O “novo” acordo ortográfico da língua portuguesa – que passou a vigorar em janeiro do ano passado para uniformizar a ortografia nos oito países falantes do idioma – continua gerando polêmicas: além de o custo ser maior que os benefícios, as instabilidades na grafia aumentam as dificuldades inerentes à “Última Flor do Lácio”, sem mencionar que língua natal faz parte da cultura de cada povo. Prova disso é que o termo “nação” – que costuma ser (mal) utilizado como sinônimo de "país" – define um conjunto de pessoas que falam o mesmo idioma, têm os mesmos costumes e se mantêm unidas pelos hábitos, tradições, religião, língua e consciência nacional.
Além de a cultura brasileira ser diferente da de países como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, o próprio português falado aqui pelas nossas bandas está longe de ser uniforme, já que é comum ocorrerem variações dialetais (de pronúncia, vocabulário e gramática) conforme a região, faixa etária, social, etc. A título de ilustração, um paulista que estiver no Rio de Janeiro e quiser comprar “coxão mole”, por exemplo, deverá pedir “chã de dentro”; se estiver em Belém do Pará e quiser "carne moída", terá de pedir “picadinho”...
Aliás, em quase todos os países europeus (com a possível exceção de Portugal) existem dialetos ricos de tradições literárias que foram suplantados pelo idioma nacional. Na Itália, além de cada região possuir seu dialeto específico, as diferenças ocorrem também em nível de cada cidade – o dialeto Ligure falado em Gênova, por exemplo, difere não só do Piemontese, mas também do mesmo Ligure falado em Imperia e La Spezia.
Observação: Não confunda dialeto com sotaque: embora alguns dialetos sejam usados com diferentes sotaques regionais, o que caracteriza o sotaque é apenas a diferença de pronúncia dos falantes.
Estando em Portugal, se você bancar o espertinho e tentar furar uma fila, será mandado para o “rabo da bicha”, e se alguém lhe perguntar “como vão os putos?”, não estranhe: a pessoa quer saber como estão seus filhos (as crianças). Lá, uma “pastelaria” não vende pastéis (de carne, queijo, palmito, etc.), mas sim pães doces, bolinhos e outras guloseimas do gênero, mas isso já é uma outra história, e fica para outra vez.
Voltando ao que interessa, alguns podem afirmar que essas diferenças não são focadas pelo tal acordo ortográfico, já que ele se atém apenas à forma como as palavras são grafadas, e em pouco tempo todos nós assimilemos as “novidades”. Enquanto isso não acontece, o site Ortografia (www.ortografa.com.br/) pode ser de grande ajuda: basta inserir as palavras desejadas e conferir se elas foram grafadas corretamente.
Aliás, o corretor ortográfico do MS Word 2007 já conta com uma atualização que inclui as novas regras, mas esse benefício não foi estendido para usuários das versões mais antigas do programa (mais informações em http://office.microsoft.com/pt-br/help/HA103876701046.aspx).
Bom dia a todos e até mais ler.
Além de a cultura brasileira ser diferente da de países como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, o próprio português falado aqui pelas nossas bandas está longe de ser uniforme, já que é comum ocorrerem variações dialetais (de pronúncia, vocabulário e gramática) conforme a região, faixa etária, social, etc. A título de ilustração, um paulista que estiver no Rio de Janeiro e quiser comprar “coxão mole”, por exemplo, deverá pedir “chã de dentro”; se estiver em Belém do Pará e quiser "carne moída", terá de pedir “picadinho”...
Aliás, em quase todos os países europeus (com a possível exceção de Portugal) existem dialetos ricos de tradições literárias que foram suplantados pelo idioma nacional. Na Itália, além de cada região possuir seu dialeto específico, as diferenças ocorrem também em nível de cada cidade – o dialeto Ligure falado em Gênova, por exemplo, difere não só do Piemontese, mas também do mesmo Ligure falado em Imperia e La Spezia.
Observação: Não confunda dialeto com sotaque: embora alguns dialetos sejam usados com diferentes sotaques regionais, o que caracteriza o sotaque é apenas a diferença de pronúncia dos falantes.
Estando em Portugal, se você bancar o espertinho e tentar furar uma fila, será mandado para o “rabo da bicha”, e se alguém lhe perguntar “como vão os putos?”, não estranhe: a pessoa quer saber como estão seus filhos (as crianças). Lá, uma “pastelaria” não vende pastéis (de carne, queijo, palmito, etc.), mas sim pães doces, bolinhos e outras guloseimas do gênero, mas isso já é uma outra história, e fica para outra vez.
Voltando ao que interessa, alguns podem afirmar que essas diferenças não são focadas pelo tal acordo ortográfico, já que ele se atém apenas à forma como as palavras são grafadas, e em pouco tempo todos nós assimilemos as “novidades”. Enquanto isso não acontece, o site Ortografia (www.ortografa.com.br/) pode ser de grande ajuda: basta inserir as palavras desejadas e conferir se elas foram grafadas corretamente.
Aliás, o corretor ortográfico do MS Word 2007 já conta com uma atualização que inclui as novas regras, mas esse benefício não foi estendido para usuários das versões mais antigas do programa (mais informações em http://office.microsoft.com/pt-br/help/HA103876701046.aspx).
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