Estranhando a árvore? É que eu a achei tão bonita que não resisti. De mais a mais, a tradição não recomenda desmontar o presépio, a árvore e as demais decorações natalinas no Dia de Reis?
"Última flor do Lácio, inculta e bela" é o verso de abertura de um soneto de Olavo Bilac e alude à língua portuguesa – a última das “filhas” do latim –, que muitos falam (depois do inglês e do espanhol, o português é o idioma ocidental mais falado), mas poucos dominam.
Segundo Drummond,
escrever é a arte de cortar palavras, mas as que permanecem devem ser grafadas
corretamente, sem mencionar que o autor precisa fugir das armadilhas
gramaticais que o espreitam a cada vírgula e evitar repetições que tornam o
texto deselegante.
O corretor nativo do
MS Word não chega a transformar em erudito um redator medíocre, mas ajuda a
evitar que erros ortográficos (e até gramaticais) sejam perpetuados no arquivo
pronto e acabado e em sua versão impressa. No entanto, como seu dicionário de
sinônimos é bastante limitado, quem se preocupa em escrever deve conhecer o
site www.sinonimos.com.br, que conta
com mais de 30 mil termos.
Já para quem deseja
um bom dicionário inglês/português e
vice-versa, o site www.linguee.com.br
é uma excelente opção.
Em tempo: A quem interessar possa, segue abaixo a íntegra do soneto em questão:
Última flor do
Lácio, inculta e bela,
És, a um
tempo, esplendor e sepultura;
Ouro nativo,
que na ganga impura
A bruta mina
entre os cascalhos vela...
Amo-te assim,
desconhecida e obscura,
Tuba de alto
clangor, lira singela,
Que tens o
trom e o silvo da procela
E o arrolo da
saudade e da ternura!
Amo o teu viço
agreste e o teu aroma
De virgens
selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude
e doloroso idioma,
Em que da voz
materna ouvi: "Meu filho!"
E em que
Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem
ventura e o amor sem brilho!