica ―, mas tenha em mente que problemas podem ocorrer devido a mau contato nos botões, no fio ou no plugue que conecta ao computador.

Um mouse básico, com conexão USB, dois botões (esquerdo e direito) e aquela tradicional “rodinha” entre eles (conhecida como scroll, que serve basicamente para “rolar” a tela) custa a partir de R$ 10 em papelarias, hipermercados, grandes magazines e lojas de suprimento para informática (ou até menos, conforme a marca e o modelo). Daí porque não faz sentido a gente perder tempo com dicas para resolver problemas de mau contato nos botões, fio, conector e que tais. Pifou, é trocar e um abraço. 

Nos (cada vez mais populares) notebooks e tablets, o mouse se tornou obsoleto, pois os comandos a ele associados são feitos através do touchpad e da touch screen (tela sensível ao toque), respectivamente. No entanto, se você não abre mão de um PC de mesa convencional (ou usa um note, mas não se dá bem com o touchpad), terá de substituir o mouse de tempos em tempos. Em sendo o caso, não se balize unicamente pelo preço (baixo), pelo formato curioso ou "engraçadinho", nem tampouco pela profusão de botões e recursos adicionais ― que dão trabalho para programar e que você dificilmente irá usar (a não ser que seja fã de games, mas aí você certamente irá preferir um bom Joystick).

A título de curiosidade, alguns modelos, como o que aparece à esquerda na imagem que ilustra esta matéria, custam mais de R$ 1 mil, e o da direita, feito de ouro 18 quilates e tido como o mais caro do mundo, cerca de R$ 140 mil. Não obstante, você encontra mouses ópticos wireless bastante satisfatórios por preços a partir de R$ 50. Eu, particularmente, prefiro os produtos da Microsoft (seus conjuntos de mouse e teclado sem fio são caros, mas imbatíveis), embora fabricantes como Genius, Leadership e Logitech ofereçam excelentes opções por preços mais palatáveis.

Quanto à interface, há muito tempo que o jurássico padrão DB-9 deu lugar ao PS/2 (ou mini-DIN), que, mais adiante, cedeu espapaço ao USB. Mesmo que seja possível plugar qualquer modelo usando o adaptador correspondente, eu recomendo escolher o padrão correspondente ao conector disponível no seu computador e compatível com seu sistema operacional (hoje em dia, quase todos são compatíveis com quase tudo, mas ainda assim...). As versões anuras (wireless) são mais caras e dependem de pilhas ou baterias para funcionar, o que aumenta o custo no longo prazo, mas proporcionam mais conforto e reduzem a incomodativa macarronada de fios e cabos que se derrama sobre a mesa de trabalho. 

Não custa lembrar que os botões do mouse devem ser pressionados com delicadeza; quem gosta de games de ação ― nos quais eles são mais exigidos ― deve usar um Joystick. Demais disso, todas as edições do Windows permitem alternar a função dos botões direito e esquerdo, ajustar a velocidade do clique duplo, alterar a aparência do ponteiro, melhorar sua visibilidade ou mesmo ocultá-lo durante a digitação. Para explorar essas e outras possibilidades, acesse o Painel de Controle do seu sistema e execute o mini aplicativo correspondente (no Windows 10, é mais fácil chegar lá digitando mouse na caixa de pesquisas da barra de tarefas do sistema e escolhendo a opção adequada entre os resultados sugeridas pelo programa). Por último, mas não menos importante, vale frisar que diversos aplicativos permitem ensinar novos truques ao ratinho. Basta você pesquisar no Google para conferir.

Abraços e até a próxima.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

SEGURANÇA ― VEJA COMO SABER SE SEU FORNO DE MICRO-ONDAS ESTÁ VAZANDO



SÓ PERCEBEMOS O VALOR DA ÁGUA DEPOIS QUE A FONTE SECA.

Fornos de micro-ondas aquecem os alimentos mediante a irradiação de ondas eletromagnéticas (com frequência de 2450 MHz) que atuam sobre as partículas de água, mas não fazem vibrar as moléculas do vidro ou plástico dos recipientes, que permanecem relativamente frios, embora possam aquecer por condução. Devido à alta porcentagem de água do corpo humano, essas ondas têm efeitos nocivos no nosso organismo, e mesmo contando com a blindagem e o mecanismo que impede a abertura da porta durante o funcionamento do forno, é importante verificar, de tempos em tempos, se sua vedação é satisfatória. Para tanto, desligue o cabo de força do eletrodoméstico da tomada (por segurança), coloque seu celular (ligado) no compartimento, feche a porta e ligue para ele a partir de outro aparelho. Se o celular tocar, troque o forno. 

Observação: Celulares operam mediante transmissão/recepção de ondas eletromagnéticas; se o isolamento do forno não for capaz de bloquear o sinal e impedir “entrada” da chamada, dificilmente impedirá vazamento de radiação durante a utilização do micro-ondas.

Há quem alegue que somente smartphones com tecnologia 4G proporcionam bons resultados nesse teste, pois operam a 2.5 GHz. Nos modelos 3G, a faixa operacional vai de 850 MHz a 2.100 MHz, e o simples fato de a chamada "entrar" não seria necessariamente um sinal inequívoco de vazamento. Então, faça uma segunda checagem usando uma lâmpada fluorescente. Basta escurecer o ambiente, aproximar a lâmpada (desligada) de um dos cantos da portinha do forno e movê-la ao longo de todo o perímetro. Se em algum momento a lâmpada brilhar, leve o aparelho até uma assistência técnica de confiança, que dispõem de recursos e know-how para realizar testes mais elaborados. Mas não autorize o conserto sem antes cotejar o valor do orçamento com o preço de um aparelho novo.

Dicas

1) Como seguro morreu de velho ― e considerando que não há necessidade de você ficar com nariz colado no visor do forninho enquanto espera a lasanha esquentar ou a pipoca estourar ―, habitue-se a se afastar do forninho ― ou mesmo deixar a cozinha ― depois de programar e ativar a operação, até porque um apito, bipe ou outro aviso qualquer irá lhe dar conta da conclusão do processo.   

2) Evite aquecer ou cozinhar alimentos em embalagens ou potes hermeticamente fechados, e jamais utilize recipientes metálicos ou revestidos de papel laminado, ou mesmo pratos e copos decorados (as partículas metálicas presentes nos “enfeites” podem provocar faíscas no interior do forno).

3) A despeito de ser uma prática bastante comum, não é recomendável usar o micro-ondas para aquecer água, leite, café, chá ou outra bebida qualquer, pois o líquido pode facilmente passar do ponto de ebulição e “explodir”, provocando sérias queimaduras. Em não havendo outra opção, deixe o líquido esfriar por um ou dois minutos e só então remova o recipiente do interior do forninho.

Observação: Muita gente diz que isso não passa de boato, mas você não precisa se queimar para rever seus conceitos. Basta clicar aqui e assistir ao vídeo da experiência realizada pelos MythBusters (ou Caçadores de Mitos, como o programa produzido para o Discovery Channel pela Australia's Beyond Television Productions foi rebatizado no Brasil).

Segundo o professor norte-americano de ciências Steve Splangler, esse fenômeno, conhecido como superaquecimento, ocorre quando o líquido é mantido sob efeito das micro-ondas por um período além do necessário (2 ou 3 minutos) e acaba superando seu ponto de ebulição. Quando isso acontece, a agitação das moléculas de água impede a formação de bolhas que dissipariam o excesso de calor, e a energia fica represada até que o líquido arrefeça ou que algum movimento mais brusco desencadeie a “explosão”. Embora você possa colocar um espetinho de churrasco ou palito de picolé dentro do copo para ajudar a dissipar essa energia, o melhor mesmo é deixar o líquido esfriar por um ou dois minutos antes de retirá-lo do forno.

Tenham todos um ótimo dia.

domingo, 31 de julho de 2016

DILMA E SUA INUSITADA VOCAÇÃO PARA COMEDIANTE

Dilma teve uma carreira meteórica na política tupiniquim. Depois de levar à falência duas lojinhas do tipo R$1,99 ― e isso quando a paridade entre o real e o dólar facilitava enormemente a importação e revenda de badulaques ―, a guerrilheira de araque, sem saber atirar, virou modelo de guerrilheira; sem ter sido vereadora, virou secretária municipal; sem passar pela Assembleia Legislativa, virou secretária de Estado, sem estagiar no Congresso, virou ministra; sem ter inaugurado nada de relevante, virou estrela de palanque, sem jamais ter tido um único voto na vida até 2010, virou presidente da Banânia.
Em algum momento do seu primeiro mandato, a petista deixou de governar para se dedicar em tempo integral a “fazer o diabo” (palavras dela) em prol de sua reeleição. Assim, usou despudoradamente a máquina pública e abasteceu sua campanha com centenas de milhões dólares oriundos do propinoduto da Petrobras para protagonizar o maior estelionato eleitoral da nossa história recente. E tão logo comemorou a perspectiva de passar mais quatro anos destruindo o Brasil, passou a fazer exatamente o que vinha dizendo que Aécio faria se vencesse o pleito.
Devido a sua vocação inata para fazer sempre as piores escolhas, Dilma não logrou êxito com seu pacote de maldades, e, sim, gerou uma sucessão de desastres que resultou na maior crise político-econômica da era pós-ditadura militar. Mas não há mal que sempre dure nem bem que nunca termine: dezesseis meses e 12 dias depois do início do seu segundo mandato, a petista foi afastada da presidência, e agora aguarda o desfecho do processo de impeachment que deverá defenestrá-la definitivamente do cargo.
De meados de maio para cá, enquanto o governo de transição se empenhava em recolocar o país nos trilhos ― o que já conseguiu em parte, a despeito das muitas dificuldades, da pusilanimidade de Temer em determinadas questões (como a extinção e posterior recriação do Ministério da Cultura) e de diversos revezes notórios (como a exoneração de três ministros de Estado por suspeitas de corrupção) ―, Dilma, seus esbirros e a fanática militância petista seguiram rosnando o velho e batido ramerrão do “golpe”, a despeito de o STF ter atestado a legalidade e a constitucionalidade do processo de impeachment. Um episódio curioso, na falta de definição melhor, foi protagonizado por um menino de apenas 9 anos, que, acreditando na falácia segundo a qual “os golpistas” pretendiam matar a anta petista de fome, lhe enviou um saquinho de bombons ― de onde se conclui que, depois de anos ludibriando os eleitores, a mulher sapiens passou a enganar criancinhas!
A verdade é que Dilma não passa e nem deverá passar necessidades. Além do salário polpudo e das mordomias a que fará jus pelo resto de sua torpe existência, a petista pretende publicar um livro de memórias ― ela jura que escreve melhor do que fala, como se o contrário fosse possível. E mesmo que obra não se torne um best seller, não lhe faltarão convites para participar de programas humor, já que, como bem salientou Reinaldo Azevedo, vocação para comediante não lhe falta.
A sacripanta declarou que, se for reconduzida à presidência, irá governar sem o Congresso, demonstrando que seu delírio vai muito além de saudar a mandioca,confessar-se admiradora do ET de Varginha e tecer asnices sobre as “galáxias do Rio de Janeiro”, beirando a total alienação e inegável desconhecimento de como funciona o presidencialismo de coalizão. E mais: perguntada se isso seria possível,Dilma foi taxativa: “Claro que sim. Desde que se discuta claramente com a população”.
Em seu artigo, o jornalista pondera que a gerentona de araque está cada vez mais engraçada. Exemplo disso é a suposta carta de compromissos que ela tenciona escrever antes do julgamento final do impeachment. Ainda não se sabe o que conterá essa valiosa missiva, mas supõe-se que ela dirá que pretende “resgatar a democracia” e “devolver os direitos que estão sendo tirados da população”. Vai ver ela acha que estamos sob uma ditadura, e que a legislação sofreu profundas modificações depois de seu afastamento da presidência.
E ainda que assim não fosse ― o que se admite apenas a título de argumentação ―, a proposta do governo de transição prevê um reajuste médio de 12,5% no Bolsa Família, contra os 9% que a afastada pretendia conceder, depois de mais de um ano sem rever o valor do benefício. Onde está, então, a suposta supressão de direitos? Ela explica: “é que a majoração deveria ter acontecido em abril, e os 3,5 pontos percentuais a mais, garantidos pelo atual governo, buscariam compensar o atraso, e que o aumento é ínfimo, se comparado com o reajuste concedido aos servidores do Judiciário”. E para fechar com chave de ouro, a “rainha das pedaladas” ainda classificou as medidas do governo de transição de “irresponsabilidade fiscal”.
E tem gente que ainda quer ver essa senhora voltar!

sábado, 30 de julho de 2016

O INCORRIGÍVEL FALASTRÃO E OUTRAS CONSIDERAÇÕES

Segundo o blog Rota2014, em resposta aos advogados de Luiz Inácio Não-Sei-De-Nada da Silva, o juiz Sérgio Moro rebateu a afirmação de que deveria se colocar em suspeição nas investigações e ponderou que havia elementos suficientes para decretar a prisão temporária do petralha, embora tenha optado pela condução coercitiva ― segundo ele, uma medida “menos gravosa”.

Sobre as críticas envolvendo a interceptação telefônica supostamente obtida de forma "ilegal" e usada de maneira "parcial", disse o magistrado em seu despacho: “Rigorosamente, a interceptação revelou uma série de diálogos do ex-presidente nos quais há indicação, em cognição sumária, de sua intenção de obstruir as investigações, como no exemplo citado, o que por si só poderia justificar, por ocasião da busca e apreensão, a prisão temporária dele, tendo sido optado, porém, pela medida menos gravosa da condução coercitiva”.

No documento de 15 páginas protocolado na semana passada, Moro afirmou ainda que não abrirá mão do caso e que "falta seriedade" à argumentação dos advogados do ex-presidente: “Não há nenhum fato objetivo que justifique a presente exceção, tratando-se apenas de veículo impróprio para a irresignação da defesa do excipiente (Lula) contra as decisões do presente julgador e, em alguns tópicos, é até mesmo bem menos do que isso”.

Lula, convém não esquecer, responde a processos em três capitais, sem falar que dois de seus filhos ― o primogênito Fábio Luiz, conhecido como Lulinha, e o caçula Luiz Cláudio ― também são investigados na Operação Lava-Jato. Em Curitiba, duas investigações apuram suspeitas de corrupção, organização criminosa e ocultação de patrimônio envolvendo a compra do famoso sítio Santa Bárbara, em Atibaia (interior de São Paulo), e do não menos notório tríplex 164/A do Edifício Solaris, numa das regiões mais nobres do Guarujá (litoral paulista). Em São Paulo, o Ministério Público pediu a prisão preventiva do petralha sob a acusação de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Em Brasília, além de duas investigações por crime de obstrução da Justiça ― nas quais ele é acusado de encabeçar a trama que tentou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e de urdir sua nomeação para a Casa Civil para obter o direito a foro privilegiado e escapar das sentenças do juiz Sergio Moro ―, o capo di tutti i capi é investigado também por suspeita de tráfico de influência internacional em favor da Odebrecht em países onde a empreiteira desenvolve projetos financiados pelo BNDES.

Embora Lula negue de pés juntos todas as acusações, é cada vez menor o número de apoiadores, correligionários e aliados fiéis que engolem suas bazófias. Basta lembrar a retumbante derrota de Dilma na votação do impeachment na Câmara ― que o aldrabão petralha se empenhou pessoalmente em evitar ― e, mais adiante, do fiasco que amargou ao tentar aliciar senadores para reverter o processo no Senado.

Mesmo sendo dono de uma invejável fortuna (mais de 30 milhões de reais), o flibusteiro que se diz a alma viva mais honesta do Brasil está cada vez mais só e encrencado. Todavia, devido ao ego de proporções astronômicas e a uma incontrolável tendência para o proselitismo, ele insiste na retórica patética, recheada de palavras vazias, clichês e tolices, plena de autolouvação, piadas grosseiras, delírios narcisistas e frases piegas, que comoveria apenas pré-adolescentes ou amigos encharcados de boa vontade.

Parafraseando a jornalista Sonia Zaghetto, Lula acredita piamente na imagem que ele e seus aduladores criaram, e acha uma inadmissível falta de respeito ser investigado ou conduzido a depor. Logo ele, tão grandioso, dotado de tal inteligência que chega a mencionar com desprezo os que dedicam longos anos ao estudo. É uma pena não haver entre os seus quem o alerte para os excessos intoxicantes da vaidade que cega. É uma pena ele amar apenas a si mesmo e não ao país, transformando uma parte significativa da população em inimigos sobre quem açula seus cães. É uma pena que ninguém lhe diga, francamente, que o rei está nu, que sua habilidade de comunicação só funciona para os que se renderam à nova forma de fanatismo criada por seu partido e para a parcela da população cuja ausência de educação é louvada como vantagem e não como vergonha. Despido de riquezas morais, o ex-presidente parlapatão passará à história como fanfarrão histriônico; orfão de qualidades éticas, não consegue reconhecer que ultrapassou todos os limites; desabituado à reflexão, não vê além dos limites de suas necessidades básicas; embriagado pela bajulação, não consegue ver nas críticas de milhões de brasileiros a advertência severa para seus excessos.

Abraços e até a próxima.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DAS LÂMPADAS INCANDESCENTES

IDADE NÃO É SINÔNIMO DE SABEDORIA; MUITOS VELHOS NÃO PASSAM DE OBTUSOS LONGEVOS.

Há pouco mais de um mês, a venda de lâmpadas incandescentes foi proibida (as de 60 W ou inferiores, pois as demais já haviam sumido das prateleiras há tempos), e os estabelecimentos que não se adequarem às novas regras, sujeitos a multas que podem chegar a R$1,5 milhão!

Observação: Uma lâmpada fluorescente gasta 75% menos energia do que uma lâmpada incandescente de luminosidade equivalente economia que chega a 85% com uma lâmpada de LED. A troca das lâmpadas incandescentes começou em 2012, com a proibição da venda de modelos com mais de 150 W; no ano seguinte, foi a vez das de potência entre 60 W e 100 W, e em 2014, das lâmpadas de 40 W a 60 W. Neste ano, a proibição se estende também à produção e importação de lâmpadas incandescentes de 25 W a 40 W, cuja fiscalização passará a ocorrer a partir 2017.

A restrição foi estabelecida pela Portaria Intermunicipal 1.007/2010, com vistas a minimizar desperdícios de energia elétrica, mas é mais uma ingerência de um governo incompetente na vida dos incompetentes que elegeram seus representantes.

Como bem lembrou Rodrigo Constantino, o Estado trata o cidadão como se fosse um idiota, alguém totalmente dependente dessa “preciosa entidade clarividente, onisciente e onipresente” para saber o que é bom e o que não é para si mesmo. Nos EUA, segundo o jornalista, veem-se motoqueiros sem capacete ― o que é “um absurdo” na opinião dos paternalistas, embora menos perigoso do que pelo Rio, haja vista os índices de violência na Cidade Maravilhosa, e nem por isso as pessoas foram proibidas de andar por lá. 

Mas explicar algo tão banal para os paternalistas tupiniquins é um desafio e tanto (e para alguns americanos também, pois infelizmente a coisa vem piorando por lá, como David Harsanyi mostra em seu livro O Estado Babá). No Brasil, as pessoas acham que cabe ao estado regular tudo, do sal no restaurante até a maneira como o pão francês deve ser vendido. E pobre daquele desalmado perdulário sem consciência ecológica que quiser pagar mais para ter uma lâmpada que considere melhor ou mais bonita. Não pode! Pecador dos infernos! Estúpido! Toma aqui essa multa milionária que é para aprender a valorizar mais os discursos ecoterroristas do Al Gore e da Marina Silva!

Não bastasse o governo brasileiro criar aquela tomada ridícula de três pinos ― que, como a jabuticaba, só existe no Brasil ―, ainda se arroga o direito de decidir qual a lâmpada que cada um pode ter em casa ou no trabalho. É um povo bovino mesmo, que olha para o estado como um papai autorizado a cuidar de todos nós. O brasileiro médio jamais vai entender o pensamento básico de Ronald Reagan: “O governo existe para nos proteger contra terceiros; ele vai além de suas funções quando tenta nos proteger de nós mesmos”.

Mas não fique triste, leitor. As coisas sempre poderiam ser piores. O governo poderia impor luz de velas para poupar ainda mais energia. Ou, se o PT continuasse no poder, poderíamos chegar à situação venezuelana, e nem ter mais como acender a luz, seja incandescente, seja aquela dos ecochatos…

E como hoje é sexta-feira:

Um menino foi roubar jabuticaba no quintal do vizinho. Vendo a criança em cima do pé, o dono da casa falou:
– Moleque, desce daí ou vou contar para o seu pai!!!
E o menino respondeu:
– Aproveite que ele está alí no outro pé!!!


Bom final de semana a todos.