A proximidade do Natal vem dando margem a inúmeras promoções de eletrodomésticos e eletroeletrônicos – amplamente alardeadas na mídia impressa e televisiva e enfatizadas por expressões como “grande feirão”, “queima de estoque”, “só esta semana”, e por aí vai.
Ninguém discute que o momento é favorável para quem realmente precisa ou deseja trocar seu computador (de mesa ou portátil) por um modelo novinho em folha, já que os preços estão palatáveis e as condições de pagamento bastante atraentes. No entanto, fazer uma boa compra não significa apenas pagar barato e em suaves prestações “sem acréscimos”, mas sim levar para casa um produto compatível com suas necessidades, dentro de uma faixa de preço pré-estabelecida, e com prestações que realmente caibam no seu bolso. E como existem computadores de diversos tipos, marcas e modelos, a escolha pode não ser tão simples quanto parece.
Conforme vimos na postagem http://fernandomelis.blogspot.com/2010/07/de-volta-ao-processador-conclusao.html, a “bola” da vez, no que diz respeito à CPU, são os chips da linha Core 2010 da Intel, sucessores dos core2duo e quad-core. Para usuários domésticos, a melhor relação custo benefício é oferecida pelos i3, que são direcionados ao mercado de entrada – embora sejam baseados na mesma arquitetura do i5, que custa mais caro e é focado no mercado corporativo.
Mesmo assim, não é difícil encontrar máquinas equipadas com chips de versões anteriores, inclusive modelos Pentium e Celeron. Aliás, o nome Pentium é forte demais para ser abandonado pela Intel, de modo que a empresa resolveu mantê-lo com o modelo G6950, que é um Core i3 “rebaixado”: sua freqüência (2,8 GHz) é inferior à do mais lento Core i3, como também seu cache L2 (3 MB), sem mencionar que ele não conta com HT nem com TurboBoost.
No que concerne à AMD, vale mencionar que a arquitetura do Phenon II está ultrapassada, embora mesmo os modelos de quatro núcleos custem mais barato que os i5. Em algumas aplicações, a versão X4 pode ser até mais rápida, conquanto não ofereça aprimoramentos como o AES-NI e o vPro, perdendo terreno para a concorrente, portanto, também no mercado corporativo.
No que diz respeito aos demais itens da configuração do aparelho, vale o que já foi dito a propósito em diversas postagens já publicadas, lembrando sempre que optar por um determinado computador somente porque ele traz 4 ou mais Gigabytes de RAM só faz sentido no caso de a versão do Windows ser de 64-bit.
Observação: Sistemas de 32 bits só gerenciam algo em torno de 3,25 GB de RAM, de maneira que pagar mais caro num aparelho que venha com 4 GB, por exemplo, será jogar dinheiro fora (a menos que você tencione migrar para uma versão do Windows 64-bit). Aliás, muitos aplicativos vêm sendo desenvolvidos para arquitetura específicas (de 32 ou 64 bits), o que causa dúvidas na hora de fazer um download. É possível rodar um programa de 32 bits num computador com arquitetura de 64 bits, porém não o contrário. Então, para saber se o seu Windows XP é de 32 ou 64 bits, basta clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Meu Computador, selecionar “Propriedades” e, na a guia “Geral”, checar a seção “Sistema”: se não constar nada além da versão do XP (Home Edition Service Pack 3, por exemplo), seu Windows é 32bit.
Boas compras e até mais ler.