quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cautela e canja de galinha...

Sempre que abro o OE, sou brindado com uma penca de e-mails “dispensáveis” que envio sem escalas para a lixeira, mas vez por outra alguns deles me chamam a atenção, como o que recebi dias atrás com a frase “Vê se não esquece mais...” no campo do assunto. Como a remetente não me era familiar - se fosse uma leitora que me escrevesse pela primeira vez, ela teria enviado a mensagem para o GMail ou para o Hot, não para o Terra -, fucei o código fonte do e-mail e descobri que não havia me esquecido de nada (risos); aliás, a palavra “mais”, no assunto, sugeria um contato anterior (que não houve), e como as primeiras linhas do texto me convidavam a ver “aquelas fotos que nós tiramos recentemente”, ficou claro que o troço era a mais pura maracutaia.

Observação: Para acessar o código fonte de uma mensagem baixada pelo OE, dê um clique direito sobre ela (sem abrir) e clique em Propriedades > Detalhes > Código fonte da mensagem.

Diversos malwares se enviam automaticamente para todos os endereços eletrônicos existentes num PC infectado - não só os cadastrados no catálogo de endereços, mas também os que são encontrados em arquivos de texto, documentos, planilhas, e até mesmo nas webpages navegadas pelo usuário. Assim, caso você costume receber e-mails em massa, enviados para múltiplos destinatários, tome cuidado: se algum deles estiver contaminado, o vírus poderá capturar todos os endereços, inclusive o seu. Além disso, como a maioria dessas pragas insere um endereço aleatório no campo “De” (remetente da mensagem), qualquer um de nós, mesmo sem estar infectado, pode figurar como remetente de mensagens mal-intencionadas enviadas a torto e a direito.
Como cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, além de manter seu antivírus em dia, instale todas as atualizações e correções de segurança disponibilizadas para seu navegador, cliente de e-mail e outros aplicativos que tenham envolvimento com a Web (em certos casos, basta você baixar um e-mail infectado, ou simplesmente visitar um site suspeito, para ser infectado.

Observação: As webpages são compostas por dados que o browser processa mediante a execução de aplicativos legítimos, mas basta que algum desses aplicativos tenha brechas de segurança para que seu PC seja infectado quando você acessar uma página que contenha códigos maliciosos.

Note ainda que algumas brechas podem ser descobertas e exploradas pelos crackers antes mesmo de se tornarem conhecidas (e serem devidamente corrigida) pelos desenvolvedores dos programas. Nesse entretempo, mesmo mantendo o computador atualizado, você estará vulnerável a possíveis infecções, especialmente se tiver o hábito de navegar por sites suspeitos (como os de pornografia, de hackers, e outros que tais), clicar em links de e-mails não solicitados (como cartões virtuais, por exemplo) ou abrir anexos de e-mail enviados por desconhecidos (e mesmo que o remetente seja um de seus contatos, lembre-se de que essa informação não é 100% confiável; se você não estiver esperando pelo link ou pelo anexo, confirme a legitimidade da remessa por telefone ou através de uma nova mensagem).

Boa sorte.