segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ainda a Banda Larga...

Depois que intermitências e panes recorrentes no Speedy levaram a ANATEL a determinar a suspensão da comercialização do produto para novos clientes, a Telefonica finalmente resolveu dar o braço a torcer e aprimorar seus serviços (veja detalhes em http://www.telefonicaemacao.com.br/). Todavia, conforme dissemos em outras oportunidades, ainda há um longo caminho a trilhar.
O lado “bom” da história é que essa "celeuma" motivou a criação de novas regras: a partir do ano que vem, além de oferecer melhor qualidade de conexão, as operadoras deverão, dentre outras coisas, acabar com as famigeradas multas para cancelamento de contratos e com a imposição de serviços casados” (os pacotes continuarão a existir, mas o interessado poderá contratar apenas o serviço de banda larga, se assim o desejar). Além disso, a ANATEL promete intensificar a fiscalização e aplicar pesadas multas às empresas que descumprirem as normas.
Convém ter em mente que problemas de conexão atingem todos os serviços de banda larga, embora tenham maior repercussão quando envolvem o Speedy, que conta com mais usuários no Estado de São Paulo do que todas as demais opções somadas (cabo, rádio, satélite, etc.). Aliás, mesmo aqui pelas nossas bandas o acesso rápido ainda é restrito a uma minoria da população – não só devido ao alto preço, mas também por conta das dificuldades técnicas que inviabilizam sua disponibilização em inúmeras localidades.
Talvez com a chegada do PLC (Internet via rede elétrica) as “Teles” revejam suas prioridades e se preocupem em servir melhor seus clientes – a maioria dos quais recorre a seus serviços por absoluta falta de alternativa. Como a infra-estrutura necessária para a disponibilização do sinal, nesse caso, é a própria rede elétrica – que já está instalada e tem penetração bem maior do que a de telefonia e muuuuuuuuuito maior do que a de TV a cabo –, a concorrência deve ficar bem mais acirrada.

Observação: Uma pesquisa realizada pelas universidades de Oxford e Oviedo indica que a Coréia do Sul encabeça o ranking mundial de conexões rápidas à Internet, à frente do Japão e da Suécia. Dentre os 66 países analisados, o Brasil ficou na 45ª posição (já no que diz respeito ao preço do serviço, o nosso é um dos mais caros do mundo).

Tenham todos uma ótima semana.