A primeira fotografia de que se tem notícia foi produzida por Nicéphore Niépce, no início do século XIX, a partir de uma placa de estanho coberta com betume da Judéia e exposta à luz solar por cerca de 8 horas. Mais adiante, viriam as folhas de papel cobertas com cloreto de prata e uma série de refinamentos cuja abordagem foge aos propósitos desta postagem. Vale registrar que a obsessão do homem em criar "álbuns visuais" de seus feitos remonta à pré-história, quando cenas cotidianas eram pintadas nas rochas das cavernas, e daí até o surgimento dos primeiros "lambe-lambe" foi um longo passo – mas isso também é outra história e fica para outra vez.
A idéia de se tirar fotos sem o uso de filmes, por sua vez, remonta ao início do século XX, conquanto os recursos para pô-la em prática só tenham surgido décadas mais tarde. A partir daí, foi só uma questão de tempo até a Sony criar um modelo capaz de armazenar imagens em disquetes e a Kodak, anos mais tarde, lançar a primeira câmera digital “comercial”.
A popularização das câmeras digitais revolucionou a fotografia como um todo; se antigamente era preciso gastar dinheiro com filmes e revelações e esperar semanas para ver o resultado, hoje as imagens são disponibilizadas no ato, podendo ser descartadas ou transferidas para o computador para edição, publicação na Web, envio por e-mail, e por aí vai. Além disso, como máquinas mais sofisticadas oferecem recursos nativos para edição e algumas impressoras imprimem fotos diretamente dos cartões de memória, o uso do PC vem se tornando cada vez mais dispensável (mas isso também é outra história).
Passando ao que realmente nos interessa, a progressiva redução no preço do hardware vem democratizando a fotografia digital: mesmo os celulares mais simples já são capazes de tirar fotos bastante aceitáveis, desobrigando usuários menos exigentes de investir em aparelhos dedicados (a propósito, o Kevin publicou um elenco imperdível de dicas envolvendo enquadramento, uso do flash, aproveitamento da luz, configuração dos controles e outros truques que ajudam a obter fotos de qualidade; para conferir, visite http://updatefreud.blogspot.com/2009/10/10-dicas-de-fotografia-digital.html).
No entanto, se hoje podemos editar fotos com diferenças de tonalidade, remover “olhos de vampiro”, ajeitar fios de cabelo rebeldes, suprimir espinhas inoportunas e resolver outros probleminhas que, no tempo dos filmes tradicionais, não tinham solução, recorrer a softwares caros e complexos (como o festejado Adobe Photoshop) é o mesmo que matar moscas com tiros de escopeta.
O Paint – cuja versão atual oferece interface Ribbon, pincéis adicionais e diversos outros aprimoramentos – é um excelente quebra-galho para “retocar” fotos e fazer ajustes simples em imagens baixadas da Web (para ilustrar trabalhos, montar apresentações, etc.). E se você achar esse componente do Windows muito “pobre” em termos de recursos, os freewares Gimp e Paint.Net certamente irão surpreendê-lo favoravelmente.
Não custa salientar que edições eventuais de imagens não justificam a instalação de mais programas no computador. Para esses casos, existem bons serviços online capazes de fazer praticamente a mesma coisa – dentre os quais o meu preferido é o FotoFlexer, que usei para criar a imagem que ilustra esta postagem. Embora tenha dado um bocado de trabalho tornar "transparente" o plano de fundo da minha foto, combiná-la com a da Angelina Jolie foi bem simples (e o resultado ficaria ainda melhor se eu retrabalhasse as luzes e fizesse umas poucas modificações adicionais, mas enfim...).
Um bom dia a todos e até mais ler.
Em Tempo: Ontem foi dia de Patch Tuesday da Microsoft, que disponibilizou diversas correções para o XP (nove, no meu caso), sendo que uma delas envolve também o IE8. A décima correção remete ao filtro de lixo eletrônico do Outlook – que eu recebo sempre, por qualquer motivo incerto e não sabido, já que declinei desse programa na instalação do MS Office.