segunda-feira, 12 de abril de 2010

Revisitando os portáteis (primeira parte)

Embora não possam ser considerados produtos baratos, os computadores portáteis nunca estiveram tão acessíveis (alguns modelos já podem ser encontrados por menos de 1.000 reais e pagos em suaves prestações), de modo que muitos usuários vêm preferindo os notebooks e netbooks aos tradicionais PCs de mesa, mesmo que mobilidade e portabilidade não sejam suas principais prioridades, e, por conta disso, tenho recebido e-mails de leitores solicitando a publicação de informações que os ajudem a escolher o modelo mais adequado. No entanto, essa é uma questão difícil, pois envolve aspectos subjetivos e personalíssimos, notadamente em relação ao preço (o que é acessível para uns pode ser muito caro para outros) e à configuração (o que é adequado para mim pode ser insuficiente para você e exagerado para outrem). Ainda assim, sem prejuízo do que já foi dito a propósito em outras postagens, vamos tecer algumas considerações que talvez possam interessar a gregos e a troianos.
Antes de escolher um portátil, convém você traçar seu perfil de usuário, ou seja, considerar as principais tarefas que pretende executar: se for apenas para criar textos e planilhas e navegar na Web, por exemplo, não compensa investir pesado num modelo de topo de linha; escolha uma máquina com configuração mais simples e economize um bom dinheiro.
Quem viaja regularmente e precisa levar o aparelho consigo deve optar por um modelo leve (em termos de peso), com boa autonomia (duração da bateria), mas cuja configuração e recursos não deixem a desejar na hora de utilizá-lo em hotéis, aeroportos, etc. Por outro lado, se a idéia for usar seu portátil como substituto do desktop, peso, tamanho e autonomia são questões de relevância menor; nesse caso, o mais indicado é privilegiar a configuração (que deverá ser equivalente à do desktop que você escolheria). Atualmente, o recomendável é escolher um note baseado na nova família de processadores Intel Core i5 ou Core i7, que apresenta diversos aprimoramentos em relação aos processadores anteriores, incluindo um controlador de memória integrado e a tão esperada migração do FSB para um barramento serial ponto-a-ponto (para mais informações, clique aqui.
Caso seu bolso não esteja lá muito afinado com seus sonhos de consumo, o jeito será partir para algo mais em conta. Nesse caso, vale considerar o note POSITIVO AUREUM 4400, por exemplo, que oferece 4 GB de RAM e HD de ½ TB (configuração interessante, convenhamos, a despeito do processador Pentium Mobile de 1.3 GHz e da falta do drive óptico) e traz o Windows 7 Home Premium pré-instalado. Outras boas opções (ainda mais em conta) são os netbooks VAIO W160AB (Sony) e o MOBO 4050 Red (Positivo): ambos integram processadores Intel ATOM, 2 GB de RAM, HDs de 250 e 160 gigabytes, respectivamente, e vêm com o Windows 7 pré-instalado, ainda que na limitada versão Starter Edition.
Definidos os aspectos referentes ao processador, tamanho do HD, quantidade de memória e disponibilidade (ou não) de um drive óptico, vale lembrar que laptops mais baratos costumam trazer telas de 14 polegadas (nos netbooks, o tamanho é ainda menor). Se você for fã de games e estiver acostumado com um monitor widescreen de grandes proporções, irá penar um bocado no novo ambiente de trabalho – claro que você pode conectar um monitor convencional na hora de jogar ou rodar aplicativos que exijam mais espaço, mas enfim...
O teclado também costuma ser um detalhe solenemente ignorado na hora da compra, e muita gente só repara em casa que seu novo computador utiliza o padrão internacional, que dificulta sobremaneira a acentuação das palavras (prefira modelos do padrão ABNT2 e fuja dos chamados “teclados econômicos”, que apresentam funcionalidades reduzidas). Atente também para as portas disponibilizadas pelo aparelho. Se você costuma transferir fotos de sua câmera digital ou músicas para seu MP3 Player, assegure-se de que haja pelo menos duas portas USB 2.0.
Por último, mas não menos importante, convém tomar muito cuidado em relação à garantia. Fabricantes renomados costumam oferecer uma ampla rede de assistência técnica, mas quem comprar a máquina de um importador independente ficará atrelado às oficinas credenciadas pelo lojista, mesmo que a marca tenha representação local. Nesse caso, um reparo mais complicado poderá exigir o envio do aparelho para o país de origem, e sabe lá Deus quanto tempo ele demorará a voltar.
Amanhã a gente continua; abraços e até lá.