terça-feira, 23 de dezembro de 2025

CARREGADORES DE CELULAR — DICAS PARA NÃO LEVAR GATO POR LEBRE

A MELHOR MANEIRA DE PREVER O FUTURO É INVENTÁ-LO.

Depois que os dumbphones se tornaram smartphones, o consumo de energia aumentou substancialmente, e a capacidade das baterias passou a ser tão importante quanto a memória RAM e o armazenamento interno. 


Como nem mesmo as baterias de 5.000 ou 6.000 miliampere-hora livram os heavy users de um “pit stop” entre recargas completas, os carregadores rápidos tornaram-se itens de primeira necessidade. O problema é que o preço dos acessórios originais e/ou homologados pelos fabricantes incentiva a proliferação de produtos falsificados, que podem comprometer tanto o desempenho quanto a segurança dos próprios celulares. 


Em situações normais, o carregador e o cabo que acompanham o telefone têm vida útil igual ou superior à do próprio aparelho, mas, quando é preciso substituí-los, a aparência externa dos carregadores revela muito sobre sua autenticidade.


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Em política, todo mal começa com as explicações. Até aqui, o Planalto imaginou que bastaria enaltecer a independência da PF e repetir que o roubo começou no governo Bolsonaro, mas se não melhorar seu enredo sobre o filho Luis Cláudio, Lula fará da corrupção um tema incontornável para 2026.

A PF jogou no ventilador detritos do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. Pilhado com R$ 430 mil guardados num saco de lixo no guarda-roupa, o deputado Sóstenes Cavalcante, líder bolsonarista na Câmara, foi pendurado de ponta-cabeça nas manchetes ao lado do colega Carlos Jordy, outro expoente da facção legislativa do bolsonarismo. 

Segundo a PF, suas excelências desviaram verbas federais da cota parlamentar num esquema que envolve a locação de veículos de empresas fantasma — assessores da dupla movimentaram R$ 27 milhões em cinco anos. 

Sóstenes se diz vítima de uma perseguição contra a direita, mas a tese perde o nexo quando ele se agarra a dados recolhidos pela mesma PF para torpedear Lula e, virando-se para o Supremo, se diz "impressionado" com o contrato de R$ 129 milhões firmado pelo Banco Master com a advogada Viviane Barci, mulher de Alexandre de Moraes. 

Uma boa explicação começa com um bom começo e termina com um bom final, ambos o mais perto possível um do outro. O esclarecimento de Sóstenes sobre o dinheiro encontrado em seu guarda-roupa começou mal e terminou muito pior.

Ao expressar em palavras a ausência insubstancial da inanidade de sua versão, o deputado encheu linguiça, e o nada se tornou um vocábulo que ultrapassa tudo. A explicação soou mal no começo porque o parlamentar quis vestir na PF uma carapuça ideológica que destoa dos fatos — na véspera, a mesma PF prendeu o número 2 do Ministério da Previdência de Lula e varejou a casa do líder do governo no Senado.

O esclarecimento terminou pior porque Sóstenes vinculou os R$ 430 mil acoitados em guarda-roupa a uma transação imobiliária que tem a consistência de um pote de gelatina: alegou ter vendido uma propriedade em Minas Gerais e que foi pago com dinheiro lícito, mas não exibiu a escritura, não informou a data da transação e tampouco revelou o nome do comprador.

Num primeiro momento, Sóstenes disse que possuía o tal imóvel desde 2020. Nessa hipótese, teria mentido para a Justiça Eleitoral em 2022, quando declarou que todo o seu patrimônio — R$ 4.926,76 — estava depositado em duas contas bancárias. Num segundo momento, jurou ter comprado o imóvel depois do pleito de 2022, mas faltou situar oportunamente num ponto qualquer do calendário.

Há no mundo gente cansada de trabalho, de ideias e de altruísmo, mas poucos exibem enfado pelo dinheiro como Sóstenes — que, podendo engordar o patrimônio num bom fundo de investimento, optou por uma variante da forma mais primitiva de poupança: em vez do colchão, enfiou seu quase meio milhão de reais num saco de lixo e acondicionou o pacote no armário. “Com a correria do trabalho, não fiz o depósito", lamentou.

Na versão do líder da facção legislativa do bolsonarismo, quem vive de corrupção não guarda dinheiro em casa. Trata-se de uma meia-verdade, e o problema das meias-verdades é que elas exaltam exatamente a metade que não é verdade. 

Os bancos são obrigados a reportar depósitos acima de R$ 50 mil ao Coaf. Havendo indícios de lavagem de dinheiro, a movimentação é classificada como "atípica" e comunicada à Receita, ao Ministério Público e à PF. Quer dizer: quem vive de corrupção tem milhões de razões para fugir do sistema bancário.

Devoto de Bolsonaro, o pastor Sóstenes considera-se vítima da mesma hipotética perseguição que levou o ex-mito à carceragem da PF. "Não basta prender um inocente", declarou, em timbre exaltado. "Eles querem limpar e extirpar a força que a direita e os conservadores têm, tentando nos manchar com a lama deles, que é a da corrupção."

Se o enredo de Sóstenes fosse uma novela de mistério, não seria necessário espiar a última página para identificar o culpado — seu nome estaria estampado na capa: o autor. 

 

Produtos de baixa qualidade ou falsificados costumam apresentar acabamento malfeito, com rebarbas, imperfeições e peso inferior ao dos originais. A qualidade da impressão nas etiquetas também é um bom indicativo, mas os principais sinais de alerta são a ausência do selo da Anatel e o preço muito abaixo do praticado no mercado.

 

Para não levar gato por lebre, cheque a compatibilidade — nem todo carregador rápido é adequado para o seu aparelho, e um modelo incompatível pode danificar a bateria —, e desconfie de carregadores que prometem "carregar 100% em 10 minutos" ou outros prodígios de magia que tais. 

 

Modelos de boa qualidade oferecem proteções contra curto-circuito, sobretensão e sobreaquecimento, sem falar que o cabo é tão importante quanto o adaptador, pois pode causar falhas de carregamento, superaquecimento e até incêndios. Portanto, se o carregador ou o celular esquentarem demais durante o uso, interrompa imediatamente o processo.

 

Compre esses dispositivos em lojas confiáveis, compare o preço com o valor oficial no site do fabricante, fuja de produtos vendidos em embalagens genéricas e, quando possível, verifique o tempo de carregamento do aparelho e a temperatura do carregador após alguns minutos de uso.

 

Boa sorte!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

MOTOROLA ALÉM DO BÁSICO: GESTOS, ATALHOS E FUNÇÕES INTELIGENTES PARA O DIA A DIA

INTELIGÊNCIA É A CAPACIDADE DE SE ADAPTAR À MUDANÇA. 

Samsung, Motorola, Apple e Xiaomi detêm, respectivamente, 36%, 19%, 17% e 16% do mercado brasileiro de celulares. A marca da maçã cobra caro pela excelência de seus produtos, mas os modelos premium das concorrentes também não são exatamente baratos. 

 

Os smartphones Motorola têm recursos nativos que vão além das funções básicas do Android, mas que passam despercebidos por muitos usuários. É possível, por exemplo, usar gestos para fazer capturas de tela, ativar a divisão da tela com apenas um toque e ajustar diversos aspectos do aparelho de forma prática e centralizada.


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Sobre Fábio Luís Lula da Silva — o Lulinha —, a má é que não há notícia boa. A ruim é que as menções a seu nome viraram arroz de festa nos subúrbios do inquérito sobre o assalto contra os aposentados. A pior é que o pai-presidente não tem nada a dizer sobre as suspeitas que assediam o pimpolho..

A PF esbarrou numa troca de mensagens entre o Careca do INSS e outro investigado, Milton Salvador. No diálogo que consta do despacho em que o ministro André Mendonça autorizou as penúltimas diligências policiais, os dois falam sobre uma remessa de R$300 mil para "o filho do rapaz".

Lula disse em entrevista: "Todas as pessoas que estiverem envolvidas, diretamente ou não, vão ser investigadas pela Polícia Federal”, mas não se animou a colocar a mão no fogaréu do INSS pelo filho, preferindo manter sua reputação no condicional: "Se tiver filho meu metido nisso, ele será investigado."

Seguindo o rastro das remessas para o "filho do rapaz", a PF mapeou cinco pagamentos de R$300 mil, que pingaram na conta de uma empresa de consultoria de Roberta Luchsinger, uma amiga milionária de Lulinha. 

Uma das mensagens enviadas por Roberta ao Careca do INSS menciona os rumores segundo os quais Lulinha teria virado sócio de um frigorífico em verões passados: "Na época, do Fábio, falaram de Friboi". Em outra, ela faz um alerta: "Só para você saber, acharam um envelope com o nome do nosso amigo no dia da busca e apreensão". Numa terceira, faz um pedido ao Careca do INSS: "Some com esses telefones. Joga fora."

Em política, todo mal começa com as explicações, mas há males que vêm para pior. Até aqui, o Planalto imaginou que bastaria enaltecer a independência da PF e repetir que o roubo começou no governo Bolsonaro. Ou Lula melhora seu enredo sobre Lulinha, ou fará da corrupção um tema incontornável para 2026. 


O aplicativo Moto (que acompanha a maioria dos modelos, mas pode ser baixado da Google Play Store se necessário) permite ativar gestos inteligentes, alterar cores, trocar papéis de parede, configurar atalhos e modificar elementos da interface, tornando-a mais personalizada e funcional. Para acessar essas opções, basta abrir o aplicativo e tocar em Personalizar, no menu lateral. 

 

O Gametime é uma funcionalidade nativa que entra em ação automaticamente ao abrir um jogo e permite bloquear notificações, rejeitar chamadas, ativar atalhos rápidos, entre outras opções que visam melhorar a concentração durante as partidas. Para ativar, acesse o app Moto e, no menu Play, ligue a opção Gametime.

 

Para saber quem está ligando sem precisar olhar para a tela, abra o app Telefone, toque no ícone de três pontinhos, vá em Configurações e ative a função Aviso do identificador de chamadas, que anuncia por voz quem está ligando, independentemente de ser um contato salvo ou um número desconhecido.

 

Toque em Configurações > Bateria e ative a função Bateria Adaptável, que utiliza inteligência artificial para analisar quais aplicativos ficam abertos em segundo plano e limitar o consumo de energia àqueles que realmente importam no dia a dia.

 

Uma maneira de reduzir a exibição de anúncios em celulares Motorola é excluir o ID de publicidade — identificador que o Android utiliza para rastrear as atividades dos usuários e exibir anúncios personalizados. Para isso, vá em Configurações > Google > Todos os serviços > Privacidade e segurança > Anúncios > Excluir o ID de publicidade e confirme a ação.

 

Para tirar screenshots sem pressionar os botões habituais, abra o app Moto, toque no menu Gestos e ative a opção Captura de tela com três dedos — em alguns modelos essa opção está localizada em Configurações > Sistema > Gestos. Para dividir a tela para usar dois aplicativos simultaneamente: acesse o app Moto e, no menu Gestos, ative a opção Deslize para dividir.

 

Outros gestos e funções que facilitam a rotina: 

 

— Sacuda o celular duas vezes (movimento chop-chop) para ligar ou desligar a lanterna.

 

— Gire o punho duas vezes com o celular na mão para abrir a câmera.

 

— Visualize e interaja com notificações diretamente na tela de bloqueio.

 

— Atenda ao levar o aparelho ao ouvido ou silencie ao virar a tela para baixo (Moto > Gestos > Gestos para chamadas).

 

— Acesse Configurações > Bem-estar digital e controle dos pais para monitorar o tempo de uso e ativar o modo foco para se desconectar quando necessário.

domingo, 21 de dezembro de 2025

PUDIM DE LEITE CONDENSADO E PAVÊ DE CHOCOLATE

NÃO VÁ ONDE NÃO TE QUEREM, EVITE IR AMIÚDE ONDE ÉS BEM-VINDO, AO RICO NÃO FALTES E AO POBRE NÃO PROMETA.

Nos meus tempos de criança, o pudim tinha presença garantida nos almoços de domingo e em reuniões em família. Tradicionalmente, essa delícia é feita em banho-maria — técnica que garante o cozimento uniforme e a textura cremosa característica —, mas é possível obter o mesmo resultado de forma mais rápida e prática sem essa etapa. 


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Ulysses Guimarães teria dito em várias oportunidades: “se você não gosta do Congresso atual, espere para ver o próximo”.

Os presidentes das duas casas legislativas são eleitos por seus pares. Hugo Motta preside a Câmara como um jóquei cego montando uma mula-sem-cabeça, e as cassações tardias dos mandatos de Eduardo Bolsonaro e de Alexandre Ramagem não atenuaram sua desmoralização, mesmo porque ele providenciou os atos administrativos que passaram os dois mandatos na lâmina porque não dispunha de alternativa. 

Eduardo excedeu no mês passado o número regulamentar de faltas, e o Supremo sinalizou que não toleraria a zambelização do caso Ramagem, com novo resgate em plenário de um mandato inexistente.

É natural que o chefe da Câmara procure equilibrar-se em meio ao entrechoque dos interesses partidários representados na casa, mas Motta, em vez de presidir as circunstâncias, é presidido por elas, e se dá por satisfeito se seus dois objetivos estratégicos são cumpridos: não cair e continuar dando a impressão de que comanda.

O suposto presidente da Câmara talvez devesse tocar Geraldo Vandré: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer." A maior contribuição que o nobre deputado paraibano pode proporcionar ao país é não se reeleger.


Você vai precisar de:


— 1 xícara (chá) de açúcar; 

— 1/2 xícara (chá) de água;

— 5 ovos inteiros (gema + clara);  

— 2 caixinhas de leite condensado;

— 2 caixinhas de leite (use a mesma medida do leite condensado). 


Em uma panela:


— Derreta o açúcar até formar um caramelo dourado.

— Adicione a água aos poucos, mexendo com cuidado.

— Quando a calda ficar lisa e brilhante, despeje-a numa forma de pudim (aquelas com um furo no meio) e reserve.

— Bata os ovos no liquidificador até ficarem completamente dissolvidos, acrescente o leite e o leite condensado, bata por mais 3 minutos, despeje a mistura na forma caramelizada.

— Cubra com papel-alumínio, leve ao forno preaquecido a 200 °C pot 40 minutos e faça o teste do palito: se ele sair limpo, retire o pudim do forno, deixe esfriar, leve à geladeira por pelo menos 3 horas, desenforme e sirva.


Considerando que estamos a poucos dias do Natal, e que Natal combina com pavê — e com o inevitável trocadilho “pavê ou pacumê” —, veja como fazer um delicioso pavê de chocolateVocê vai precisar de:


— 400g de leite condensado;

— 200g de chocolate em pó;

— 300g de creme de leite sem soro;

— 400 ml de leite;

— 2 ovos;

— 10g amido de milho (maisena);

— 20g de açúcar;

— 1 pacote de bolacha maisena.


— Leve o leite condensado, o leite, o amido de milho, 2 gemas e o chocolate em pó ao fogo, mexa até ferver e reserve.

— Bata as claras em neve, junte o açúcar e o creme de leite, despeje em uma travessa, coloque por cima as bolachas e, por último, as claras batidas.

— Deixe descansar por 12h na geladeira antes de servir.


Bom proveito.

sábado, 20 de dezembro de 2025

A AMEAÇA ROXA: COMO O SIMPLES ATO DE CLICAR EXPÕE NOSSA PRIVACIDADE NA WEB

QUEM SE APAIXONA POR SI MESMO NÃO TEM RIVAL.

A mudança dos links clicados do azul para o roxo foi introduzida há mais de três décadas no saudoso Mosaic, e permaneceu inofensiva até ser explorada por espiões digitais para bisbilhotar o histórico de navegação sem que os internautas percebessem.

Lá pelos anos 2000, pesquisadores notaram que dava para jogar centenas ou milhares de links invisíveis numa página e usar o JavaScript para detectar quais o navegador já havia visitado. Ou seja: inadvertidamente, os internautas estavam compartilhando parte de seu histórico com qualquer site mal-intencionado que soubesse como explorar a falha.

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Eu tinha Sérgio Moro na mais alta conta até ele trocar sua carreira no Judiciário pelo Ministério da Justiça de Bolsonaro. Desde então, o ex-titular da 13ª Vara Federal de Curitiba virou maquinista de um trem fantasma e vem deslizando rumo ao fundo do poço. E quando se imagina que o hoje ex-herói nacional já atingiu as profundezas, sempre surge outra assombração para informar que o percurso rumo ao insondável terá novas escalas.

Ao longo dos últimos sete anos, o fundo do poço da bolsonarização foi suplantado pelo fundo do poço da Vaza-Jato, que foi superado pelo fundo do poço da conversão de Moro em juiz suspeito, que foi seguido pelo fundo do poço da anulação das sentenças de Lula, que foi obscurecido pelo fundo do poço do esquartejamento da Lava-Jato, agora ultrapassado pelo fundo do poço da busca e apreensão realizada pela PF, no qual os investigadores recolheram evidências de que o ex-chefe da República de Curitiba, imaginando-se acima da lei antes da Lava-Jato, instrumentalizou um colaborador para grampear autoridades cujo foro estava acima da jurisdição de um magistrado de primeira instância. 

No capítulo mais recente dessa patética novela, o ex-delator Tony Garcia voltou do passado como um fantasma que dá ao fundo do poço de Moro uma aparência de poço sem fundo.

Em 2010, veio à tona que alguns sites importantes usavam essa técnica para monitorar os visitantes. Houve processo e eles ganharam, mas o barulho foi suficiente para que os principais navegadores (Firefox, Chrome e Safari) se apressassem a tapar a brecha e limitar o acesso à informação.

Em 2018, um estudo apontou novas formas mais sofisticadas e sorrateiras de identificar links visitados. Algumas afetavam todos os navegadores testados (com exceção do Tor). Desde então, a velha prática da “deduragem roxa” foi ganhando novas roupagens, e o histórico de navegação segue como um dos alvos mais valiosos da web. 

Visitas a sites de saúde, política, relacionamentos, pornografia ou apostas, por exemplo, resultam em material suficiente para extorsões, chantagens ou golpes customizados com aquele jeitinho que convence até os mais céticos. Uma instituição de caridade falsa, um novo medicamento milagroso, uma isca emocional bem colocada — e pronto, o peixe morde a isca e engole o anzol.

Empresas de publicidade e análise utilizam cookies e impressões digitais do navegador para rastrear cada movimento online. Somado a essas técnicas, o histórico de navegação funciona como um verdadeiro “supercookie” — uma impressão digital altamente precisa que revela comportamentos e interesses com espantosa eficácia.

A primeira reação mais robusta veio em 2010, com medidas implementadas pelo Google Chrome, pelo Mozilla Firefox e pelo Apple Safari. O Firefox 3.5 chegou até a permitir que o usuário desativasse totalmente a mudança de cor dos links visitados — algo que o Tor Browser adotou por padrão, junto com o bloqueio de histórico, oferecendo uma blindagem decente contra esse tipo de espionagem.

Mais recentemente, a equipe do Chrome introduziu o particionamento de links visitados — disponível a partir da versão 136. A ideia é simples: os links só mudam de cor se forem clicados dentro do mesmo site. E, mesmo assim, o "saber que foi clicado" só se aplica àquele contexto. Ou seja, se você clicar em banco-central.com dentro de um widget em banco.com, esse clique não vale para o mesmo widget se ele aparecer em outro site. É como se cada site vivesse em uma bolha independente.

O Google está tão confiante na solução que já cogita desativar as antigas mitigações de 2010. No entanto, isso só vale somente dentro do ecossistema do Chrome — e o navegador do Google não é exatamente um bastião da privacidade digital

Se você usa outros navegadores que não o Chrome, evite cair na "ameaça roxa" mantendo o browser sempre atualizado e usando a navegação anônima (ou privada), especialmente em acessos sensíveis. Adicionalmente, limpe os cookies e o histórico de navegação regularmente, desative nas configurações (se disponível) a mudança de cor dos links visitados, instale extensões que bloqueiem rastreadores e spywares e investa em ferramentas como o Kaspersky Premium (ou similares, com boa reputação no mercado).

Segurança no universo virtual é conto da Carochinha. Assim, num mundo em que até a cor de um link pode escancarar nossa privacidade,  estar informado — e protegido — não é luxo, e sim necessidade.

Com informações da empresa de cibersegurança russa Kaspersky.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 63ª PARTE

QUEM SORRI SEM PARAR NÃO É ALEGRE — É FALSO.

No que tange  à consciência humana — talvez o maior de todos os mistérios —, a pergunta que não quer calar é: como nossa mente, presumivelmente irreversível, consegue criar uma experiência tão definitivamente direcionada do tempo? 

Alguns neurocientistas sugerem que a consciência pode ser vista como um “processo de integração de informações” que opera numa direção temporal específica, e que nossa sensação de “fluxo” do tempo seria um subproduto da forma como o cérebro processa e armazena memórias. Outros especulam que ela pode ter uma relação especial com o colapso das funções de onda quântica, e que cada “momento” consciente corresponde a uma escolha quântica que define nossa realidade específica entre infinitas possibilidades paralelas.


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Nem tudo na política é bandidagem. Mas não é fácil distinguir os políticos ruins dos muito piores, já que todos os gatunos ficam pardos à medida que a política vai se tornando um outro ramo do crime organizado. Aliás, não há organizações criminosas no Brasil; o Brasil é uma organização criminosa.

A aprovação do projeto de lei que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado não apaga o caráter casuístico da matéria, a deslavada troca de interesses entre governo e oposição, o atropelo do regimento e a falsidade da alegação de que o gesto marcaria o início da pacificação entre as correntes radicalizadas do país.

Visando modificar decisões do Supremo — que ainda vai examinar o caso —, o Congresso alterou a lei de execuções penais para beneficiar pessoas condenadas. Salta aos olhos que a intenção atendeu a interesses de um grupo político de oposição, mas com apoio do governo — cujo cinismo promete veto.

O Senado fez uma leitura marota do conceito de emenda de redação e ignorou os alertas de senadores mais responsáveis sobre os defeitos do texto. Houve um toma lá dá cá negociado na noite anterior à votação, mediante o qual a oposição garantiria votos para o aumento de fontes de arrecadação no valor de R$20 bilhões.

Não há argumento pacificador capaz de se sustentar ante a seguinte clareza: não existe paridade de condições entre agressor e agredido. Os condenados desferiram ataques dos quais a institucionalidade se defendeu.

Nenhum sinal de arrependimento da parte dos agressores, admissão de culpa ou de compromisso de não repetirem os atos de grave desobediência civil. Ao contrário, reivindicam o perdão como prova de que nada fizeram de errado. Portanto, podem fazer de novo sem que nada de mais grave lhes aconteça, pois sempre haverá uma condescendência à espreita para perdoá-los em nome de uma paz que não virá enquanto prevalecer a lógica da guerra entre os que não têm ferramentas nem disposição para depor as armas e construir ambiente propício a diálogos baseados em preceitos de natureza republicana.

O saudoso Ulysses Guimarães, também conhecido como “Sr. Diretas”, costumava dizer: “Acha esse congresso ruim? Espere para ver o próximo". Lula, dizendo-se indignado, promete vetar, mas o veto pode ser natimorto se considerarmos que o placar foi 48 votos a 25 no Senado e de 291 a 148, na Câmara, e que derrubá-lo demanda maioria simples (41 e 257 votos, respectivamente). Resumo da ópera: ficou mais barato dar golpe graças ao Congresso

Os senadores fizeram uma mudança no texto que deveria levar a questão de volta à Câmara, mas tricotou-se nos bastidores um acordão com o Supremo, com tudo, e é difícil acreditar que Lula — que nunca sabe de nada — e o Planalto não soubessem de toda essa movimentação. 

Nem bem o país deu uma demonstração de maturidade política ao condenar um ex-presidente e generais que tentaram abolir de forma violenta o Estado democrático de direito, parlamentares gestam, parem e aprovam projeto de lei que mitiga os efeitos da decisão. Por essas e outras, a vergonha que eu tinha de ser brasileiro se transformou em nojo. Os vândalos do 8 de janeiro têm de acertar contas à Justiça, mas se tivesse que escolher entre sua anistia e a de centenas de seus seguidores, Bolsonaro daria uma banana para a massa e construiria a narrativa de que faria esse sacrifício, em nome do país.

Somado a questões de saúde, mais esse descalabro me leva a repensar se vale a pena continuar escrevendo sobre política aqui no blog.


Se essas teorias estiverem corretas, talvez estejamos “viajando no tempo” de formas sutis que ainda não compreendemos. Cada decisão consciente, cada observação quântica, cada momento de percepção pode ser uma forma de navegação temporal microscópica — não por meio de grandes saltos dramáticos, mas através de infinitas escolhas que moldam nosso caminho no espaço-tempo.

 

Talvez a viagem no tempo não exija necessariamente máquinas impossíveis ou energia cósmica, mas sim uma compreensão mais profunda de como nossa consciência interage com a estrutura quântica da realidade — transformando-nos, não em turistas temporais, mas em arquitetos conscientes da própria trajetória através do mistério que chamamos de tempo.

 

Observação: Nos capítulos 60 e 61, selecionei quatro exemplos — entre centenas de casos estranhos — que, no mínimo, dão o que pensar. É possível que sejam meras teorias da conspiração, mas isso não muda o fato de que viajar no tempo seja uma possibilidade real — ainda inalcançável, é verdade, mas, como bem disse o poeta, "não há nada como o tempo para passar".

 

Ainda que assim não fosse, cientistas acreditam que a chave para as viagens temporais pode estar em estruturas teóricas chamadas cordas cósmicas — fios invisíveis ao olho nu, mas com a massa de milhares de estrelas. As informações são da BBC, que entrevistou o professor Ken Olum, da Tufts University, David Chernoff, da Universidade Cornell, e J. Richard Gott, da Universidade de Princeton — todas nos Estados Unidos.

 

Supõe-se que as tais cordas cósmicas sejam extremamente finas, apresentem formatos variados — longos tubos que se estendem ao infinito ou laços fechados sobre si mesmos — e percam energia gradualmente ao emitir ondas gravitacionais enquanto vibram. As do primeiro tipo, conhecidas como supercordas cósmicas, baseiam-se na Teoria das Cordas — segundo a qual as partículas fundamentais do Universo seriam, na verdade, cordas vibrantes — e poderiam estar espalhadas pelo cosmos, fornecendo pistas sobre a estrutura do Universo e, possivelmente, sobre o segredo das viagens no tempo. As do segundo tipo seriam um legado das primeiras fases do cosmos, formadas durante uma transição cósmica inicial, que teria deixado “cicatrizes” semelhantes às rachaduras que surgem quando a água congela.

 

Segundo o físico teórico J. Richard Gott, se duas cordas cósmicas se movessem próximas à velocidade da luz, poderiam criar um loop no espaço-tempo, funcionando como um buraco de minhoca e abrindo uma passagem teórica para o passado ou o futuro. A questão é que detectá-las é um desafio imenso: por serem incrivelmente densas, elas deveriam distorcer o espaço-tempo ao redor, produzindo um efeito de lente gravitacional capaz de duplicar a imagem de galáxias, mas estudos recentes sugerem que elas podem ser menos densas do que se imaginava, o que as torna ainda mais difíceis de identificar.

 

Uma abordagem alternativa para localizá-las seria observar o fenômeno de microlente gravitacional em estrelas individuais. Caso uma corda cósmica passe diante de uma estrela, poderia dobrar temporariamente seu brilho, criando pistas para sua identificação. Esse método pode vir a ser crucial para encontrar tais estruturas e, quem sabe, desvendar o segredo das viagens no tempo livres de paradoxos.

 

Se essas pistas forem confirmadas, talvez estejamos mais próximos do que imaginamos de transformar a ficção científica em ciência aplicada. Até lá, as cordas cósmicas permanecem invisíveis, mas não necessariamente ausentes — como ensinou Carl Sagan, "ausência de evidência não é evidencia de ausência — aguardando o momento certo para revelar se são apenas curiosidades teóricas ou portais silenciosos para outros pontos no tempo.  


Por último, mas não menos importante: muitos fenômenos que parecem impossíveis no mundo macroscópico tornam-se plausíveis no universo subatômico da física quântica, onde sistemas podem ser manipulados para simular a passagem do tempo de formas distintas, como demonstrado por um estudo recente da Academia Austríaca de Ciências e da Universidade de Viena. Claro que essa manipulação quântica do tempo não equivale a viagens temporais, e sim à alteração de estados quânticos que permitem a evolução de fótons para estados anteriores — um fenômeno conhecido como "translação temporal".

Ainda que tenha limitações para objetos maiores, essa técnica permite fazer um sistema envelhecer mais rapidamente em comparação aos seus pares, realocando "anos" de um grupo de sistemas para outro. Assim, mesmo que foco não seja viajar no tempo, a manipulação quântica do tempo pode vir a ser parte fundamental do desenvolvimento da computação quântica e de futuras tecnologias. 

Continua...