domingo, 28 de dezembro de 2025

PICADINHO DE CARNE E BIFE À PARMEGIANA

FAÇA O MELHOR QUE PUDER E AGUARDE O RESULTADO. FICAR SE PREOCUPANDO NÃO VAI AJUDAR EM NADA.

O picadinho — herdeiro dos guisados portugueses que surgiu como prato popular nas casas de pasto brasileiras por volta de 1816 e ganhou destaque na cozinha do Copacabana Palace durante os anos 1950, quando o barão austríaco Max Von Stuckart o introduziu no cardápio da boate Meia-Noite com ingredientes como cebolinha, louro, sálvia, manteiga e tomate — combina pedaços macios de carne bovina, suína ou de frango com molhos e acompanhamentos variados. 

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Silvinei Vasques — o ex-diretor da PRF no governo Bolsonaro condenado a mais de 26 anos de prisão — rompeu a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina e foi detido no Paraguai, prestes a voar para El Salvador com documentos falsos. O episódio escancarou falhas no monitoramento eletrônico, revelou o padrão de fuga de aliados do ex-presidente e reabriu o debate sobre a eficácia do sistema e a responsabilidade dos agentes públicos. Resta saber como um condenado supostamente monitorado por tornozeleira conseguiu se deslocar até o Paraguai sem ser importunado.

A Polícia Federal só foi acionada no fim da noite, quando Silvinei já estava fora do país, e as imagens do prédio mostram que ele deixou o local horas antes. Moraes anotou no despacho em que decretou sua prisão preventiva que na madrugada de 25 de dezembro, por volta de 3h, a tornozeleira parou de transmitir o sinal de GPS e que às 13h pifou também o sinal de GPRS. Mas a polícia penal catarinense só se deu por achada às 20h, quando então enviou uma equipe ao apartamento do Silvinei e descobriu que ele não estava mais lá.

A superintendência da PF em Santa Catarina foi acionada às 23h e verificou que o fugitivo fora visto pela última vez na véspera, 24 de dezembro, na garagem, enquanto colocava uma mochila e o cachorro no carro. Depois disso, ele foi visto às 19h22 no aeroporto de Assunção, tentando embarcar para El Salvador com um passaporte paraguaio falso, fazendo-se passar por surdo, mudo e canceroso.

O Brasil oficial parece um país alternativo, onde autoridades se comportam como se não devessem nada ao Brasil de verdade. Muito menos explicações. A fuga constitui o modus operandi do bolsonarismo: sem tornozeleira, fugiram Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e, antes deles, mais de 60 envolvidos no 8 de janeiro escaparam para o exterior quando estavam sob hipotético monitoramento, exatamente como agora. Alguém precisa explicar para que serve esse sistema de tornozeleiras, que, aliás, custa caro aos contribuintes.

Para preparar um picadinho de carne com legumes, você vai precisar de:

— 600 g de carne bovina (sugiro alcatra ou coxão-mole) cortada em cubos; 

— 1 cebola picada; 

— 2 dentes de alho picados; 

— 1 tomate sem pele e sem sementes picado; 

— 2 batatas cortadas em cubos grandes; 

— 1 cenoura cortada em rodelas grossas; 

— 1 talo de salsão picado; 

— 1/2 pimentão vermelho cortado em cubos; 

— 1 colher de sopa de extrato de tomate; 

— 2 colheres de sopa de óleo; 

— 3 xícaras de chá de água quente; 

— Sal, tomilho e pimenta-do-reino moída a gosto.

Em uma panela grande, aqueça uma colher de sopa de óleo em fogo médio, doure os cubos de carne até que fiquem bem selados, retire e reserve. Na mesma panela, adicione o restante do óleo, refogue a cebola e o alho até dourar, junte o tomate e o extrato e mexa até formar um molho espesso. Coloque a carne de volta na panela, misture bem, adicione a água quente, tempere com sal e pimenta-do-reino, tampe e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 40 minutos.

Quando a carne estiver bem macia, acrescente as batatas, a cenoura, o salsão e o pimentão e cozinhe por mais 20 minutos, para que os legumes fiquem macios e o caldo, encorpado. Ajuste o sal e a pimenta-do-reino, salpique o tomilho e sirva com arroz branco, batata frita ou outro acompanhamento de sua preferência.

Para quem prefere um prato mais rebuscado, o bife à parmegiana combina carne empanada (filé, alcatra, coxão-mole ou patinho) com molho de tomate e queijo gratinado, e o empanamento e a fritura por imersão garantem o sabor e a textura marcantes do prato.

Comece temperando os bifes, passando-os na farinha de trigo, depois no ovo batido e finalmente na farinha de rosca (ou farinha panko). Aqueça o óleo e frite os bifes um de cada vez, por imersão, acomode-os numa assadeira, cubra com molho de tomate, fatias de presunto e queijo muçarela, polvilhe parmesão, leve ao forno para gratinar e sirva com arroz branco ou à grega.

A versatilidade do bife à parmegiana permite adaptações para diferentes gostos. Há quem prefira frango ou berinjela em vez de carne, quem troque a muçarela por uma versão light, substitua o arroz e as fritas por salada verde fresca ou vegetais assados, e por aí vai.

Para deixar a receita menos calórica, asse os bifes por 25 minutos no forno pré-aquecido a 220°C, vire-os, gire a assadeira por 180°, asse por mais 25 minutos (ou até que eles fiquem dourados), seque em papel toalha, espalhe molho de tomate temperado por cima, cubra com fatias de presunto e muçarela (nessa ordem), polvilhe orégano e leve de volta no forno para gratinar.

Bom apetite. 

sábado, 27 de dezembro de 2025

SAUDOSISMO

TO REMIND THE PAST IS TO LIVE TWICE.

Você certamente já ouviu alguém dizer que no tempo de seus avós os carros eram melhores, as pessoas viviam melhor, e blá, blá, blá. Segundo os psicólogos, isso é mais uma ilusão da mente do que um retrato fiel do passado: como o cérebro não distingue passado, presente e futuro, tendemos a nos lembrar das coisas boas e relativizar as ruins.


Proprietários de veículos que não dispensam vidros e travas elétricas, injeção eletrônica de combustível e computador de bordo se dizem saudosas dos Fuscas, Gordinis, DKWs e outras carroças dos anos 1950/60. Muitos nem eram nascidas quando os primeiros PCs foram lançados e a maioria nunca usou o Windows 9x/ME ou sabe o que é um disquete 1,44 MB, mas diz sentir saudades dos bugs e das telas azuis da morte. 


Se for para sentir saudade de alguma coisa, que seja daqueles programas clássicos que a gente usava para baixar as músicas, reproduzir vídeos e trocar mensagens instantâneas com amigos. Talvez eles não tenham utilidade prática nos dias atuais, mas alguns deles resistiram (e continuam resistindo) bravamente à passagem do tempo. 


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Na reação contra a publicidade estrelada por Fernanda Torres, o bolsonarismo usou uma velha arma da propaganda: a personalização. Tudo pode ser vendido — de purgante a óleo de peroba — se tiver um rótulo e um enredo. O mal, como abstração retórica, desperta pouca atenção, mas basta dar ao maligno um par de chifres e um propósito obscuro para ter um inimigo tão nítido como a Havaiana comunista.

O bolsonarismo vive atrás de uma teoria unificada que explique tudo. Não se trata de uma teoria conspiratória — que exige o suor dos neurônios para misturar fatos obscuros a especulações maldosas e tirar suas próprias confusões —, mas de uma teoria unificadora que é justamente um pretexto para não pensar.

Com o ex-mito preso, o saco de dinheiro do Sóstenes nas manchetes, a dosimetria nas mãos do Lula, a bancada dos fujões cassada e a Magnitsky do Xandão cancelada, o bolsonarismo entrou em parafuso. Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira e seus robôs digitais correram às redes para proclamar: por trás de tudo está a Havaiana, inimiga declarada do "pé direito". 

Monitoramento de 100 mil grupos de WhatsApp revelou que 98% das reações ecoaram o bolsonarismo nos ataques à sandália. Já a esquerda negligenciou o movimento, e o pedaço neandertal da direita arrumou um demônio de ocasião para o qual transferir suas culpas — ou pelo menos para desconversar: a Havaiana comunista exime o bolsonarismo de todo exame do mal, a começar pelo mais difícil: o autoexame.

 
eMule foi o programa de compartilhamento de arquivos preferido da molecada de duas décadas atrás. Sua capacidade de "consertar arquivos danificados" contribuiu significativamente para que se sobressaísse em meio a um mar de alternativas. Embora tenha perdido a razão de existir com o surgimento dos serviços de streaming (como Spotify, Netflix e YouTube), ele foi ressuscitado por desenvolvedores independentes em 2020, e teve seu design clássico preservado (clique aqui para mais informações e download).
 
Internautas "old school" recordam com saudades do barulhinho de máquina de escrever e do canto do cuco do ICQ — programinha israelense que ficou anos no topo da lista dos mensageiros mais populares nos anos 90 e início dos 2000, até perder espaço para o MSN Messenger. Em 2010, uma empresa russa adquiriu o ICQ e implementou diversas melhorias. Hoje, ele conta com cerca de 1,5 milhões de usuários ativos e pode ser baixado gratuitamente a partir deste link.
 
Napster revolucionou a maneira como as pessoas acessavam e compartilhavam músicas no mundo inteiro. Depois de enfrentar uma série de problemas legais envolvendo direitos autorais, ele passou a operar de maneira semelhante ao iTunes, comercializando músicas legalmente mediante uma assinatura mensal de R$ 17,99 (clique aqui para mais informações e download).
 
Quando se fala em baixar arquivos via Peer-to-Peer (P2P), é impossível não pensar no uTorrent. Ele foi lançado em 2005 e fez um sucesso estrondoso, mas, a exemplo do eMule, acabou sendo vítima da expansão de serviços de streaming. Mesmo assim, ainda tem usuários fieis e oferece planos pagos para quem quer uma experiência sem anúncios e com mais funcionalidades (para mais informações e download, clique aqui).
 
Amantes de música saudosistas que viveram a era digital no início dos anos 2000 devem se lembrar com saudades do VLC. Muitos não sabem que ele ainda existe, reproduz arquivos multimídia dos mais diversos formatos, tem interface atraente e intuitiva e é capaz de interagir com dispositivos como o Chromecast — o que permite projetar vídeos e fotos diretamente na tela grande da TV. 

Quem tinha o Winamp como companheiro inseparável ainda pode fruir de suas funcionalidades únicas, pois ele não só sobreviveu à transição tecnológica como recebeu atualizações que lhe asseguram compatibilidade com novos codecs de áudio e suporte ao Windows 11. E para aqueles que achavam que personalizar o visual do player era tão importante quanto a música, abrir o app e se deparar com a skin clássica é uma verdadeira viagem no tempo.
 
Para encerrar, o festejado Windows Media Player (que você pode baixar clicando aquirecebeu atualizações até o Windows 10, quando então Microsoft o substituiu pelo Groove Music (que foi descontinuado em 2018). 


Com a chegada do Windows 11, o app Reprodutor Multimídia tornou-se a opção padrão de mídia, mas o velho player ganhou um visual moderno e manteve elementos do extinto Groove como uma homenagem a seu passado.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

COMO PROTEGER SEU WHATSAPP

O PREGO SALIENTE É O QUE LEVA A MARTELADA.

Por ser o sistema operacional para PCs mais popular do planeta, o Windows é o alvo preferencial dos cibercriminosos. E o mesmo acontece com o Android no universo dos smartphones e com o WhatsApp entre os aplicativos de mensagens instantâneas — que, com cerca de 3 bilhões de usuários em mais de 100 países, aproxima amigos e familiares, facilita o trabalho remoto e agiliza o atendimento a clientes: 

Com o WhatsApp Web, pode-se iniciar uma conversa no celular e continuar no computador ou no tablet, por exemplo, mas não gerenciar adequadamente os dispositivos conectados implica o risco de ter as mensagens bisbilhotadas por um cônjuge ciumento ou um colega de trabalho xereta. Portanto, se alguém além de você tem acesso ao seu PC, desconecte o WhatsApp Web quando terminar de usá-lo — basta abrir o WhatsApp no celular, tocar no ícone de três pontinhos (no canto superior direito), selecionar Dispositivos conectados e encerrar quaisquer sessões ativas que você não estiver usando ou não reconhecer — e reconecte-o quando precisar dele novamente. 

Aproveite o embalo para habilitar a verificação em duas etapas — ao ativar essa função, você define uma senha que será solicitada periodicamente pelo aplicativo, dificultando o acesso por pessoas não autorizadas, mesmo que elas consigam o código de verificação enviado por mensagem de texto.

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Aproveitando sua oitava cirurgia pós-facada, Bolsonaro redigiu, na carceragem da PF, uma carta-testamento na qual anotou que a escolha de Flávio Bolsonaro como seu herdeiro político é "consciente e legítima". 

O texto deu à transferência oral do legado político a aparência de um compromisso de papel passado de pai para filho, e sua carga nostálgica revelou a intenção do patriarca de guerrear em 2026 com as armas de 2018.

Caprichando no messianismo, o mico realçou ter "enfrentado duras batalhas e pagado com a saúde”, evocando o episódio da facada. Numa alusão à tentativa de golpe, declarou-se vítima de "injustiça", e para justificar a escolha do senador das rachadinhas, panetones e mansões milionárias como candidato ao Planalto, alegou que deseja "impedir que a vontade popular seja silenciada" em 2026.

Ao ler o testamento de Bibo Pai, Bobi Filho insinuou que se trata de uma resposta aos que duvidavam da consistência de sua candidatura presidencial e acenou para os aliados que ainda cultivam a ideia de que Tarcísio de Freitas seria um anti-Lula mais competitivo.

Pai e filho falam para um país de 2018 que não existe mais, quando estava preso. Hoje, o ex-presidiário cavalga a máquina do governo, a Lava-Jato é uma vaga lembrança e as "Minhas Forças Armadas" estão na cadeia. O antipetismo não desapareceu do cenário, mas uma parte dele já desembarcou do bolsonarismo em 2022, assustada com os quatro anos em que o capitão virou uma vidraça estilhaçada por flagelos como a aversão à vacina, os mortos da pandemia e uma Presidência antidemocrática, marcada pela industrialização do ódio.

Tudo isso inclui no legado passado de pai para filho, além dos votos, as altas taxas de rejeição.

Dependendo da marca e do modelo do aparelho, você pode usar recursos nativos do Android — como o Bloqueio de Aplicativos — para proteger seus apps por senha ou biometria. Toque no ícone da engrenagem para acessar as configurações do sistema, procure por opções como Bloqueio de Aplicativos, Segurança, Privacidade ou Biometria e Segurança e siga as instruções na tela para definir quais aplicativos deseja proteger e o método de desbloqueio (senha, padrão ou biometria).

Igualmente importante é manter o sistema e os aplicativos atualizados, evitar compartilhar o aparelho com terceiros e só seguir links recebidos por mensagem quando o envio tiver sido combinado previamente com o remetente.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

DE NOVO É NATAL. E ANO ELEITORAL.

O PROBLEMA NÃO É ACREDITAR NO PAPAI NOEL DEPOIS DE CRESCER, MAS SIM CONTINUAR ACREDITANDO NOS POLÍTICOS.






BOAS FESTAS.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

FELIZ NATAL

NO BRASIL, MEDE-SE COM PAQUÍMETRO, MARCA-SE COM GIZ E CORTA-SE COM MACHADO.

Quando comecei a me entender por gente, no início dos anos 60, as crianças perdiam os dentes-de-leite bem antes de deixar de acreditar em Papai Noel. O “Espírito do Natal” surgia timidamente no começo de dezembro, crescia como o apito de um trem que se aproxima da estação e depois baixava com força total, feito orixá em terreiro — e só cantava pra subir lá pelo Dia de Reis, quando a gente desmontava a árvore.


Detesto essa conversa de que “no meu tempo era melhor”, mas é difícil não ver que uma festa essencialmente religiosa vem se tornando cada vez mais comercial. Vivemos num mundo capitalista, é verdade, porém a pergunta é: onde foi parar aquele clima festivo, aquela camaradagem que tomava conta das pessoas, independentemente de fé ou crença?


O Natal celebra o nascimento de Jesus — que, curiosamente, era judeu — e marca o início da Era Cristã. Ele foi fixado em 25 de dezembro lá pelo século IV (talvez por coincidir com o solstício de inverno no hemisfério norte), mas há controvérsias sobre a data, a idade e até sobre Cristo ter realmente existido


Voltando aos tempos de antanho, os votos de boas festas soavam mais sinceros. Durante todo dezembro, desejava-se um feliz Natal — e depois um feliz ano novo — ao padeiro, ao balconista, ao frentista, ao faxineiro do prédio e até mesmo a completos desconhecidos no ônibus ou na rua, e montar a árvore, o presépio, e pendurar a guirlanda faziam parte do ritual.


A tradição da árvore de Natal remonta ao século XVI, quando Martinho Lutero tentou reproduzir, com galhos, velas e enfeites, a visão de pinheiros cobertos de neve sob um céu estrelado. O presépio é atribuído a São Francisco de Assis. Já Papai Noel foi inspirado num bispo chamado Nicolau, conhecido por ajudar os pobres deixando moedas nas chaminés.


Embora o Natal chegue cada vez mais cedo — especialmente nos shoppings, onde outubro mal acaba e os enfeites já brotam —, tudo ficou impessoal, sem graça. Mesmo com árvores montadas e luzinhas piscando nas janelas, o clima é artificial e os votos carecem de calor humano (apesar do calor da estação).


Originalmente, Papai Noel vestia marrom. O figurino vermelho, com detalhes brancos e cinto preto, veio com o cartunista Thomas Nast e foi eternizado nos anos 1930 por uma campanha da Coca-Cola — coincidência cromática, claro.



Boas festas.

terça-feira, 23 de dezembro de 2025

CARREGADORES DE CELULAR — DICAS PARA NÃO LEVAR GATO POR LEBRE

A MELHOR MANEIRA DE PREVER O FUTURO É INVENTÁ-LO.

Depois que os dumbphones se tornaram smartphones, o consumo de energia aumentou substancialmente, e a capacidade das baterias passou a ser tão importante quanto a memória RAM e o armazenamento interno. 


Como nem mesmo as baterias de 5.000 ou 6.000 miliampere-hora livram os heavy users de um “pit stop” entre recargas completas, os carregadores rápidos tornaram-se itens de primeira necessidade. O problema é que o preço dos acessórios originais e/ou homologados pelos fabricantes incentiva a proliferação de produtos falsificados, que podem comprometer tanto o desempenho quanto a segurança dos próprios celulares. 


Em situações normais, o carregador e o cabo que acompanham o telefone têm vida útil igual ou superior à do próprio aparelho, mas, quando é preciso substituí-los, a aparência externa dos carregadores revela muito sobre sua autenticidade.


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Em política, todo mal começa com as explicações. Até aqui, o Planalto imaginou que bastaria enaltecer a independência da PF e repetir que o roubo começou no governo Bolsonaro, mas se não melhorar seu enredo sobre o filho Luis Cláudio, Lula fará da corrupção um tema incontornável para 2026.

A PF jogou no ventilador detritos do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. Pilhado com R$ 430 mil guardados num saco de lixo no guarda-roupa, o deputado Sóstenes Cavalcante, líder bolsonarista na Câmara, foi pendurado de ponta-cabeça nas manchetes ao lado do colega Carlos Jordy, outro expoente da facção legislativa do bolsonarismo. 

Segundo a PF, suas excelências desviaram verbas federais da cota parlamentar num esquema que envolve a locação de veículos de empresas fantasma — assessores da dupla movimentaram R$ 27 milhões em cinco anos. 

Sóstenes se diz vítima de uma perseguição contra a direita, mas a tese perde o nexo quando ele se agarra a dados recolhidos pela mesma PF para torpedear Lula e, virando-se para o Supremo, se diz "impressionado" com o contrato de R$ 129 milhões firmado pelo Banco Master com a advogada Viviane Barci, mulher de Alexandre de Moraes. 

Uma boa explicação começa com um bom começo e termina com um bom final, ambos o mais perto possível um do outro. O esclarecimento de Sóstenes sobre o dinheiro encontrado em seu guarda-roupa começou mal e terminou muito pior.

Ao expressar em palavras a ausência insubstancial da inanidade de sua versão, o deputado encheu linguiça, e o nada se tornou um vocábulo que ultrapassa tudo. A explicação soou mal no começo porque o parlamentar quis vestir na PF uma carapuça ideológica que destoa dos fatos — na véspera, a mesma PF prendeu o número 2 do Ministério da Previdência de Lula e varejou a casa do líder do governo no Senado.

O esclarecimento terminou pior porque Sóstenes vinculou os R$ 430 mil acoitados em guarda-roupa a uma transação imobiliária que tem a consistência de um pote de gelatina: alegou ter vendido uma propriedade em Minas Gerais e que foi pago com dinheiro lícito, mas não exibiu a escritura, não informou a data da transação e tampouco revelou o nome do comprador.

Num primeiro momento, Sóstenes disse que possuía o tal imóvel desde 2020. Nessa hipótese, teria mentido para a Justiça Eleitoral em 2022, quando declarou que todo o seu patrimônio — R$ 4.926,76 — estava depositado em duas contas bancárias. Num segundo momento, jurou ter comprado o imóvel depois do pleito de 2022, mas faltou situar oportunamente num ponto qualquer do calendário.

Há no mundo gente cansada de trabalho, de ideias e de altruísmo, mas poucos exibem enfado pelo dinheiro como Sóstenes — que, podendo engordar o patrimônio num bom fundo de investimento, optou por uma variante da forma mais primitiva de poupança: em vez do colchão, enfiou seu quase meio milhão de reais num saco de lixo e acondicionou o pacote no armário. “Com a correria do trabalho, não fiz o depósito", lamentou.

Na versão do líder da facção legislativa do bolsonarismo, quem vive de corrupção não guarda dinheiro em casa. Trata-se de uma meia-verdade, e o problema das meias-verdades é que elas exaltam exatamente a metade que não é verdade. 

Os bancos são obrigados a reportar depósitos acima de R$ 50 mil ao Coaf. Havendo indícios de lavagem de dinheiro, a movimentação é classificada como "atípica" e comunicada à Receita, ao Ministério Público e à PF. Quer dizer: quem vive de corrupção tem milhões de razões para fugir do sistema bancário.

Devoto de Bolsonaro, o pastor Sóstenes considera-se vítima da mesma hipotética perseguição que levou o ex-mito à carceragem da PF. "Não basta prender um inocente", declarou, em timbre exaltado. "Eles querem limpar e extirpar a força que a direita e os conservadores têm, tentando nos manchar com a lama deles, que é a da corrupção."

Se o enredo de Sóstenes fosse uma novela de mistério, não seria necessário espiar a última página para identificar o culpado — seu nome estaria estampado na capa: o autor. 

 

Produtos de baixa qualidade ou falsificados costumam apresentar acabamento malfeito, com rebarbas, imperfeições e peso inferior ao dos originais. A qualidade da impressão nas etiquetas também é um bom indicativo, mas os principais sinais de alerta são a ausência do selo da Anatel e o preço muito abaixo do praticado no mercado.

 

Para não levar gato por lebre, cheque a compatibilidade — nem todo carregador rápido é adequado para o seu aparelho, e um modelo incompatível pode danificar a bateria —, e desconfie de carregadores que prometem "carregar 100% em 10 minutos" ou outros prodígios de magia que tais. 

 

Modelos de boa qualidade oferecem proteções contra curto-circuito, sobretensão e sobreaquecimento, sem falar que o cabo é tão importante quanto o adaptador, pois pode causar falhas de carregamento, superaquecimento e até incêndios. Portanto, se o carregador ou o celular esquentarem demais durante o uso, interrompa imediatamente o processo.

 

Compre esses dispositivos em lojas confiáveis, compare o preço com o valor oficial no site do fabricante, fuja de produtos vendidos em embalagens genéricas e, quando possível, verifique o tempo de carregamento do aparelho e a temperatura do carregador após alguns minutos de uso.

 

Boa sorte!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

MOTOROLA ALÉM DO BÁSICO: GESTOS, ATALHOS E FUNÇÕES INTELIGENTES PARA O DIA A DIA

INTELIGÊNCIA É A CAPACIDADE DE SE ADAPTAR À MUDANÇA. 

Samsung, Motorola, Apple e Xiaomi detêm, respectivamente, 36%, 19%, 17% e 16% do mercado brasileiro de celulares. A marca da maçã cobra caro pela excelência de seus produtos, mas os modelos premium das concorrentes também não são exatamente baratos. 

 

Os smartphones Motorola têm recursos nativos que vão além das funções básicas do Android, mas que passam despercebidos por muitos usuários. É possível, por exemplo, usar gestos para fazer capturas de tela, ativar a divisão da tela com apenas um toque e ajustar diversos aspectos do aparelho de forma prática e centralizada.


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Sobre Fábio Luís Lula da Silva — o Lulinha —, a má é que não há notícia boa. A ruim é que as menções a seu nome viraram arroz de festa nos subúrbios do inquérito sobre o assalto contra os aposentados. A pior é que o pai-presidente não tem nada a dizer sobre as suspeitas que assediam o pimpolho..

A PF esbarrou numa troca de mensagens entre o Careca do INSS e outro investigado, Milton Salvador. No diálogo que consta do despacho em que o ministro André Mendonça autorizou as penúltimas diligências policiais, os dois falam sobre uma remessa de R$300 mil para "o filho do rapaz".

Lula disse em entrevista: "Todas as pessoas que estiverem envolvidas, diretamente ou não, vão ser investigadas pela Polícia Federal”, mas não se animou a colocar a mão no fogaréu do INSS pelo filho, preferindo manter sua reputação no condicional: "Se tiver filho meu metido nisso, ele será investigado."

Seguindo o rastro das remessas para o "filho do rapaz", a PF mapeou cinco pagamentos de R$300 mil, que pingaram na conta de uma empresa de consultoria de Roberta Luchsinger, uma amiga milionária de Lulinha. 

Uma das mensagens enviadas por Roberta ao Careca do INSS menciona os rumores segundo os quais Lulinha teria virado sócio de um frigorífico em verões passados: "Na época, do Fábio, falaram de Friboi". Em outra, ela faz um alerta: "Só para você saber, acharam um envelope com o nome do nosso amigo no dia da busca e apreensão". Numa terceira, faz um pedido ao Careca do INSS: "Some com esses telefones. Joga fora."

Em política, todo mal começa com as explicações, mas há males que vêm para pior. Até aqui, o Planalto imaginou que bastaria enaltecer a independência da PF e repetir que o roubo começou no governo Bolsonaro. Ou Lula melhora seu enredo sobre Lulinha, ou fará da corrupção um tema incontornável para 2026. 


O aplicativo Moto (que acompanha a maioria dos modelos, mas pode ser baixado da Google Play Store se necessário) permite ativar gestos inteligentes, alterar cores, trocar papéis de parede, configurar atalhos e modificar elementos da interface, tornando-a mais personalizada e funcional. Para acessar essas opções, basta abrir o aplicativo e tocar em Personalizar, no menu lateral. 

 

O Gametime é uma funcionalidade nativa que entra em ação automaticamente ao abrir um jogo e permite bloquear notificações, rejeitar chamadas, ativar atalhos rápidos, entre outras opções que visam melhorar a concentração durante as partidas. Para ativar, acesse o app Moto e, no menu Play, ligue a opção Gametime.

 

Para saber quem está ligando sem precisar olhar para a tela, abra o app Telefone, toque no ícone de três pontinhos, vá em Configurações e ative a função Aviso do identificador de chamadas, que anuncia por voz quem está ligando, independentemente de ser um contato salvo ou um número desconhecido.

 

Toque em Configurações > Bateria e ative a função Bateria Adaptável, que utiliza inteligência artificial para analisar quais aplicativos ficam abertos em segundo plano e limitar o consumo de energia àqueles que realmente importam no dia a dia.

 

Uma maneira de reduzir a exibição de anúncios em celulares Motorola é excluir o ID de publicidade — identificador que o Android utiliza para rastrear as atividades dos usuários e exibir anúncios personalizados. Para isso, vá em Configurações > Google > Todos os serviços > Privacidade e segurança > Anúncios > Excluir o ID de publicidade e confirme a ação.

 

Para tirar screenshots sem pressionar os botões habituais, abra o app Moto, toque no menu Gestos e ative a opção Captura de tela com três dedos — em alguns modelos essa opção está localizada em Configurações > Sistema > Gestos. Para dividir a tela para usar dois aplicativos simultaneamente: acesse o app Moto e, no menu Gestos, ative a opção Deslize para dividir.

 

Outros gestos e funções que facilitam a rotina: 

 

— Sacuda o celular duas vezes (movimento chop-chop) para ligar ou desligar a lanterna.

 

— Gire o punho duas vezes com o celular na mão para abrir a câmera.

 

— Visualize e interaja com notificações diretamente na tela de bloqueio.

 

— Atenda ao levar o aparelho ao ouvido ou silencie ao virar a tela para baixo (Moto > Gestos > Gestos para chamadas).

 

— Acesse Configurações > Bem-estar digital e controle dos pais para monitorar o tempo de uso e ativar o modo foco para se desconectar quando necessário.

domingo, 21 de dezembro de 2025

PUDIM DE LEITE CONDENSADO E PAVÊ DE CHOCOLATE

NÃO VÁ ONDE NÃO TE QUEREM, EVITE IR AMIÚDE ONDE ÉS BEM-VINDO, AO RICO NÃO FALTES E AO POBRE NÃO PROMETA.

Nos meus tempos de criança, o pudim tinha presença garantida nos almoços de domingo e em reuniões em família. Tradicionalmente, essa delícia é feita em banho-maria — técnica que garante o cozimento uniforme e a textura cremosa característica —, mas é possível obter o mesmo resultado de forma mais rápida e prática sem essa etapa. 


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Ulysses Guimarães teria dito em várias oportunidades: “se você não gosta do Congresso atual, espere para ver o próximo”.

Os presidentes das duas casas legislativas são eleitos por seus pares. Hugo Motta preside a Câmara como um jóquei cego montando uma mula-sem-cabeça, e as cassações tardias dos mandatos de Eduardo Bolsonaro e de Alexandre Ramagem não atenuaram sua desmoralização, mesmo porque ele providenciou os atos administrativos que passaram os dois mandatos na lâmina porque não dispunha de alternativa. 

Eduardo excedeu no mês passado o número regulamentar de faltas, e o Supremo sinalizou que não toleraria a zambelização do caso Ramagem, com novo resgate em plenário de um mandato inexistente.

É natural que o chefe da Câmara procure equilibrar-se em meio ao entrechoque dos interesses partidários representados na casa, mas Motta, em vez de presidir as circunstâncias, é presidido por elas, e se dá por satisfeito se seus dois objetivos estratégicos são cumpridos: não cair e continuar dando a impressão de que comanda.

O suposto presidente da Câmara talvez devesse tocar Geraldo Vandré: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer." A maior contribuição que o nobre deputado paraibano pode proporcionar ao país é não se reeleger.


Você vai precisar de:


— 1 xícara (chá) de açúcar; 

— 1/2 xícara (chá) de água;

— 5 ovos inteiros (gema + clara);  

— 2 caixinhas de leite condensado;

— 2 caixinhas de leite (use a mesma medida do leite condensado). 


Em uma panela:


— Derreta o açúcar até formar um caramelo dourado.

— Adicione a água aos poucos, mexendo com cuidado.

— Quando a calda ficar lisa e brilhante, despeje-a numa forma de pudim (aquelas com um furo no meio) e reserve.

— Bata os ovos no liquidificador até ficarem completamente dissolvidos, acrescente o leite e o leite condensado, bata por mais 3 minutos, despeje a mistura na forma caramelizada.

— Cubra com papel-alumínio, leve ao forno preaquecido a 200 °C pot 40 minutos e faça o teste do palito: se ele sair limpo, retire o pudim do forno, deixe esfriar, leve à geladeira por pelo menos 3 horas, desenforme e sirva.


Considerando que estamos a poucos dias do Natal, e que Natal combina com pavê — e com o inevitável trocadilho “pavê ou pacumê” —, veja como fazer um delicioso pavê de chocolateVocê vai precisar de:


— 400g de leite condensado;

— 200g de chocolate em pó;

— 300g de creme de leite sem soro;

— 400 ml de leite;

— 2 ovos;

— 10g amido de milho (maisena);

— 20g de açúcar;

— 1 pacote de bolacha maisena.


— Leve o leite condensado, o leite, o amido de milho, 2 gemas e o chocolate em pó ao fogo, mexa até ferver e reserve.

— Bata as claras em neve, junte o açúcar e o creme de leite, despeje em uma travessa, coloque por cima as bolachas e, por último, as claras batidas.

— Deixe descansar por 12h na geladeira antes de servir.


Bom proveito.