Depois que o videocassete começou a se tornar popular, lá pelos anos 80, muitos usuários adquiriam câmeras para brincar de cineasta na festinha de aniversário da afilhada, gravar para a posteridade o nascimento dos filhotinhos da cadelinha de estimação ou aquela tão sonhada visita à Disneylândia. (Claro que bem antes disso os cinegrafistas amadores já tinham como opção as filmadoras e projetores de 16 mm, mas isso já é outra história).
Enfim, com o surgimento e posterior barateamento das câmeras digitais, a coisa se tornou bem mais fácil e econômica, e hoje em dia, como os celulares de topo de linha e os smartphones integram câmeras capazes de tirar fotos e criar vídeos, o custo dessas produções caseiras é quase zero. No entanto, a despeito da versatilidade dos telefoninhos, seus recursos não vão além do básico, e como eles não foram projetados para oferecer a estabilidade necessária a uma boa filmagem (sem empunhaduras que ajudariam a segurá-los com firmeza ou soquetes para fixá-los em tripés), convém tomar alguns cuidados para que a gravação não saia tremida.
Segundo os especialistas, a postura correta e um pouco de prática podem ajudar. Procure ficar em pé, com os pés separados na distância dos ombros e os joelhos ligeiramente dobrados, e manter os braços e cotovelos colados ao corpo. Se for gravar uma panorâmica, ao mover a câmera para a direita, aponte o pé esquerdo na direção para onde a câmera estará apontando no começo do movimento, e o pé direito na direção para onde ela estará apontando no final. Enquanto grava, gire o corpo lentamente, da esquerda para a direita.
Se quiser obter melhores resultados, use um tripé. Como os smartphones não têm encaixes apropriados, será preciso improvisar ou comprar um adaptador em lojas de acessórios (ou pesquisar na internet). Muitos deles posicionam o encaixe de modo que o telefone fique “em pé”, o que é bom para tirar fotos, mas é inútil para filmagens, já que nesse caso o aparelho deve ficar “deitado”.
Você irá precisar também de um software de edição e do auxílio do seu computador.
Tanto o Windows XP quanto o Vista integram um editor de vídeo básico e fácil de usar chamado Windows Movie Maker, mas usuários do Seven terão de baixar o Windows Live Movie Maker (que também funciona no Vista). O programa é excepcionalmente simples e intuitivo, embora um tanto limitado para usuários mais exigentes, como o CyberLink PowerDirector – que além de ser pago, requer um tempo de aprendizado considerável (para download e mais informações, clique aqui).
Assim, você pode gravar sua obra em DVD, distribuí-la para os amigos, publicá-la na Web e por aí vai (tanto o Windows Live Movie Maker quanto o CyberLink PowerDirector são capazes de enviar vídeos diretamente para o YouTube). Note, porém, que o upload depende tanto da duração do vídeo quanta da sua conexão, sem mencionar que o YouTube precisa processá-lo antes de torná-lo acessível ao público, o que representa uma demora adicional.
Boa diversão e até a próxima.