Quando as primeiras operadoras de telefonia móvel começaram a disponibilizar seus serviços aqui pelas nossas bandas, os celulares eram tijolões pesados, desajeitados, e só serviam para fazer e receber chamadas (isso quando funcionavam), embora conferissem certo “status” aos usuários.
Com o passar do tempo, todavia, os aparelhos foram diminuindo de tamanho, crescendo em recursos e funções, caindo de preço e se tornando cada vez mais populares. Atualmente, quase todo mundo carrega um celular no bolso, na bolsa ou pendurado no cinto (em Outubro, segundo a Anatel, já éramos 168 milhões de usuários); dias atrás, eu vi um “catador de papelão” encostar a carroça no meio-fio para atender uma chamada (acho que ele estava com receio de ser multado por algum marronzinho de plantão : -).
A verdade é que ter um telefone móvel, hoje em dia, mais do que luxo ou frescura, é uma triste necessidade – mais triste ainda devido ao preço que pagamos pelo serviço, já que as tarifas praticadas no Brasil estão entre as mais caras do mundo. Isso sem mencionar a política das operadoras, que se preocupa em aliciar novos contratantes com promoções e benefícios que não estendem para clientes de longa data.
Eu comecei a usar celulares lá pelo início do século. Da BCP, passei para a TELESP CELULAR - como eu dividia meu tempo entre São Paulo e Rio, comprei um aparelho da Motorola que oferecia suporte a duas linhas e simplesmente alternava para o número da Telefonica quando estava na Cidade Maravilhosa. Migrei para a TIM assim que ela passou a disponibilizar a tecnologia GSM aqui em Sampa e, cerca de cinco anos, mudei para a CLARO, com quem já estou há mais de quatro. Dias atrás, liguei para a Central de Atendimento e fui informado que meu plano (Claro Controle pós-pago, de R$ 112 por mês) “não é mais comercial”, não fazendo jus, portanto, a quaisquer bônus ou vantagens concedidas aos novos usuários. No máximo, eu posso ir até uma loja da operadora para trocar meu aparelho por um modelo de última geração a preço subsidiado, desde que me mantenha cliente por mais 12 ou 18 meses, sob pena de multa em caso de rescisão antecipada do contrato.
Em vista disso, desbloqueei meu aparelho, comprei um chip da Oi por R$ 20, coloquei mais R$ 20 de crédito e ganho R$ 20 de bônus todo dia (para falar com telefones fixos ou com celulares de clientes da Oi). É pena que a maioria dos números para os quais eu mais ligo sejam da Claro, mas se eu gostar da experiência, isso logo vai mudar.
Para quem tiver sugestões, experiências, dicas ou o que quer que seja, vale lembrar que comentários são sempre bem-vindos.
Bom final de semana e até mais ler.
Em tempo: Durante um jogo de futebol, um jovem achou de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, porque era impossível alguém da velha geração entender a nova.
"Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo!", disse ele em alto e bom som, de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.
"Nós, os jovens de hoje, crescemos com Internet, celular, televisão, aviões a jato, viagens espaciais e homens caminhando na Lua. Temos energia nuclear, carros elétricos e a hidrogênio, computadores com grande capacidade de
processamento e ...," – fez uma pausa para tomar um gole de cerveja.
O homem maduro se aproveitou do intervalo para interromper a ladainha:
- Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando éramos jovens porque estávamos ocupados em inventá-las. E você, seu bostinha arrogante, o que está fazendo para a próxima geração?
Foi aplaudido de pé !