Costuma-se dizer que nada é totalmente bom nem totalmente ruim.
A assim chamada Era Collor ficou na história pelas famigeradas medidas criadas pelo staff chefiado pela então ministra Zélia Cardoso de Mello (que se demitiu em 1991, diante dos resultados recessivos e do aumento do desemprego e da miséria da população); pelo “impeachment” de Fernando Collor (em meados de 1992), cuja impopularidade crescente só perdia para índices de inflação; e por conta de uma sucessão de escândalos denunciados pelo primeiro-irmão Pedro Collor, que acusou ou ex-caixa da campanha (o famoso P. C. Farias, cuja morte misteriosa até hoje não foi devidamente elucidada) de enriquecimento ilícito, obtenção de vantagens no Governo e, principalmente, de profundas ligações comerciais com o Presidente.
Por outro lado, despeito de sua curta duração, o governo Collor deu ênfase à privatização, normalizou as relações com credores estrangeiros e gerou o superávit necessário para ampliar a capacidade de pagamento de dívidas do País. Sem a extinção da reserva de mercado e a liberação da importação de produtos com redução de tarifas, talvez estivéssemos até hoje dirigindo caríssimas carroças carburadas, com portas travadas e destravadas a chave e as janelas abertas e fechadas por manivelas.
Falando em carroças, sem embargo da (impressionante) evolução promovida pela tecnologia embarcada, nossos veículos ainda estão longe dos produtos de primeira linha, digamos assim. O novo Mercedes Benz CL, por exemplo, monitora 70 parâmetros e, quando percebe que o motorista está cansado, emite um sinal sonoro e exibe um ícone de uma xícara de café no painel. Seu sistema de visão noturna permite identificar obstáculos, mesmo com pouquíssima luz, e uma câmera multiuso no pára-brisa ajuda o motorista a se manter na pista (vibrações no volante alertam quando ele invade outra faixa e, se não houver reação, o carro freia suavemente e corrige a trajetória). O piloto automático de última geração faz com que dois radares alertem o condutor para uma aproximação exagerada do veículo que vai à frente ou quando surge um obstáculo inesperado no caminho; se não houver reação ao alerta, o sistema corta a aceleração e aciona os freios; se a colisão for inevitável, os vidros e o teto solar são fechados, os bancos reposicionados, os cintos pré-tensionados e os air bags inflados. Para completar, sensores e radares ajudam a estacionar: o sistema detecta se a vaga é adequada ao tamanho do veículo e monitora o ângulo da direção; se o motorista ignora os sinais sonoros, o carro corrige o trajeto e/ou aciona os freios.
É mole?
Passemos agora ao nosso humor de sexta-feira:
VOCÊ TEM PROBLEMAS COM O PORTUGUÊS NA ANÁLISE SINTÁTICA? Então acompanhe essa excelente aula de gramática, com exemplos claros e concisos:
Filho da puta é adjunto adnominal, quando a frase for:
''Conheci um político filho da puta".
Se a frase for:
"O político é um filho da puta", daí, é predicativo.
Agora, se a frase for:
"Esse filho da puta é um político", é sujeito.
Porém, se o cara aponta uma arma para a testa do político e diz:
"Agora nega o roubo, filho da puta!" - daí é vocativo.
Finalmente, se a frase for:
“O ex-ministro, aquele filho da puta, desviou o dinheiro para o mensalão” daí, é aposto.
Que língua a nossa, não? E se estiver escrito:
"Deixou a presidência em janeiro", filho da puta é sujeito oculto.
Bom f.d.s. a todos e até mais ler.