SÓ O ROSTO É
INDECENTE. DO PESCOÇO PARA BAIXO PODIA-SE ANDAR NU.
Como vimos, o vírus THE
CREEPER é considerado o precursor dos antivírus, mas o primeiro
programa comercial dessa natureza foi desenvolvido pela IBM e lançado em 1988 ―
aliás, a empresa foi logo seguida pela Symantec,
McAfee e outros desenvolvedores de aplicativos
de segurança, que se multiplicaram a partir da virada do século. Todavia, alguns
anos antes o indonésio Denny Yanuar
Ramdhani havia desenvolvido um programa destinado a imunizar sistemas
contra o vírus de boot paquistanês “Brain”,
que é considerado por uma ala dos especialistas em segurança digital como o
primeiro antivírus da história.
Note o leitor que pragas eletrônicas não são coisas sobrenaturais ou prodígios de magia, mas simples
programas capazes de executar instruções maliciosas e/ou potencialmente
destrutivas. Em princípio, qualquer software atende aos desígnios de seu
criador, que tanto pode programá-lo para interagir com o usuário através de uma
interface quanto para realizar automática e sub-repticiamente as mais variadas
tarefas.
De uns tempos a esta parte, a maioria dos antivírus deixou de
trabalhar apenas com “assinaturas” (trechos específicos do código das pragas a
partir dos quais o programa identifica arquivos possivelmente infectados; daí a
importância de se manter a licença em dia e as definições atualizadas) e passou
a se basear também em técnicas que permitem identificar vírus desconhecidos com
base em seu “comportamento” (tais como Heurística,
HIPS e outras mais). Alguns até “mesclam”
a proteção residente com serviços na nuvem (atualizados em tempo real),
permitindo ao usuário usufruir do melhor desses dois mundos.
Retomando o fio da meada, um dos malwares
de maior destaque, no finalzinho do século passado, foi o vírus de macro Melissa. Essa praga se alastrou pelo
mundo bem mais rapidamente que as predecessoras ― para que você tenha uma ideia,
a primeira notícia na mídia especializada relatando os estragos foi publicada
apenas seis horas depois de ela ter sido detectada pela primeira vez. O Melissa foi escrito especificamente
para o Word 97, e, quando ativado, se
espalhava através de anexos de emails enviados a partir do Outlook, sem o conhecimento do usuário e, em muitos casos, com
dados pessoais/confidenciais do mesmo.
Depois de muita relutância, os internautas parecem ter se
conscientizado da necessidade de investir em segurança, o que contribuiu para o
surgimento de um vasto leque de ferramentas, inclusive gratuitas, muitas das
quais, atualmente, são tão competentes quanto suas correspondentes pagas. Quem
já usava PCs nos primeiros anos deste século deve estar lembrado do sucesso
retumbante das versões gratuitas dos antivírus AVG e AVAST, que até
hoje são excelentes escolhas ― ou eram, melhor dizendo, já que a AVAST Software acabou de comprar a AVG Technologies pela bagatela de US$ 1,3 bilhão, incorporando à sua carteira
cerca 400 milhões de usuários da ferramenta da (ex) concorrente.
Observação: Corre à boca pequena que a gigante dos
microchips (INTEL) pretende se
desfazer da sua divisão de segurança e pôr à venda a McAfee, que adquiriu em 2010 por US$ 7,7 bilhões. Também há poucos dias foi divulgado que a Symantec ― fabricante dos conceituados
produtos NORTON ― está negociando a
compra da BLUE COAT por US$ 4,65 bilhões, visando fortalecer
seu portfólio de ferramentas de segurança e ajudar os clientes a rumarem para Cloud. A aquisição deve ser
formalizada ainda no terceiro trimestre deste ano.
Como dito alhures, do ponto de vista da segurança dos dados, é
fundamental contar com uma boa suíte antimalware,
capaz de proteger o sistema não só contra vírus,
mas também contra spywares, adwares, phishing-scam, além de integrar um firewall robusto. Aliás, esse é um dos principais diferenciais das
suítes comerciais em relação às gratuitas, geralmente mais espartanas. E ainda
que seja possível suprir as lacunas com programinhas individuais ― ou mesmo “se
virar” com as ferramentas disponibilizadas gratuitamente pela Microsoft (como o Windows Firewall, o Security
Essentials e o Windows Defender)
―, eu recomendo uma suíte paga. Até porque não faltam boas opções a preços
acessíveis, com condições especiais para quem for instalá-las em mais de um PC
e/ou no smartphone e/ou no tablet.
Segundo o conceituado site AV COMPARATIVES, que testou os antivírus
mais populares numa máquina com Windows
7 Home Premium 64 bits SP1 com
todas as atualizações críticas e de segurança instaladas, a ferramenta que se
saiu melhor, tanto na proteção em tempo real quanto na remoção de pragas, foi a
da empresa russa Kaspersky ― que também
se destacou por não acusar falsos positivos. Claro que preferências pessoais,
facilidade de uso e outras questões subjetivas também têm seu peso, mas,
considerando que a maioria dos fabricantes permite fazer um “test drive” de
seus produtos antes de registrá-los, não há porque você não aproveitar.
Para encerrar, vale relembrar que podemos (e devemos) obter uma
segunda opinião sobre a saúde do sistema com serviços baseados na Web, como o Security
Scanner (da Microsoft), o ESET Online Scanner, o House Call Free Online Virus Scan
(da TrendMicro) e o Norton
Security Scan (da Symantec) ―
todos são gratuitos e eficientes, mas nenhum deles o desobriga de manter um
antivírus residente operante e devidamente atualizado. Também é uma boa ideia
baixar e instalar a versão freeware
do consagrado Malwarebytes Antimalware,
que, por não oferecer proteção em tempo real, não conflita com o antivírus
residente.
E para dirimir possíveis dúvidas sobre um arquivo específico, o Virus Total é sopa no mel: basta
fazer o upload do arquivo duvidoso e aguardar o resultado da análise, que é
feita com mais de 50 ferramentas de segurança dos mais diversos fabricantes.
E como hoje é sexta-feira:
E como hoje é sexta-feira:
Há alguns anos, perguntado por um repórter se as belíssimas jovens com quem era
frequentemente visto gostavam realmente dele, Olacyr de Moraes - o bilionário octogenário Rei da Soja - respondeu:
frequentemente visto gostavam realmente dele, Olacyr de Moraes - o bilionário octogenário Rei da Soja - respondeu:
- Quando vou ao restaurante e peço uma lagosta, a menor das minhas preocupações é se ela gosta de mim; eu simplesmente como, pago a conta e ponto final.
Era isso, pessoal. Espero ter ajudado. Bom f.d.s. a todos.